Como fazer um altar
Todas as tradições budistas têm uma capela ou um altar. Podem ser muito simples ou muito elaborados de acordo com a riqueza disponível ou com a tradição. Para algumas cerimônias ou preces o arranjo de um altar especial se faz necessário e os detalhes desta arrumação é fornecido no próprio texto da prática ou em certos textos relevantes.
O seu altar pessoal pode variar de acordo com o seu gosto pessoal e os seus meios disponíveis, assim como o seu próprio nível de compreensão.
Um altar simples consiste em uma simples plataforma (ou mesa) com uma pintura ou imagem do Buddha e talvez uma vela ou flores.
Um altar um pouco mais complicado consiste em duas plataformas. Na mais alta das duas está a imagem do Buddha no centro com Guru Rinpochê à direita [à sua esquerda] e a foto de seu Tsawi Lama à esquerda. Atrás do Buddha fica um livro ou texto religioso (o Dharma) - por exemplo a cópia de um Sutra. Em frente ao Buddha fica uma estupa contendo relíquias, ou talvez o sino e o dorje.
Na plataforma mais baixa ficam os oferecimentos de comida, incenso flores, água e velas (ou luzes).
Um altar um pouco mais elaborado tem três níveis: No nível mais alto: um Buddha ao centro, levemente colocado acima das outras imagens, a imagem de Guru Rinpochê à direita e de Avalokitesvara à esquerda. A imagem do Tsawi Lama fica em frente ao Buddha.
Na plataforma do meio estão: Os livros de Dharma no Centro; à direita a imagem do yidam (como por exemplo Dorje Phagmo ou Korlo Demchog); à esquerda o Protetor (como por exemplo Mahakala ou Mahakali). No dois lados, à esquerda ou à direita, podem estar o dorje e o sino, e a estupa com as relíquias.
Na plataforma mais baixa estão todos os oferecimentos incluindo comida, água, incenso, flores, luzes etc e tudo o mais que você quiser oferecer.
Mas repare: para todas as descrições citadas acima, quando se diz que algo está à direita significa à direita do altar, o que quer dizer à sua esquerda, já que você está em frente do altar.
Se você tem suficiente recursos será melhor ter um quarto de meditação separado para o seu altar. Se possível este deve estar no andar de cima ou num sótão silencioso, que não seja usado para mais nada ou por onde ninguém deve passar para outro lugar. Se isso não for possível, então é mais sábio usar um canto de uma sala de estar ou de um estúdio.
Não coloque seu altar em frente à porta. Coloque-o de tal maneira que fique resguardado quando o quarto for usado para outros fins.
Se nada disso for possível você pode usar um pequeno armário no seu quarto de dormir mas que deve estar acima da cabeça de sua cama. Um altar-armário desse tipo deve estar sempre coberto ou fechado exceto quando você estiver fazendo suas preces e meditações.
Os oferecimentos no altar devem ser mudados regularmente e o pano usado para cobri-lo deve ser guardado somente para esse fim. Não use nada do seu altar para outras finalidades.
Quando o alimento ofertado for removido do altar ele deve ser usado para alimentar os animais e pássaros ou ofertado para os necessitados.
Sempre mantenha atitude reverente no seu quarto de meditação e não permita conversas triviais, fumantes ou bebidas ali. Não se deite nesse quarto, nem fique sentado com as pernas estiradas em direção ao altar. Nunca fique sentado sobre um livro ou artigo religioso. Esteja sempre decentemente vestido no seu quarto de meditação. Saias curtas não são apropriadas para serem usadas no quarto de meditação. E você deve sempre tentar sentar-se num nível abaixo do altar.
Tente economizar um pouco de dinheiro que você normalmente gasta consigo mesmo/a e o utilize para fazer oferecimentos ao seu altar e para providenciar comida e roupas para os pobres. Nunca ofereça nada ao altar que você mesmo não comprou ou plantou.
[Este texto, sem assinatura, vem do Centro Sakya de Portland. Trad. R. Samuel].
[Informação adicional do tradutor: Segundo os Ensinamentos do Lan Dré, melhor que o altar fique no nascente, de modo que você medite em direção Leste].
segunda-feira, 14 de abril de 2008
sexta-feira, 11 de abril de 2008
Jetsun Rinpoche Dragpa Gyaltsen

CONSELHO PARA MIM MESMO
por
por
JETSUN RINPOCHÊ
(Jetsun Rinpoche Dragpa Gyaltsen)
(Jetsun Rinpoche Dragpa Gyaltsen)
Prosternações para Manjushri! Eu sou apegado à corrupção e dedicado ao dharma mundano, Desfruto conversa e avidamente descrevo as faltas dos outros. Não percebo minhas próprias faltas e entro em competição com inferiores, Que eu cesse este comportamento que contradiz os meios certos.
Diligentemente recorde o dharma mundano, Fortemente me lembre dia e noite De tomar refúgio na Tríplice Jóia Preciosa. Cuidadosamente mantenha quaisquer votos de Pratimoksha recebidos.
Mantenha a linhagem de Bodhisattvas, Seja extremamente dedicado à mente de Iluminação. Recite a Oração de Sete-ramos e o Sutra de Três Montes três vezes.
Nas primeiras e últimas partes da noite, Não durma, mas diligentemente execute iogas. Ao surgir da meditação e entre as sessões Pratique de acordo com os sutras e comentários.
Seja diligente mantendo samaya raiz e filial. Diligentemente faça oferecimentos aos mestres professores santos. Proteja as mentes dos seres vivos sem exceção.
Quando ondas de pensamento não-virtuoso surgirem, Fortemente aplique o antídoto e os remova. Se você não se pede assim, De onde a solicitação virá?
Até mesmo quando fortemente pedindo assim, Praticar de acordo com as escrituras é extremamente raro. Se eu não jurar empreender este comportamento, Possam minhas ações brancas nunca trazem para resultado.
Aplicando esta solicitação de ego a mim, Eu peço desculpa a meus professores por todos os enganos.
Estes versos conhecidos como " Conselho a mim mesmo " foram escritos pelo Sakya Upasika Dragpa Gyaltsen. (Sakya Kambum, Trabalhos Colecionados de Dragpa Gyaltsen, volume Ta, página 308.)
Diligentemente recorde o dharma mundano, