segunda-feira, 28 de julho de 2008

Caraterísta da Escola Sakya


Caraterísta da Escola Sakya

Sua Santidade Sakya Trizin


Os Sakyapás seguem o que é chamado " as quatro práticas " especiais que os praticantes têm que fazer diariamente depois de receber o wang do Lam Dré. Estas são: Guru-ioga, Ioga de Guru Birwapa [Virupa], Hevajra, e Vajrayogini. Essas quatro são minhas práticas principais.
Porém, quando um iniciante começa a praticar, ele ou ela é conduzido às práticas preliminares como uma sadhana. Para iniciantes é habitual fazer meditações preliminares com números específicos [por exemplo 100,000 repetições de um mantra]. Mas pessoalmente eu sinto que o número não é o que é importante. O que é importante é como a pessoa se sente com a sua prática. Algumas pessoas poderiam gastar a vida inteira fazendo as práticas preliminares, e atingir grandes realizações. Algumas pessoas fazem os preliminares e então dedicam a maioria do tempo a outras meditações. Algumas pessoas podem não fazer os preliminares mas podem dedicar a maioria do tempo a outras práticas. Tudo depende da compreensão dos indivíduos. Por exemplo, na biografia do grande professor Ngwang Legpa, aprendemos nós que ele gastou a maioria da vida dele fazendo preliminares. Ele fez milhões de oferecimentos de mandala, prosternaçoes, e recitações de orações. Ele atingiu a realização profunda fazendo as práticas preliminares. Eu penso que ele era mesmo único em fazer tanta prática preliminar. A maioria das pessoas faz cem mil e ele fez milhões.
Também é importante se lembrar que embora haja linhagens Tibetanas diferentes, elas não estão tão separadas. Eu recebi muitas iniciações de lamas Kagyu, Nyingma e Gelugpa, e nós os Sakyas damos autorizações a outras linhagens.
A escola de Sakya inclui o que é descrito como " a visão," " a meditação", e
" as condutas ". " A visão " é uma perspectiva equilibrada que evita todos os extremos. " A meditação " inclui as técnicas meditativas do " processo de criação " e " do processo de conclusão ". " A conduta " recorre a manter os três votos--o vinaya, o bodhisattva e o voto tântrico. Esta combinação de visão, meditação e conduta é uma especialidade dos Sakyas.
Claro que outras escolas de Budismo do Tibet têm uma orientação semelhante, mas o estilo é diferente e a ênfase também. Outras escolas podem concentrar-se mais exclusivamente em meditação, ou mais exclusivamente em estudos escolares, mas a escola Sakya aponta para uma combinação de visão, prática e conduta.
Atualmente, a escola de Sakya tem muitos estudantes em monastérios na Índia. Também são enfatizadas prática e meditação. Por exemplo, Chogye Trichen Rinpoche tem um centro de meditação no monastério dele, e eles estão fazendo [fizeram] um retiro de três anos. No futuro, há planos para organizar uma abadia de monjas.
É importante se lembrar que fundamentalmente não há nenhuma diferença entre as escolas principais do Budismo que existem hoje: estão baseadas na criação do pensamento de iluminação, ou na visão de shunyata ou prática de vacuidade, [e prosseguem assim] até a realização final da iluminação. As únicas diferenças que se podem apontar nas várias linhagens é como os ensinos, que começaram na Índia, foram transmitidos no Tibet pelos tradutores e mestres diferentes. As linhagens são diferentes só em termos de ênfases. Por exemplo, algumas escolas colocam mais ênfase em treinamento filosófico; algumas puseram maior ênfase em meditação. Mas nós temos que nos lembrar que a meta de todas as linhagens é a mesma.
Hoje, a escola Sakya apresenta muitos ensinos diferentes: ensinos de sutra, ensinos de mantrayana, e muitas das outras ciências. O ensino mais importante que nós temos em nossa tradição é o Lam Dré que significa " o caminho que inclui o resultado ". O ensinamento Lam Dre foi primeiro proferido na Índia pelo grande mahasiddha Virupa, que era um do 84 mahasiddhas.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

The Origin of the Hevajra Tantra

Hevajra
The Origin of the Hevajra Tantra

Shri Hevajra is a principal meditational deity of the Anuttarayoga classification of Buddhist Tantra. "Hevajra Tantra" was taught by Buddha Shakyamuni when He arose in the form of Shri Hevajra in the land of Madgadha at the time of destroying the four maras of defilements. The Tantra was requested by Vajragarbha and by the consort of Hevajra, Vajranairatmya. This root Tantra is known as "The Condensed Meaning of the Hevajra Tantra" which has 23 chapters and 750 verses. In this root Tantra, it has two parts that is known as "Two Sections" or "Two Examinations".

The Buddha had also taught "The Hevajra Tantra in 700,000 verses" and "The Hevajra Tantra in 500,000 verses". "Hevajra Tantra" has both exegetical tantras and supplementary tantras, such as "Vajra Tent Tantra" (Vajra Panjara Tantra), "Samputa Tantra", "Drop of Wisdom Tantra", "Drop of Great Seal Tantra" and "Lamp of Suchness, Great Yogini Tantra". From the numerous texts within the cycle of Hevajra, the root Tantra of "Two Sections" is the most important.

The Indian lineages of the Hevajra practices

In ancient India, there are many commentaries on the Hevajra Tantra. The important ones are written by 12 Indian masters, they are Vajragarbha, Naropa, Krishnacarin, Bhavapa, Tamkadasa, Padmapa, Dujayacandra, Shantipa, Samayavajra, Pad-myug, Kamadhenu and Dharmakirti. And there were six main commentarial traditions of the Hevajra Tantra which were handed down from the Indian Mahasiddhas. These are directly connected with the origin of Nine-fold Paths. They are the traditions of Saroruha, Durjayacandra, Northern Gate-Keeper Pandita Shantipa, Samantabhadra, Kashmiri Nyendrak Sangpo and Adipati Maitripa.

Hevajra practice of the Kagyu tradition

Nurmeous Hevajra lineages reached Tibet, from Marpa Lotsawa to Ngok Choku Dorje, in addition to traditions following Rapa Choereb, Chalse Lotsawa, Tumton Lodro Drakpa and Ram Dingmapa, following Mahasiddha Naropa's lineage. The Hevajra Tantra is classified as Mother Tantra in these lineages. Shri Hevajra of Marpa Lotsawa is practiced in the Kagyu tradition and is later brought into Gelug tradition.

Hevajra practice of the Sakya tradition

The main Hevajra tradition concerned with Lamdre tradition was brought to Tibet by Drogmi Lotsawa Shakye Yeshe who received a transmission from Viravajra who followed the lineage from Dombi Heruka (of the Commentarial Tradition or Sudden Path lineage), and a transmission from Gayadhara who followed the lineage from Krishnacarin (of the Instructional Tradition or Gradual Path lineage). Dombi Heruka and Krishnacarin (or Krishnapa) are the heart sons of Mahasiddha Virupa. In additional, Sachen Kunga Nyingpo, who had received (the whispered lineage of) Lamdre teachings from his Tibetan teacher, Zhangton Chobar, had also received Lamdre teachings directly from Mahasiddha Virupa in a pure vision. In Mahasiddha Virupa's lineage, the Hevajra Tantra is classified as Non-dual Tantra, and the only sole tradition* for Lamdre teachings is the Sakya tradition. During the time of Muchen Sempa Chenpo Konchok Gyaltsen, the Lamdre transmission broke into two sub-lineages: the Explanation for Private Disciples (Lob Shed) and the Explanation for Assemblies (Tshog Shed) transmissions.

--- Adibuddha Vajradhara
--- Vajranairatmya
01. Mahasiddha Virupa (Mahasiddha Birwapa)
02. Mahasiddha Krishnapa
03. Damarupa
04. Avadhutipa
05. Gayadhara
06. Drogmi Lotsawa Shakya Yeshe
07. Seton Kunrig
08. Zhangton Chobar
09. Tsewa Chenpo Sachen Kunga Nyingpo
10. Loppon Rinpoche Sonam Tsemo
11. Jetsun Rinpoche Dragpa Gyaltsen
12. Choje Sakya Pandita Kunga Gyaltsen
13. Drogon Chogyal Phagpa Lodro Gyaltsen
14. Shang Konchog Pal
15. Drakphukpa (Naza Drugpa Sonam Pal)
16. Lama Dampa Sonam Gyaltsen
17. Lama Palden Tsultrim
18. Buddhashri
19. Ngorchen Dorje Chang Kunga Zangpo
20. Muchen Sempa Chenpo (Konchog Gyaltsen)
21. Gyaltsab Kunga Wangchuk
22. Sonam Senghe
23. Konchog Phel
24. Sangye Rinchen
25. Salo Jhampai Dorje Kunga Sonam
26. Ngorchen Konchok Lhundrup
27. Ngakchang Chokyi Gyalpo Kunga Rinchen
28. Konchog Gyatso
29. Jamyang Sonam Wangpo
30. Dragpa Lodro Gyaltsen
31. Muchen Sangye Gyaltsen
32. Jamgon Ameshab Ngawang Kunga Sonam
33. Jamgon Sonam Wangchuk
34. Jamgon Kunga Tashi
35. Jamyang Sonam Rinchen
36. Sachen Kunga Lodro
37. Ngarik Kunga Tashi
38. Pema Dudul Wangchuk
39. Ngawang Kunga Gyaltsen
40. Thegchen Tashi Rinchen
41. Kunga Nyingpo Samphel Norbu
42. Dragshul Thrinley Rinchen
43. Khenchen Jampal Zangpo
44. Kyabgon Ngawang Kunga

Alternative lineage from Sachen Kunga Lodro (Ngorpa Lineage) to His Holiness Kyabgon Sakya Trizin:

36. Sachen Kunga Lodro
37. Thartse Je Namkha Chime
38. Kunga Tenzin
39. Kunga Tenpe Gyaltsen
40. Ngawang Sonam Gyaltsen
41. Ngawang Lodro Nyingpo
42. Ngawang Lodro Zhenphen Nyingpo
43. Kyabgon Ngawang Kunga

* Note: There were 18 lineages of Lamdre tradition, such as Sakya tradition, Jonang tradition, Zhama tradition and Drom tradition. All these lineages have been either died out or absorbed into Sakya tradition. For more informations, one may want to read "Luminous Lives: The Story of the Early Masters of the Lam 'bras Tradition in Tibet" by Cyrus Stearns, published by Wisdom Publications, Boston, 2001.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Life of Jetsun Chime Tenpai Nyima (Vajrayogini Lineage Guru)

His Holiness the 41. Sakya Trizin:
A Short Account of the Life of Jetsun Chime Tenpai Nyima
Jetsuma Chime Tenpai Nyima is among the lineage Masters of "Parting from the Four Attachments", and of many profound dharmas such as the "Profound Guidance of Vajrayogini".

Her father, Ngawang Thutob Wangchuk, was the younger brother of Sachen Kunga Lodro. Her mother was Tashi Yang Chen, the daughter of a Chag Zampa land-holder family. She was born in the Fire-Mouse year of the 13th Rabjung cycle (1756), on the 22nd day of the 11th Tibetan month.

The name of her youth was Chime Bu Tri. In the year of the Water-Tiger (1782), The 25th Khenpo of the Great Temple, Jampa Chökyi Tashi gave her the nun’s ordination and bestowed the name ‘Chime Tenpai Nyima.

From the time of her youth her father’s brother Sachen Kunga Lodro directly taught her the oral transmissions of the collection of the Lam Dre Tsog She and Lob She, as well as the entirety of the collection of the profound teachings of Vajrayogini. In this way, absorbing the teachings in the manner of water being poured from one vase to the next, she became owner of the practices of the ocean of vast and profound Dharma.

Sachen Kunga Lodro, in his pure vision, received a prophecy from Ngorchen Dorje Chang saying that, ‘You will have disciples like four pillars and eight beams’. Chime Nyima was one of the four great pillars who were the principal disciples.

With heartfelt effort, she devoted all her life to daily practice, so that she reached a high level of realisation. She also turned the vast and profound wheel of Dharma with the precious great secret Lam Dre Lob She, the Vajrayogini cycle of teachings, and the twelve mandalas of Sarva Durgati Parishodhana Tantra, and many others. She performed innumerable great empowerments, authorisations and so on, both of the tantra collections, and of profound and extensive teaching cycles.

