sábado, 27 de fevereiro de 2010

Milarepa
















Guru Ioga de Milarepa


Refúgio e Bodhitchitta

Saangyê Tcheu Tang Tso Gui Tcho Nan La
Djang Tchoub Bardu Da Ni Kyab Sou Tchi
Da Gui Djin So Dzipé Seu Nam Kyi
Dro La Penn Tchir Sangyê Drou Par Chö (3x).

No Buda, no Dharma e na Sublime Assembléia
Eu peço Refúgio até o despertar
Pelo mérito produzido pela minha prática
Da generosidade e das outras virtudes
Que eu possa realizar o estado de Buda
Pelo bem de todos os seres!

Semtchem Tantchê Deouá Tang
Deuê Gyou Tang Den Par Gyour Tchik
DounGnel Tang DounGnel Guii Gyou Tang
Dreulouar Gyour Tchik
Doungnel Mepê Deouà Dam Pa Tang
Mindeuluar gyur Tchik
Nyering Tchadang tang Dreleê tangnyon Tchenpô La Nepar Gyur Tchik (3x).

Possam todos os seres possuir a felicidade e suas causas!
Possam todos os seres estar livres do sofrimento
e de suas causas!
Possam todos nunca perder a verdadeira felicidade que não gera sofrimento!
Possam todos residir na grande equanimidade livres do apego e da aversão!

GURU IOGA

Ma nan katam nyanpê sentchen tamchê lamá sangyê Rinpochê La seuluà Dênbso
Ma nan katam nyanpê sentchen tamchê lamá
Kun Kiab tcheu kyi ku la seuluà demso
Ma nan katam nyanpê sentchen tamchê lamá
detchen longtcheu dzog pe ku la seuluà denbso
Ma nan katam nyanpê sentchen tamchê lamá
tudjê trulpê ku la seuluà denbso(3x).

Com todos os seres que preenchem o espaço que foram nossas mães eu peço ao Lama, Precioso Buda / Com todos os seres que preenchem o espaço que foram nossas mães eu peço ao Lama, /onipresente corpo de vacuidade. (Dharmakaya)
Com todos os seres que preenchem o espaço que foram nossas mães eu peço ao Lama, a grande felicidade do Corpo de Regozijo. (Sambogakaya)
Com todos os seres que preenchem o espaço que foram nossas mães eu peço ao Lama, a compaixão do Corpo de Emanação.(Nirmanakaya)

[Mantra:] OM AH GURU HASSA BENZÁ HUM

[Centenas, milhares de vezes ou quanto puder]

EVOCAÇÃO: DJÊ MILÁ CHEPÁ DORJE LA SEULOUÁ DEBSO

DEDICATÓRIA

Seunam dyii tanchê zigpà nyii
tob ne nyepê dra nam dje pandjê nê
kye ga na tchi balab trukpà yii
sipê solê dreuà dreuuà cho

Por esta atividade benéfica que eu possa obter a consciência e, após vencer os inimigos invisíveis, libertar a todos os seres arrastados pelas ondas de nascimento, envelhecimento, doença e morte no oceano do devir.

Sanguiê ku sum nyepê djinlab tang
tcheunyi mingyur denpei djinlab tang
guendun mitche dumpê djinlab kyi
djitar gnouà monlam drupar cho

Pela graça do Buda que possui os três corpos;
pela graça da imutável verdade da realidade última;e pela graça da indivisível aspiração da Sangha; possa esta prece de
dedicação se cumprir tal como ela é.

[Sadhana traduzida e distribuída pelo Ven. Lama Deudan].

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

NATUREZA BÚDICA







(Foto de R. Samuel: Geshe Tashi Namgyal, já falecido)







Uma explicação breve da



NATUREZA BÚDICA

A Verdadeira Natureza de Mente

pelo Sakya

Geshe Tashi Namgyal



RAZÕES POR QUE NATUREZA BÚDICA É ENSINADA

Natureza de Buddha, o potencial para atingir Iluminação, é ensinado

a) para dispersar o erro ou falsa visão de que é impossível para nós, como seres ordinários, atingir Iluminação ou Buddheidade;

b) para dispersar sentimento de inferioridade em alguns seres que, embora seja possível atingir Buddheidade, eles não podem, ou são desmerecedores de atingir isto; e

c) para mostrar que todos os seres são iguais, não só os seres humanos, e têm natureza Búddhica.

Todos os seres sensíveis têm Natureza Búddhica. Em Tibetano Natureza Búddhica se traduz como a mente que fica naturalmente, ou a verdadeira natureza de mente. O fato de que todos os seres têm Natureza Búddhica refuta a visão errada de que o conseguir da Buddheidade não é possível para seres ordinários.

Considerando que todos os seres estão igualmente dotados com Natureza de Buddha, está errado ter desprezo pelos outros. Todos os seres, sejam grandes ou pequenos, tão grande quanto um elefante ou tão pequeno quanto uma formiga, seja um rei ou um mendigo, inteligente ou estúpido, santo ou pecador - Todos os seres, igualmente, têm Natureza de Buddha, a Causa da Iluminação.


