quinta-feira, 1 de maio de 2008

PRÁTICA DE TARA VERDE com explicação


PRÁTICA DE TARA VERDE


REFÚGIO:
Eu me refugio, até alcançar a iluminação, no Buddha, no Ensinamento e na Assembléia de Gurus. Que, pelo mérido da prática da generosidade e das outras perfeições, eu possa atingir rapidamente o estado de Buddha pelo bem de todos os seres.
(3x)

OS QUATRO PENSAMENTOS INCOMENSURÁVEIS:
Que todos os seres atinjam a felicidade, estejam livres de sofrimento, inseparáveis do êxtase da grande alegria e em equanimidade livres do apego e do ódio! (3x)

PROSTERNAÇÃO:
LHADANG LAMIN CHOPENGUY
SHATCHI PEMÔ LATUDE
PHONGPA KUNLE DROL DZEMA
DREULMÀ YUMLA CHANTSELLO

Com suas coroas, deuses e semi-deuses se inclinam para vossos pés de lótus. A vós, Mãe Tare, libertadora de todos os medos, rendo homenagem!
(várias vezes)

MANTRA:

OM TARE TUTTARE TURE SOHA
(várias centenas de vezes)

DEDICATÓRIA:
Pelo poder da virtude acumulada praticando o yoga de Tare, que eu possa alcançar rapidamente o estado sublime de Ária Tare, e assim conduzir todos os seres sem exceção a seu estado iluminado!
(Esta prática de Tare foi composta, segundo o Ensinamento, para os praticantes de
SAKYA KUN KHIAB CHÖ LING)

http://www.geocities.com/sakyabr4/TaraPrinc.htm

ORIGEM DO CULTO DE TARA
Por Tashi

A origem do culto de Tara é descrita pelo famoso escritor e historiador medieval Taranatha no seu livro de 1608, A origem do tantra de Tara.
Segundo Taranatha, tudo se passou numa Era (ou eon) era muito antiga. Um "eon" tem a duração do Universo. Ou seja, o tempo entre o aparecimento e o desaparecimento de todo o Universo - isto é um "eon".
Havia, pois, numa Era muito antiga, uma princesa chamada "Lua de Sabedoria", que era discípula de um Buddha, que era seu Guru. Ela tinha tanta devoção por seu Guru que um dia cobriu o equivalente a 19.000m3 de preciosos oferecimentos para ele.
Esta princesa atingiu as mais altas realizações espirituais, graças provavelmente à devoção que tinha ao seu Guru. Por isso diz-se que o Guru é a fonte de todas as realizações.
Assim alguém lhe disse que, como um dos muitos resultados de sua prática, ela ia renascer como homem. O nascer homem era considerado mais benéfico do que nascer mulher, pois assim poderia viver como iogue na floresta, ou numa gruta`deserta, sem ser molestada.
Mas a princesa não quis. Ela disse que havia muitos iluminados sob a forma masculina, e que ela queria tornar-se uma iluminada sob a forma feminina.
Após uma longa meditação em retiro ela atingiu o altíssimo estado de "Anutpada" ou "não origem". Aquele é o mais elevado nível de meditação existente, quando podia ver o real estado da mente e os fenômenos como "incriados", sem início, sem limites.
A partir de então passou a ser conhecida como Tara ("Tare"), ou "Drolma" que quer dizer "salvadora", ou "aquela que libera". Tara é uma palavra sânscrita.
Segundo a lenda, muito tempo depois, Ela prometeu ao Buddha Amoghasidhi defender a todos os seres na mais profunda vastidão das dez direções, passando a ter vários nomes, como "imediata"e "heróica", até se tornar por sua atividade a corporificação de todos os Buddhas.
A partir de então se inicia o culto e prática de Tara como a ação concentrada de todos os Budas, o seja, o culto da mãe Tara.
Foi o próprio Buddha Sakyamuni que na nossa Era revelou o Tantra de Tara, como a mãe de todos os Buddhas.
Tara é uma "deidade meditacional", corporificação da atividade de todos os Buddhas.
Tara é conhecida como ARYA TARE, a Nobre Tara, a Grande Rápida Protetora, a Eliminadora dos Oito Medos.
Segundo Geshe Lobsang Tenpa seu mantra significa:
OM - São as qualidades do corpo, palavra e mente dos Buddhas. É a meta.
TARE - Significa "aquela que liberta".
TUTTARE - "Que elimina todos os medos". Os oitos medos causados pelas oito ilusões: l. Apego (enchente). 2 - Ira (fogo). 3 - Ignorância (elefante). 4 - Inveja (serpente). 5 - Orgulho (leão). 6 - Avareza (correntes da prisão). 7 - Visões erradas (ladrões). 8 - Dúvida (fantasmas).
TURE - "Que concede todo sucesso".
SOHA - "Que as bênçãos de Tara contidas no mantra se concretizem"