She directly bestowed teachings and empowerments to Dolma Phodrang’s founding father and throne holder Pema Dud Dul Wangchug and his heir, Throne holder Tashi Rinchen. Other disciples of hers include Phuntsog Phodrang’s founding father Kunga Rinchen, and his son and throne holder, Dorje Rinchen; the brothers of these two founding fathers, Kyabgon Ngodrub Palbar and the Ngawang Kunga Gyaltsen; Thar Tse Khenchen Jampa Namkha Chime, Jampa Kunga Tendzin, the Balkhang Master Acarya Kunga Tashi and many, many others. At this time, of all the Masters who were holders of the Sakya and Ngorpa teachings, there were none who were not among her disciples.

Her main disciple was the meditation Master Ngawang Rinchen of Dege. To him she gave the profound Vajrayogini teaching at a time when she was already very old and had very poor eye sight. But then, due to the pure mutual perception between Master and disciple, her eyes became clear. On this occasion she said “Seeing a Lama like you in Tibet, has restored my eye sight.”

At one time during the Vajrayogini blessing the nectar in the kapala bubbled vigorously and actually started to boil. The meditation Master Ngawang Rinchen drank it again and again, and from this a high meditative experience arose in his mind-stream. Many such amazing stories about her spread in all directions. Many practitioners particularly from the Kham side, although unable to actually meet with her, sought the Vajrayogini blessing of her lineage.

Many high lamas such as Jamyang Khentse Wangpo asserted that Jetsun Chime Nyima was the real Vajrayogini in person. They said this, and many other words of great praise. It is recorded in the accounts that at the time of Sachen Kunga Lodro’s death Jetsun herself did Vajrayogini ritual sessions for many days.

Although the time of her death is not given completely clearly in the texts, we can judge that she must have lived a very long time because, starting from Sachen Kungo Lodro’s time, there are four generations during which she gave empowerments to many lamas. In later life she stayed in Rigdzin Phodrang and was called ‘Great Mother of Rigdzin Phodrang’.

After her death a silver Vajrayogini image, with many matchless uncommon ornaments, was made in her honour. This is at the Great Temple of Sakya.


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This is a short account given in answer to my elder sister Chime’s (Jetsunma Chime Luding) question, by her younger brother Ngawang Kunga (His Holiness the 41. Sakya Trizin). It is condensed from the accounts of the lineage Gurus.

April, 2005

domingo, 20 de julho de 2008

terça-feira, 15 de julho de 2008

A Linhagem de Tsharpa


A Linhagem de Tsharpa

Lama Choedak


A linhagem de Tsharpa começou no 16º século, quando um monge jovem chamado Losal Gyatsho teve uma visão pura de Vajrayogini e atingiu a iluminação. Como ele veio da região de Tshar, foi conhecido como "Tsharchen"– ou o "Grande de Tshar". Tsharchen era Detentor dos Treze Dharmas de Ouro de Sakya, superando nestas práticas. Dentre os seus sucessores se incluem o Quinto Dalai Lama e muitos outros mestres. A linhagem de Tsharpa produziu uma galáxia de Iogues realizados, a maioria dos quais alcançou corpos de arco-íris. Famoso por seus Iogues Detentores da linhagem sussurrada e de seus ensinamentos, Tsharpa é uma das três sub-linhagens dentro da tradição de Sakya. Até Jamyang Khyentse Wangchuk (1524-1568) e Mangtho Ludrup Gyatsho (1523-1594), como o sol e a lua, discípulos de Tsharchen, o Lamdre Lobshe não era escrito. Estes dois discípulos escreveram comentários extensos do Lamdre baseado em ensinamentos dados por Tsharchen (1502-1566). Hoje o Lamdre Lobshe se tornou a essência de ensinos de Sakya. A prática de Vajrayogini da tradição de Naropa também é mantida na linhagem de Tsharpa. Enquanto aspectos rituais secundários podem diferir entre o Sakya, Ngorpa e a sub-linhagem de Tsharpa, as práticas de Tsharpa são importantes para todos os bons praticantes de todas três. Isto por que Sua Santidade Dalai Lama recebeu o Lamdre Lobshe de Sua Eminência Chogye Trichen Rinpoche. O Quinto Dalai Lama (1617-1682) também recebeu o Lamdre Lobshe e muitos ensinamentos de ouro de Sakya de Gonpo Sonam Chogden (1603-1659), mestre Tsharpa famoso. A linhagem dos Dalai Lamas reconhece que o Quinto Dalai Lama veio reger o Tibet pelas bênçãos do ritual da “Roda de Poder” de Kurukulle de Gonpo Sonam Chogden, criando o legado para todas as encarnações subseqüentes. Nos meados dos anos sessenta Sua Eminência Chogye Trichen Rinpoche executou o mesmo ritual da Deusa Kurukulle para o presente Dalai Lama restaurar o poder espiritual doTibet. Subseqüentemente, sinais auspiciosos vieram indicar a expansão do Budismo do Tibet no mundo. Sua Eminência Chogye Trichen Rinpoche venerado pela maioria como o Detentor da linhagem de Tsharpa.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Chogye Trichen