AS TRÊS QUALIDADES DA MENTE

Todos os seres sensíveis, não só seres humanos, mas todos os seres em Samsara, os seis reinos de existência cíclica, estão dotados com uma mente ou consciência. A verdadeira natureza desta mente, no nível mais sutil, tem três qualidades:

1) a primeira qualidade é chamada "sawa" em Tibetano que em inglês se traduz como pura, clara, luminosa; normalmente se referem os tradutores à luminosidade ou claridade. É o Nirmanakaya, ou Corpo de Emanação.

2) a segunda qualidade é vazia, ou vacuidade, esvaziada de uma ego-natureza inerente. É o Dharmakaya ou Corpo de Verdade.

3) a terceira qualidade é a inseparabilidade dos dois primeiros aspectos, luminosidade e vacuidade, e age como base para as várias consciências sensoriais. É o Sambhogakaya ou Corpo de Prazer.

Estas três qualidades da mente são exatamente o mesmo nas mentes de todos os seres, os seres ordinários como também o iluminado. Embora não haja nenhuma diferença entre nossa verdadeira natureza de mente e a verdadeira natureza de mente dos Buddhas, há, porém, uma distinção definida - nossas mentes são contaminadas [pelas ilusões (nota do trad.)] enquanto as dos Buddhas não estão.

Nossas mentes podem ser comparadas a um espelho no qual o pó caiu. Da mesma maneira que o pó não é parte do espelho, assim as ilusões não são partes da verdadeira natureza de nossas mentes, mas são adventícias e podem ser removidas. Um Buddha é um ser que superou todas as impurezas ou ilusões prosperamente, e está então dotado com os dois tipos de purezas:

a) a pureza natural da mente ou Natureza de Buddha possuída por todos os seres, e

b) o pureza da mente que vem com ter removido todas as impurezas permanentemente.

Um Iluminado é então às vezes chamado duas vezes puro. Nós, como seres ordinários, temos só uma pureza: nos falta o segundo tipo; porém, uma vez que nós removemos todas as corrupções completamente, também teremos atingido Buddhahood.

O conhecimento de que é possível para nós completamente livrar nossas mentes de todas as manchas ou corrupções - porque elas são meramente adventícios e não são parte de nossa natureza - é muito importante.
Como a verdadeira natureza de mente pode ser percebida? É percebida quando nós buscarmos isto. Quando buscamos ver a três de qualidades da mente, vacuidade, claridade e sua indivisibilidade, isto fica gradualmente claro para nós ou nossa percepção. A mente muito sutil sempre está presente em nós, seja qual for a atividade em que nós podemos estar envolvidos; é a mente que vai para a Iluminação.

Uma vez que nós aprendemos e sabemos que, sem dúvida, aquela Natureza de Buddha existe e que age como a causa para o conseguir Iluminação, não há nenhuma justificação para a ego-depreciação.

Nós temos a causa de Iluminação, mas se nós não fazemos uso desta causa não nos beneficiará. Nós precisamos produzir as condições, executar as práticas de Dharma que removerão as manchas de nossas mentes.

Por exemplo, uma semente é a causa para uma planta crescer, mas se uma semente não encontra as apropriadas condições não brota e fica sempre uma semente. Todos nós possuímos a semente de Iluminação, porém se nós não provemos as apropriadass condições não atingiremos Iluminação, mas continuaremos vagando por Samsara, os reinos de existência cíclica (os reinos dos inferno, dos preta ou reinos de espírito insatisfeitos, os reinos animais, os reinos humanos, os reinos do asura ou demi-deuses, e os reinos dos deuses), como nós temos feito no passado.

Nós temos o potencial para Iluminação. Não desperdicemos esta oportunidade preciosa, mas nos permita usar isto sabiamente.


CONTÍNUO MENTAL

Da mesma maneira que o sol pode ser obscurecido através de nuvens, assim a verdadeira natureza de mente de seres ordinários é obscurecida por corrupções; os grandes praticantes de Dharma, ou Bodhisattvas, são seres que removeram a maioria das corrupções das suas mentes prosperamente, enquanto os Buddhas removeram todas as corrupções completamente. Ao longo destas três fases há só um fluxo de consciência ou quantidade contínua mental de: a) um ser ordinário cuja Natureza de Buddha é completamente coberta, b) um Bodhisattva, c) um Buddha. É importante entender que haja um fluxo contínuo de consciência que é purificada e não três entidades completamente diferentes e separadas. O grande iogue indiano Shantideva disse: “O fato de que eu não tenha ainda atingido Iluminação é completamente devido à minha própria falta de esforço; não há nenhuma outra razão.” Se nós nos esforçamos para Iluminação, esta virá dentro de nosso alcance.

Em vidas passadas, como nós vagamos de renascimento a renascimento pelos reinos de existência cíclica, nossa Natureza de Buddha sempre esteve conosco. Seria mais útil se, no futuro, em vez de seguir nossos próprios desejos egoístas, nós focalizássemos em nossa Natureza de Buddha e deixássemos nos levar a Nirvana.



A PRECIOSIDADE DO NASCIMENTO HUMANO

Nosso nascimento presente como um ser humano é o melhor vestimento para tirar proveito de nossa Natureza de Buddha e trabalhar para Iluminação. Nossa tarefa é remover as corrupções que nos impedem de reconhecer nossa Natureza de Buddha. Como isto pode ser realizado? Obviamente, métodos ordinários de limpar, medicamento ordinário, não removerão as corrupções. Assim um medicamento especial deve ser aplicado: o Dharma. Para praticar o Dharma, um renascimento especial, um renascimento humano, é requerido. Seres dos três mais baixos reinos (o animal -, preta -, e reinos de inferno) têm corpos, mas porque eles moram em estados de muito sofrimento e descontentamento constante, destituídos de qualquer felicidade, eles não podem seguir um caminho espiritual.

Então há os seres conhecidos como devas, ou deuses (os com forma, sem forma e os deuses do reino do desejo, e os semideuses). Os deuses dos reinos da forma têm corpos e tendem a viver vidas muito longas, mas como eles gozam de muita alegria e estão dotado com vários poderes, não são inclinados espiritualmente - suas vidas longas combinadas com a ausência de sofrimento e desilusão lhes dão pequena motivação para procurar a liberação do sofrimento e virar as suas mentes para o Dharma. Embora um renascimento humano provê a melhor oportunidade para a prática espiritual, nem tudo é oportuno. Dos muitos tipos diferentes de existências humanas o que é melhor para praticar o Dharma é o corpo humano completamente-dotado, significando dotado dos dezoito fatores [os oito estados de lazer e as dez conquistas].



Os Dezoito Fatores:

Os oito estados de liberdade significa estar livre de estados onde não há nenhum tempo para praticar religião. Estes são:

1. seres de inferno
2. fantasmas famintos
3. animais
4. deuses duradouros
5. bárbaros
6. possuindo visões erradas
7. onde o Buddha não surge
8. bobos.

As dez conquistas consistem em cinco adquiridas por si mesmo:

1. nascer como um ser humano
2. nascer em uma terra central
3. ter órgãos sãos
4. ter fé no Santo Dharma
5. não ter cometido ações odiosas.

E cinco adquiridas por outros:

1. o advento de um Buddha
2. Ele ensinou o Dharma
3. os ensinamentos permaneceram
4. há seguidores dos ensinamentos
5. compaixão sincera para os outros.

Todos nós aqui chegamos hoje à noite a esta oportunidade rara: nós não só atingimos um corpo humano, mas um corpo humano completamente dotado que tem a habilidade para praticar o Dharma então. Nossa Natureza de Buddha, junto com um corpo humano completamente dotado, nos proporciona todas as condições internas apropriadas.


PRECISA DE UM GUIA ESPIRITUAL

Além das condições internas apropriadas nós precisamos também das próprias condições externas. Isto é: achar um guia espiritual autêntico, que possa nos ensinar como se dar conta de nossa Natureza de Buddha e os métodos para em primeiro lugar remover as corrupções de nossa mente. Se você não achou tal Lama, procure até que você ache.


O QUE PROCURAR NUM GUIA ESPIRITUAL

Ao procurar um Lama, coloque mais preocupação na pessoa e menos preocupação se ele fez fama tem grandes títulos. Procure um Lama que possui as qualidades que são descritas repetidamente no sutras e nos comentários, isto é,:

a) grande conhecimento e sabedoria
b) grande compaixão
c) grande paciência, e
d) ações corretas.

Todas estas qualidades são indispensáveis: sem conhecimento e sabedoria ele não pôde ensinar o Dharma; sem compaixão ele não ensinaria o Dharma; sem paciência ele sucumbiria no desespero; e sem ações corretas ele não poderia fixar um próprio exemplo.
Um Lama que mostra o caminho tem que saber como fazer. Que adianta ter uma grande reputação mas não o próprio conhecimento e qualificações?

Nossa prática espiritual é apontada a um último objetivo, Iluminação, então nós deveríamos ser menos interessados no temporário. nos esforçando para o último objetivo, e coisas temporais virão a nós pela força desta aspiração profunda. A maioria das pessoas está tão preocupada com metas temporárias que se esquecem do último objetivo! Este é um engano grande. Concentre-se em atingir Iluminação e benefícios temporários também serão atingidos.