UM ESPETÁCULO MARAVILHOSO PARA A MENTE

A Criação do Presente Aeon e a Origem do clã dos Sãkya


Ngawang Khyenrab Legshe Gyatso
(O vigésimo-sexto Chogye Trichen).

Fortunate to behold. Rahayogi Press, Kathmandu, 1986.

O resultado do karma múltiplo, virtuoso e pecador, (acumulado]
por todos os seres sensíveis infinitos, aparece como a estrutura do mundo animado e inanimado, [em todas as suas] múltiplas felicidades e sofrimentos.

Como declarado por Âcarya Vasubandhu no seu Abhidharmakosa:
“Mundos múltiplos surgem de karma.”
Assim ali aparecem manifestações múltiplas de karma, na qual a forma do mundo está como um círculo, uma parte, ou quadrado.

Em todo caso, o mundo animado e inanimado é criado pelos quatro elementos no começo de um aeon [kalpa].
Para a extensão de sua duração, existe longo período de declínio na [média] da duração da vida, um longo ponto alto de aumento da duração de vida, e um período intermediário.

Ao fim de um longo período de muitos anos, os mundos animado e inanimado se dissolvem e são destruídos por fogo, água, e ar, e não há nada.

Cada [ciclo] de criação, duração, destruição, e nada é chamado um aeon.

Entre esse aeons, o aeon no qual um Buddha não aparece
no mundo é conhecido como “aeon escuro,” porque sem o ensinamento de um caminho infalível para as criaturas deste mundo,
elas experimentam só a causa e resultado do sofrimento, como se em escuridão absoluta.

O aeon no qual um Buddha aparece neste mundo é conhecido como uma “lâmpada”, porque pela iluminação do Buddhadharma,
a escuridão do apego interno e externo, a agressão e ignorância é tirada, e só as causas e resultados de felicidade são experimentados.
Como neste mundo cada “aeon lâmpada” não aparece senão no meio de muitos “aeons escuros”, é raro um Buddha aparecer neste mundo.

Tendo aparecido, é raro o Dharma ser ensinado. É raro para a doutrina que é ensinada permanecer. Obter um corpo humano é extremamente raro. E assim neste momento, quando as quatro raridades vieram juntos, se a pessoa puder entrar na doutrina budista será extremamente afortunado e muito significante.

AS CINQÜENTA ESTROFES DA DEVOÇÃO AO GURU


AS CINQÜENTA ESTROFES DA DEVOÇÃO AO GURU


de ARYASHURA


(1)
Curvando-me de modo próprio aos pés de loto de meu professor espiritual que é a causa para que eu atinja o estado de um Vajrasattva glorioso, condensarei e explicarei em resumo o que foi dito em muitos textos tântricos imaculados ouvidos por inteiro sobre o compromisso para com um professor espiritual. Escute-o com respeito.

(2)
Todos os Buddhas que residem em toda terra nas dez direções se prostraram três vezes (cada dia) aos seus mestres tântricos de quem eles receberam as autorizações mais altas. (É preciso mencionar que você também deve fazer isto?)