Considerando que nosso objetivo é elevado, nós precisamos de um Lama qualificado e altamente qualificado que possa nos guiar corretamente. Se nós escolhêssemos um Lama que está confuso, nós nos enganamos severamente. Por exemplo, se você quer ir você a algum lugar precisa depender de uma pessoa de confiança, alguém que esteve lá e pode-lhe contar exatamente como chegar lá, não alguém que tem só uma noção vaga. Se você for depender do conselho de uma pessoa incerta você pode terminar em um lugar totalmente diferente de seu destino planejado. Então tenha cuidado e não escolha um guia espiritual de um modo fortuito.

Um renascimento humano nos sujeita a todos os tipos de sofrimento e ainda, ao mesmo tempo, oferece também uma grande oportunidade. Nós deveríamos fazer uso desta oportunidade enquanto existe, pois não temos nenhuma certeza de que nós continuaremos desfrutando disto.


CAUSA INTERNA E
CONDIÇÕES INTERNA/EXTERNA

1. Natureza de Buddha com a qual todos os seres sensíveis estão dotados é a causa interna;

2. um corpo humano, dotado dos dezoito fatores necessários para praticar o Dharma, é a condição interna;

3. um guia espiritual para mostrar o Caminho a Esclarecimento é a condição externa.

A causa todos nós temos e as condições externas nós podemos adquirir. Não podem porém ser adquiridas as condições internas vindas de uma fonte externa. Estas precisam ser cultivadas interiormente, e para fazer isto nós precisamos de fé, em primeiro lugar.


OS TRÊS TIPOS DE FÉ

A raiz da qual todos os brotos do crescimento espirituais vêm é a fé. Quando nós temos fé, todas as qualidades saudáveis e conquistas podem surgir facilmente. O Buddha disse que aqueles que têm fé tem um domicílio para todos os tipos de virtudes. Há três tipos de fé:

a) a Fé da Admiração com clareza da mente,
b) a Fé da Aspiração, e
c) a Fé da Convicção, ou Confiança.

a) A Fé da Admiração (fé lúcida) acontece quando a pessoa focaliza nas três Jóias Preciosas (o Buddha, Dharma e Sangha) e sente uma reverência sincera e admiração. Este tipo de fé é produzido e aumentado estudando as qualidades excelentes do Buddha, os ensinamentos dele, e dos Bodhisattvas. Ao refletir nos grandes benefícios do Dharma a mente da pessoa fica lúcida pela alegria que surge.

b) A Fé da Aspiração é inspiracional, ou seja, é um anseio para seguir o caminho espiritual e atingir Iluminação.

c) A Fé da Convicção é acreditar, sem qualquer dúvida, no Buddha, nos seus ensinamentos do Caminho, e no atingir Iluminação.

Quando você cultiva primeiro o anseio os outros dois tipos de fé surgirão mais facilmente.


O PODER DE ALEGRAR-SE

Aprenda a alegrar-se com sua situação presente - há poder na alegria. Você tem a causa e você tem as condições, depois de ter conseguido um corpo humano completamente-dotado que o permite praticar o Dharma. Os méritos que você ganhará desta prática não só o beneficiarão nesta vida, mas em suas vidas futuras.

Há pessoas que não têm nenhum anseio, nenhum desejo para praticar o Dharma. Nunca sinta desprezo por tais pessoas, mas tenha compaixão para elas. Sua situação presente é o resultado da energia cármica positiva que você acumulou por suas ações boas prévias. Esses seres sem aspirações espirituais não SEMEARAM as causas.



AS TRÊS CONDIÇÕES PREVALECENTES DE SAMSARA

Na prática do Dharma se aprende a reconhecer a verdadeira natureza de mente; se dá conta dos estados saudáveis e insalubres da mente; e se cultiva só pensamentos virtuosos. Um estado saudável de mente conduz a ações virtuosas que levam à Liberação; estados insalubres de mente levam à ações não-virtuosas e perpetuação do Samsara ou dos reinos de existência cíclica. O cultivo de um estado de mente saudável nos impede de cair a níveis desfavoráveis de existência.

O Samsara tem três condições prevalecentes. Veja como nós agimos e reagimos com:

a) inveja e ciúme para aqueles que nós consideramos estar a um nível mais alto por causa das suas posses, estados, qualidades, ou conquistas;

b) rivalidade e competitividade - para as pessoas que nós consideramos a um nível igual;

c) desprezo e desdém para os que nós consideramos a um mais baixo nível por causa da sua falta de posses, seu estado, qualidades, ou conquistas.

Embora seja fácil sentir inveja, isto deve ser evitado. Por que ser invejoso, ou ciumento? O que isto realiza? Não diminui a riqueza ou estado dos que você inveja, nem aumenta o seu. Estas aflições não só são inúteis mas prejudiciais no processo. A inveja não move uma pessoa para dar a sua riqueza, mas permanecerá onde está. Eventualmente, a inveja virará contra si mesmo. Este é um assunto para refletir: se a inveja ou ciúme faz qualquer bem, ou se causa dano. Você perceberá, de experiência própria, que o estado da mente da inveje, quando surge, começa a dominar sua mente se você deixa isto ir sem controle. Você fica preocupado e perturbado, perde o sono. Inveja e ciúme dá origem a tais emoções negativas adicionais como a raiva, etc.; e também são acompanhados por desconfortos físicos, como tensão, ansiedade e inquietude. Se você não acredita isto, confira e verifique isto para você mesmo.