(3)
Três vezes cada dia com fé suprema você tem que mostrar o respeito que você tem para com seu professor espiritual que lhe ensinou (o caminho do tantra), juntando suas palmas, oferecendo uma mandala, como também flores e prostrando-se (tocando) sua cabeça para os seus pés.


(4)
Os que mantêm votos de ordenação, se (seu professor espiritual) é um leigo ou mais jovem [junior], prosterne-se (em público) observando coisas como os seus textos para evitar desprezo mundano. Mas em sua mente (prosterne-se a seu professor).

(5)
Como por servir (a seu professor) e lhe mostrar respeito, como obedecer ao que ele diz, levantando-se (quando ele vem) e mostrando para ele o seu assento — isto deve ser feito igualam pelos com votos de ordenação (cujos professores são leigos ou mais jovem [juniors]). Mas (em público) evite prostrar-se e fazer ações não ortodoxas (como lavar os seus pés).

(6)
Para que as palavras de honra [votos] nem do
professor espiritual nem do discípulo possam degenerar-se, deve haver um exame mútuo anterior (para determinar se cada um pode) valer-se de uma relação de professor-discípulo.

(7)
Um discípulo com bom-senso não deve concordar ter como seu professor espiritual alguém a quem falta compaixão ou que é raivoso, vicioso ou arrogante, possessivo, indisciplinado ou ostenta os seus conhecimentos.

(8)
(Um professor espiritual deve) estável (nas suas ações), culto (na sua fala), sábio, paciente e honesto. Ele nem deve esconder as suas faltas nem deve fingir possuir qualidades que a ele falta. Ele deve ser um perito nos significados (do tantra) e em seus procedimentos rituais (de medicamento e eliminação de obstáculos). Também ele deve ter compaixão amorosa e um conhecimento completo das escrituras.

(9)
Ele deve ter perícia plena (no grupo de) dez campos [auto-controle, concentração, pacificação das atitudes, mais conhecimento do que o discípulo, alegria de ensinar, tesouro de conhecimento, insight sobre vacuidade, habilidade de apresentar o ensinamento, grande compaixão, não relutância em ensinar qualquer que seja o nível de inteligência do discípulo] , habilidade no desenho de mandalas, conhecimento completo de como explicar o tantra, pura fé suprema e os seus sentidos dele completamente sob controle.

(10)
Tendo-se tornado discípulo de tal Protetor (o professor), se você o menosprezar de coração você colherá sofrimento ininterrupto como se tivesse desacreditado de todos os Buddhas.

(11)
Se você for tão tolo que menospreza seu professor, você contrairá doenças contagiosas e as causadas por espíritos prejudiciais. Você morrerá (numa morte horrível) causado por demônios, pestilências ou veneno.

(12)
Você será morto por (maus) reis ou incêndio, por
cobras venenosas, água, bruxas ou bandidos, por
espíritos prejudiciais ou selvagens, e então renascido em um inferno.

(13)
Nunca perturbe a mente de seu professor. Se você for tolo e acontecer de fazer isto, você seguramente ferverá em um inferno.

(14)
Qualquer apavorantes infernos que foram ensinados, como Avichi, o Inferno da Dor Ininterrompida, é explicado claramente que os que desacreditam os seus professores terão que permanecer lá (um tempo muito longo).

(15)
Então demonstre a inteira devoção, nunca depreciando seu mestre tântrico que faz nenhuma grande exibição da sua grande sabedoria e virtude.

(16)
Se (de uma falta de consciência) você mostrou desrespeito a seu professor espiritual, reverentemente apresente um oferecimento a ele e busque o seu perdão. Então no futuro tal dano como pestilências não aconteça.

(17)
Foi ensinado que para o professor para quem você empenhou sua palavra de honra (visualizado como um com sua deidade meditacional), você deve sacrificar de boa vontade sua esposa, filhos e até mesmo sua vida, embora isto não seja (fácil) de fazer. É preciso mencionar sua riqueza passageira?

(18)
(Tal prática de oferecer) pode conferir Buddhahood plena a um zeloso (discípulo) nesta vida mesmo que, caso contrário, poderia ser difícil de atingir até mesmo em milhões de incontáveis aeons.