Os ensinamentos de Dharma, dado pelo próprio Buddha ou por grandes mestres budistas posteriores, mostram nossa ilusão e corrupções. Nós temos faltas, mas nós não as reconhecemos. Se nós fôssemos sem defeitos nós seríamos iluminados e não teríamos tidos nenhuma necessidade dos ensinamentos, mas nós não o somos. Inveja, ciúme, rivalidade e desprezo são faltas. Eles precisam ser reconhecidos e eliminados antes que a Iluminação seja atingido.

Embora seja típico em Samsara ter sentimentos de desprezo para os outros seres que nós consideramos nossos inferiores, lembre-se de que esses seres não merecem seu desprezo, mas precisam de sua compaixão. Se você pode ser útil a eles, você deveria fazer assim.

Shantideva disse que embora seja comum as pessoas sentirem estes três níveis de emoções negativas para os outros, eles precisam ser mudados por uma atitude mais positiva. Considerando que nós abrigamos estas emoções negativas em muitas vidas prévias, não é fácil dispersá-las, mas não impossível. Com esforço nós podemos aprender a subjugá-las gradualmente. Não é bom pensar que estas distorções mentais são sempre muito profundamente fixas em você, que não podem ser mudadas.

Se você não faz nada sobre isto, eles não só permanecerão, mas eles criarão novamente e novamente mais e ficarão crescentemente mais forte. Então faça uso de seu potencial e sua oportunidade preciosa para provocar uma transformação de seu estado mental. Constantemente, lembre-se de seu potencial e de seu renascimento humano precioso, alegre-se e vire sua mente à prática de Dharma.

Você pode ter ouvido falar de Natureza de Buddha no passado, mas você soube o que significou? O termo Natureza de Buddha não se refere só a qualquer consciência, mas à indivisibilidade da luminosidade e vacuidade. Esta consciência muito sutil sempre está presente, em qualquer atividade em que nós estejamos comprometidos. É esta mente que precisa ser reconhecida.

Esta explicação de Natureza de Buddha está de acordo com os ensinos de Mahayana da tradição Madhyamika, a mais alta das quatro escolas principais de filosofia budista.

A Natureza de Buddha é ensinada:

1. para dispersar qualquer má compreensão que você possa ter de que você não tem a habilidade para atingir Iluminação;

2. dispersar qualquer ego-degradação;

3. dispersar a altitude de olhar os outros seres como inferiores.

A tradição Tântrica diz que a única razão para os seres sensíveis não atingirem Iluminação é por causa das manchas adventícias, e que esta é a única distinção entre o Iluminado e os seres ignorantes. Um exemplo bom é significado pelo céu cuja área pode estar obscurecida através de nuvens, enquanto outra área não está. As duas áreas são idênticas nas suas natureza. O Espaço básico é puro e vazio, mas uma área é ocultada temporariamente através de nuvens. O mesmo é verdade para a natureza de mente que é, e sempre será pura. Porque as ofuscações são temporárias é possível, com esforço, as dispersar.


A VERDADEIRA NATUREZA DE MENTE É PURA

Há as pessoas que têm a convicção errada que as corrupções são uma parte intrínseca da mente. Se isto fosse verdade a ofuscação seria imutável, que significa que ela teriam de estar lá todo o tempo. Por exemplo, se a raiva fosse uma parte intrínseca da mente (se pertencesse à verdadeira natureza da mente) teria que estar lá todo o tempo, mas não é asim. As pessoas que também defendem esta visão errada acreditam que é impossível atingir Iluminação porque a natureza humana é ter faltas. Porém, a verdade é que as faltas não são parte de nossa natureza. Você pode perguntar: “Por que é que algumas pessoas atingiram Iluminação e outros não?” A resposta é “esforço” , depende do esforço. Quando nós nascemos, nós não tínhamos nenhum conhecimento, nenhuma realização, mas gradualmente, por nossos esforços, aprendemos e progredimos. Considerando que todos os fenômenos compostos estão sujeito à mudança é possível, com treinamento, mudar e atingir Iluminação. Há alguma pergunta?
Q.Você listou as qualidades de um bom professor. Você também listaria as qualidades de um estudante bom?

R. A qualidade principal é ter fé. Outra é a pessoa ter paciência, porque quando é praticante de Dharma, as dificuldades surgem e um bom estudante deve aprender a agüentar estas dificuldades e as superar. Um bom estudante também não deve ser propenso à sentimentos de superioridade quanto aos outros estudantes da mesma categoria dele por causa das suas práticas que está executando, nem deve ficar deprimido ou desanimado quando realizações espirituais levam mais tempo que esperado para desenvolver-se. Ao dar ensinamentos, a motivação do Lama deve ser de compaixão; enquanto escutando os ensinamentos a atitude do estudante deve ser de fé e respeito. Para derivar o maior benefício dos ensinamentos, o estudante deve considerar-se como um paciente, os ensinamentos como o medicamento, e o Lama como o médico.