(19)
Sempre mantenha sua palavra de honra. Sempre faça oferecimentos aos Iluminados. Sempre também faça oferecimentos a seu professor espiritual, porque ele é igual a todos os Buddhas.

(20)
Os que desejam (atingir) o inesgotável (estado do Corpo de Sabedoria de Buddha) devem dar ao seu professor tudo que acham agradáveis, dos objetos mais insignificantes até os de melhor qualidade.

(21)
Dando (para seu professor) é igual a fazer oferecimentos ininterruptos a todos os Buddhas. De tal generosidade vem muito potencial positivo. De tal coleção vem o conseguir a real e suprema (Buddhahood).

(22)
Então, um discípulo com as boas qualidades de compaixão, generosidade, autocontrole moral e paciência nunca deve considerar o seu professor espiritual diferente do Buddha Vajradhara.

(23)
Você nunca deve andar até mesmo sobre a sombra (de seu professor), porque as conseqüências espantosas são igual a destruir uma estupa; nunca pise sobre seus sapatos ou se sente no assento dele ( no lugar onde ele se senta ou cavalga).

(24)
(Um discípulo) tendo grande senso deve obedecer alegremente às palavras do seu professor e com entusiasmo. Se a você falta o conhecimento ou a habilidade (de fazer o que ele diz), explique-se com (corteses) palavras dizendo por que você não pode (concordar).

(25)
É a partir de seu professor espiritual que as verdadeiras realizações, o renascimento mais alto e a felicidade vêm. Então faça um inteiro esforço do fundo do coração para nunca transgredir o conselho de seu professor.

(26)
(Guarde) os pertences de seu professor como você guarda sua própria vida. Trate até mesmo a família de seu professor amado com o mesmo (respeito que você mostra) para ele. (Tenha consideração afetuosa para) os próximo ao redor dele como se eles fossem sua própria mais querida família. Unipolarizadamente pense (deste modo) a toda hora.

(27)
Nunca se sente na (mesma) cama ou assento (do seu professor), nem caminhe à frente dele. (Nos ensinamentos não faça) uso em seu cabelo de um topo de nó (um chapéu, sapatos ou qualquer arma); nunca se sente antes dele se sentar, ou se ele se sentar no chão. Não coloque suas mãos (orgulhosamente) nos quadris ou as torça (diante dele).

(28)
Nunca se sente ou recline quando seu professor estiver de pé (nem deite quanto ele estiver sentado). Sempre esteja pronto para se levantar e servi-lo habilmente de uma maneira excelente.

(29)
Na presença de seu professor nunca faça tais coisas como cuspir (tossir ou espirrar sem cobrir sua cabeça. Nunca) estire suas pernas quando sentado, nem caminhe de um lado para outro (sem razão) diante dele. E nunca discuta.

(30)
Nunca massageie ou esfregue seus membros. Não cante, dance ou toque instrumentos musicais (por diferentes de propósitos religiosos). E nunca tagarelar à toa ou nem fale em excesso (ou muito ruidosamente) dentro da área que (seu professor) possa ouvir.

(31)
(Quando seu professor espiritual entra no quarto) se levante de seu assento e dobre sua cabeça ligeiramente. Sente-se (na presença dele) respeitosamente. À noite, ou nos rios, ou em caminhos perigosos, com (seu professor), você tem a permissão e pode caminhar na frente.

(32)
Na visão direta do seu professor, (um discípulo) com senso não deve (sentar-se) com o corpo torcido ao redor de, nem se apoiando (casualmente) contra pilares e tal. Nunca estale suas juntas, (brinque com seus dedos, ou limpe suas unhas na frente dele).

(33)
Ao lavar os pés ou o corpo de (seu professor), ao secar, massagear ou (raspar), preceda estas ações fazendo antes (três) prosternações e na sua conclusão faça o mesmo. Então sinta (para si mesmo) tanto quanto você gostou.

(34)
Se você precisar se dirigir a (seu professor espiritual) pelo nome dele, use o título “Sua Presença” depois disto. Para gerar respeito por ele para as outras pessoas, devem ser usados também os honoríficos adicionais.

(35)
Ao pedir o conselho de seu professor (primeiro anuncie por que você veio). Com as mãos postas apertadas junto a seu coração, escute o que ele lhe fala (sem deixar sua mente) vagar. Então (quando ele acabar de falar) você deve responder, “eu farei exatamente como você disse.”

(36)
Depois de fazer (o que seu professor lhe ordenou), relate (o que aconteceu) em palavras corteses e suaves. Se você tiver de rir ou tossir, (cubra sua garganta ou boca na presença dele), cubra sua boca com a sua mão.

(37)
Se você desejar receber um certo ensino, peça três vezes com suas palmas apertadas junto enquanto se ajoelha diante dele com seu joelho(direito). (Então durante o discurso dele) sente-se humildemente com respeito, usando roupa apropriada que seja limpa (e sem ornamentos, jóias ou cosméticos).

(38)
Tudo que você faz para servir (a seu professor) ou mostrar para ele nunca deve ser feito sem respeito com uma mente arrogante. Ao invés, você sempre deve ser como uma noiva recentemente casada, tímido, tímido e muito submisso.

(39)
Na presença do (mestre espiritual) que ensina (o caminho), deixe de agir de uma maneira convencida, galanteadora. Assim como com todas as outras (impróprias) ações como estas; examine-se e descarte (o que está errado).

(40)
Se a você (pediram) para executar uma consagração (uma iniciação em) uma mandala ou uma cerimônia de oferecimento de fogo ou juntar os discípulos e fazer um discurso, você não pode fazer assim se seu professor espiritual reside na área, a menos que você receba a anterior permissão dele.

(41)
Qualquer oferecimentos que você recebe de executar tais ritos como (a consagração conhecida como) Abrindo os Olhos, você deve apresentar todos estes a seu professor espiritual. Uma vez ele que leve uma porção simbólica, você pode usar o restante para tudo que você gosta.

(42)
Na presença do seu professor não deve agir um discípulo (como um professor espiritual) para os seus próprios discípulos e eles não devem agir para com ele como seu professor espiritual. Então (diante de seu próprio professor) pare (com seus discípulos) a fim de lhe mostrar respeito como levantando-se (quando entra) e fazendo prosternação.

(43)
Sempre que você faz um oferecimento a seu professor ou sempre que seu professor o presenteia com algo, um discípulo com senso recebe isto usando ambas as mãos e com a sua cabeça ligeiramente curvada.

(44)
Seja diligente em todas suas ações, alerte e atento para nunca esquecer (sua palavra para cumprir). Se os discípulos da mesma categoria transgredirem, corrija um ao outro de uma maneira amigável.

(45)
Se por causa de doença você é fisicamente (incapaz) de curvar-se a seu professor e tem que fazer o que normalmente seja proibido, até mesmo sem (explícita) permissão dele não haverá nenhuma conseqüência infeliz se você tiver uma mente virtuosa.

(46)
Que necessidade é dizer muito mais. Faça tudo que agrada a seu professor e evite fazer qualquer coisa que ele não gostaria. Seja diligente em ambas estas ações.

(47)
“As realizações verdadeiras seguem o (fazer isso que) seu professor (gosta).” Isto foi dito pelo (Buddha) o próprio Vajradhara. Sabendo disto, tente agradar a seu professor espiritual completamente com todas as ações (de seu corpo, fala e mente).

(48)
Depois que um discípulo toma refúgio na Tríplice Jóia e desenvolve um puro (Motivo Iluminado), a ele deve ser dado este (texto) para recitar diariamente (como abandonar o próprio egoísmo arrogante dele e) seguir os passos do seu professor (ao longo do caminho gradual da Iluminação).

(49)
(Estudando o treino pré-requisitado no compromisso sincero com o professor e o caminho gradual, comum ao sutra e tantra), você se tornará um (satisfatório) recipiente (seguro) do puro Dharma. Então a você pode ser dado tais ensinamentos como tantra. Depois de receber as próprias autorizações, leia bem alto os quatorze votos de raiz e os leve sinceramente no coração.

(50)
Como eu não cometi o erro ao escrever este trabalho (de somar minhas interpretações pessoais), possa isto ser de benefício infinito a todos os discípulos que seguiriam os seus professores. Pelo potencial positivo ilimitado que eu construí deste modo, possam depressa todos os seres sensíveis atingir o estado de um Buddha.