Estas são qualidades que são indispensável ao professor e o estudante.

O Senhor Buddha, o originador dos ensinamentos, ensinou somente por uma motivação de compaixão para beneficiar os outros. Ele não ensinou por recompensa ou reconhecimento, ou por ambição. Da mesma forma, os professores que vêm depois dele que representam e revelam os seus ensinamentos, ensinam por uma motivação de compaixão e não por ambição ou para ganho pessoal.

O nome de meu professor era Jhampa Sangpo, e ele recebeu os ensinamentos do professor dele chamado Tubten. Lama Tubten não era uma pessoa erudita, mas tinha uma funda motivação altruística para ensinar os estudantes extremamente bem. Um professor tem que ter mais qualidades do que o estudante. O Professor supremo, como o Buddha, é capaz de avaliar a intenção, disposição e aspiração de cada estudante e pode-lhes dar ensinamentos de acordo com suas necessidades individuais e níveis de entendimento.



MUITOS SERES, MUITOS NÍVEIS DE ENSINAMENTOS

Quando o Buddha deu ensinamentos, muitos seres vieram de diferentes planos e reinos (como o reino dos deuses) escutar as suas palavras. Entre os ouvintes estavam alguns que eram o que eles pareciam ser (se apareceram em forma humana eles eram humanos) e alguns que eram diferente do que pareciam ser. Também havia os seres que eram emanações da mente do Buddha. Por exemplo, nos sutras Mahayanas lá é registrado exemplos onde o Buddha deu ensinamentos a Manjushri, o Buddha da Sabedoria, ou para Avalokitesvara, o Buddha da Compaixão - ambos eram emanação da mente do Buddha. [Não havia nenhuma real necessidade pelo Buddha de os ensinar porque eles já eram iluminados - os ensinamentos eram para nosso benefício.] Ali havia também aqueles seres que o Buddha ensinou de acordo com suas necessidades individuais e habilidades de compreensão.

Enquanto é declarado que aquele que nasce como um deus ou semi-deus não é adequado para a prática espiritual, deve ser entendido que isto não significa em geral que eles são incapazes de praticar o Dharma.

Os reinos dos deuses consistem de muitos diferentes planos e um destes é chamado o Céu dos Trinta-três. É dito que neste reino estas palavras ressoam do céu:

Todos os fenômenos compostos são impermanentes;
Todos os fenômenos não purificados são insatisfatórios;
Todos os fenômenos são sem ego-natureza;
Nirvana é paz.

Um lugar onde estas quatro declarações vêm do céu é claramente um lugar espiritual.


MANTRA
OM SVABHAVA SHUDDHO SARVA DHARMA SVABHAVA SHUDDO HANG
Todas as coisas são, eu sou de natureza pura também!




DEDICAÇÃO

Eu dedico os méritos de minhas práticas:

Possa nosso Lama viver muito tempo e continuar dando-nos ensinamentos
Possa depressa todos os seres reconhecer a Verdadeira Natureza de suas Mentes;
Possa eu atingir Iluminação depressa pela causa de todos os seres sensíveis e para aquele mesmo estado possa eu conduzir todos os seres, sem nenhum deixando para trás;
Possa o Samsara ser esvaziado, e nunca ser preenchido novamente.

[fim]



domingo, 21 de fevereiro de 2010

Milarepa e Chötrul Düchen













Milarepa e Chötrul Düchen

Chötrul Düchen é um dia especial em que o Buda manifestou milagres por quinze dias para aumentar a fé de seus discípulos. COMEMORAREMOS NO DIA 25, COM AS PRÁTICAS DE MILAREPA.


PRÁTICA DE MILAREPA no SAKYA KUN KHIAB CHO LING

Quinta-feira, dia 25, faremos prática de Milarepa, em comemoração ao aniversário de Mila (dia 27), no Rio de Janeiro, Largo do Machado, de 14 às 16 horas. Os interessados em participar mande-nos um email ou telefone para 021-93376173.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

CHAGDUD TULKU RINPOCHÊ








Anunciado o renascimento de
CHAGDUD TULKU RINPOCHÊ

sábado, 13 de fevereiro de 2010

FELIZ ANO NOVO TIBETANO











FELIZ ANO DO TIGRE DE AÇO!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Uma Mensagem de Sua Santidade Sakya Trizin
















Uma Mensagem de Sua Santidade Sakya Trizin

“Que as qualidades Gloriosas das quatro magnificências (Dharma, riqueza, aspiração e liberação) sejam iluminadas diretamente; as flores dos sinais de virtude de auspiciosidade se desenvolvam nas dez direções, enriquecidas por um oceano glorioso de felicidade e alegria que cubram a terra inteira com toda excelência.”

Eu desejo a você saúde boa, vida longa, prosperidade, e espero que todos seus desejos sejam cumpridos. Todos os desejos bons vêm de praticar ações virtuosas e não só através de orações. Então, nós temos que fazer a resolução de que neste ano novo nós enfatizaremos e nos dedicaremos completamente a praticar as ações virtuosas que surgem da bondade, compaixão, tolerância e perdão. Seguindo estas qualidades em nossas vidas nós traríamos não só a delícia a outros mas também asseguraríamos felicidade incessante para nós mesmos. Lembrando-se disto nós deveríamos entrar no ano novo e rezramos para trazer auspiciosidade e alegria a todos os seres sensíveis. ~ Com bênçãos, O Sakya Trizin.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Reza a Virupa
















Reza a Virupa

Namo Virupaya

A la la, do inato, livre de proliferação,
este aqui, muito brilhante, glorioso que brilha além do imaginado,
ele que é chamado "Jetsun Virupa",
tornou-se nosso Senhor, e ma ho!

Livre de todos os conceitos por seu brilho,
tendo aumentado as quatro alegrias com os ares das três portas,
também as atividades caóticas transformadas em felicidades e vacuidade,
tendo despertado então, ofereço um breve elogio em comemoração.

O senhor que uniu os dois benefícios de felicidade, excelência e perfeição,
tendo mostrado o caminho supremo aos discípulos afortunados,
com sabedoria e amor, colocando-os em nirvana
Eu me prosterno àquele que aparece no estado inamovível supremo.

Nascido de uma família real,
monge que completou as cinco ciências,
guia espiritual de milhões de membros da ordem de sua Sangha
Eu me prosterno com devoção ao afamado como o mais velho Dharmapala.

Nunca derrotado por oponentes, o senhor do ensino,
do shastras dos grandes fundadores que têm o significado dos três treinamentos,
pilar da doutrina, o segundo Onisciente,
Eu me prosterno ao que está além da disputa no mundo.

Durante o dia, uma grande assembléia
estava satisfeito com o néctar dos ensinamentos das fases do caminho,
pela noite, liberou a prática secreta,
Eu me curvo ao que percebeu o sexto bhumi seguindo Nairatma.

Para guiar os seres vivos por conduta não convencional,
deixando o sangha monástico, com conduta vulgar,
vagando por todas as cidades e estradas,
Eu me prosterno ao afamado por todos como Virupa.

Invertendo o Ganges e pacificando um Rei mau,
depois de parar o sol, beber o vinho do reino
sem se embebedar, dividindo um linga, domesticando as bruxas,
Eu me prosterno ao Poderoso Senhor.

Como tal, a fim de demonstrar as suas habilidades ilimitadas,
tendo domesticado Kartika em Saurasrta,
Eu me prosterno ao que dança nas grandes felicidades da união
penetrando a expansão inteira do espaço com grande compaixão sem objeto.

Tendo mostrado o caminho profundo com as quatro transmissões orais,
o método de perceber os fenômenos como a realidade
da pureza absoluta de felicidades e vacuidade,
Eu me prosterno ao que amadurece e libera o afortunado.

E ma, enquanto minha mente não atingiu a fase de liberação,
na totalmente pura expansão,
em sua presença, Jetsun,
por favor me proteja sempre e novamente.

Como tal, tendo aumentado o fluxo de néctar
do qual é produzido como um subproduto
sua compaixão,
Eu lhe suplico realize minhas metas.

Também, quem segue seu exemplo
nunca deveria separar as duas fases,
não pode ter nenhum obstáculo no caminho,
por favor beneficie a doutrina.

As afetações das puras três portas
aumente as quatro alegrias;
depois que os quatro movimentos se dissolvem no canal central,
que possa obter a fase de detentor do vajra poderoso.

Também a fama desta residência,
penetra a terra e o céu;
branco como a lua ou o jasmim,
virtude gloriosa será desfrutada.

O próprio Senhor Virupa, com a terra branca atrás dele, cobrindo a área entre Desfiladeiro de Bal e o desfiladeiro de Mon, estava sentado de pernas cruzadas, com o mudra de ensinar. Na sua direita estava Krisnapa, na esquerda estava Gayadhara, atrás dele estava Kokkalipa e na frente estava Vinasa, foi visto como estando realmente presente.

Quando Ele concedeu a bênção das quatro autorizações; explicado "O Caminho Escondido", concedeu a autorização de Vajravidarana; dado a transmissão de leitura para 72 divisões de tantra; "A Instrução Íntima do Caminho Com o Resultado", "Dez Grandes Realizações" junto com os "Oito Sutis", as palavras do elogio surgiram da força da experiência de Sachen.

Samaya

Traduzido por Acharya, Lama Migmar Tseten e Loppon Kunga Namdrol, como um oferecimento no Aniversário do Senhor dos Yogins, o Mahasiddha Virupa. 21 de junho de 2006.

©2006 Projeto de tradução Drogmi.

Trad. R. Samuel

SUA EMINÊNCIA GYANA VAJRA RINPOCHÊ

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

MEDITAR NO SAKYA KUN KHIAB CHO LING















MEDITAR NO CENTRO SAKYA: VENHA. Informações pelos telefones 021-93376173 ou pelo email rogelsamuel@hotmail.com

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Losar - Ano Novo Tibetano

















Losar - Ano Novo Tibetano


ANTONIO CARLOS ROCHA
http://budismoprimordialrio.blogspot.com/


Ontem, o Grupo Sákya do RJ, comemorou de forma antecipada o Losar, Ano Novo Tibetano.

Tivemos uma agradável prática: recitação de mantras, preces, meditação silenciosa, leitura orante, reza de Tara e por fim nos foi ensinado pelo professor-fundador-orientador sobre a vida e a obra de Guru Rinpochê, o grande mestre Padma Sambhava. Mais adiante iremos estudar, com maiores detalhes, a sua abençoada existência através de uma novela que Rogel Samuel escreveu e já está no site, na íntegra.

É interessante que, com todo o respeito e reverência, temos encontrado profundas semelhanças entre os ensinamentos tibetanos Sákya e as linhagens esotéricas Tendai e Shingon, que o sábio Nichiren (1222-1288) estudou no mahayana japonês.

Isso confirma a unidade, unicidade do caminho búdico. Pequenas diferenças são apenas culturais, de região para região.

A todos, os melhores votos de um Feliz Ano Novo com saúde e prosperidade !

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

A TRADIÇÃO SAKYA













A TRADIÇÃO SAKYA

(Foto: Landré 1997, Australia. Dois brasileiros podem ser parcialmente vistos: R. Samuel e Eduardo. O primeiro, na direção abaixo das letras Y A, vestido de azul, na segunda fila de trás, aparece a metade do rosto; o segundo, abaixo da bandeira colorida à direita, aparecem os olhos e a testa).

Mosteiro Sakya no sudeste do Tibete, centro da linhagem Khon, foi
fundado em 1.073 por Konchog Gyalpo, ancestral direto do atual Sakya Trizin.
Ainda que as quatro grandes tradições do budismo tibetano derivem da mesma filosofia budista Madyamika, existem certas peculiaridades em cada uma delas. Mas todas prestam reverência e obedecem aos conselhos de Sua Santidade o Dalai Lama. Assim também na tradição que se desenvolveu na região de Sakya ("terra branca"), no Tibet. Quando Atisha passou por ali, fez três prosternações e disse que via Manjusri, Vajrapani e Avalokitésvara e que lá se desenvolveria uma rica tradição.
O mosteiro Sakya foi construído ali em 1073 por um membro da família Khon: Konchok Gyalpo. Segundo a lenda, os primeiros membros desta família vieram do céu de Abhasvara. Coube a SACHEN KUNGA NYNPÔ (1092-1158), seu filho, o mérito de ser considerado o fundador da tradição Sakya. Ele recebeu ensinamentos diretamente de Manjusri, o bodhissatva da sabedoria, e foi praticante do ensinamento secreto chamado LANDRÉ, trazido da Índia por DROMI LOTSÁWA (992-1072), mestre de seu pai Gyalpo. Esse ensinamento, o LANDRÉ ("caminho que inclui o resultado"), se originou com o grande iogue indiano BIRWAPA (837-909, realização em 897 de nossa era). O fundador do nosso Centro, Ngawang Kunga Thechen Palbar Thinley Samphel Wangi Gyalpo, descendente direto da família Khon, é o 41 SAKYA TRIZIN ("detentor do trono de Sakya"). Sua irmã é JETSUN KUSHO, nossa Diretora Espiritual. Esta família guarda a mais antiga tradição do budismo. Um dos sete primeiros discípulos de Padmasambhava, que foi quem levou o Budismo para o Tibet, era da família Khon. Alguns reis tibetanos, antes do advento dos Dalai Lamas, pertenceram a esta família, como Sakya Pandita. Como se vê, não existe propriamente "budismo tibetano", mas sim o budismo indiano levado para o Tibet e ali conservado em toda a pureza de sua essência durante mais de mil anos.

SIGNIFICADO DA BANDEIRA SAKYA
O branco simboliza Avalokitesvara; o azul, Vajrapani; o vermelho, Manjushri. São os três bodhissátuas que Atisha viu quando passava pela região de Sakya, a caminho do Tibet. Atisha fez três prosternações àquele campo vazio, e disse que ali se desenvolveria uma importante tradição. Foi naquele sítio que, anos depois, Khön Khonchog Gyalpo construiu o Mosteiro Sakya, em 1073.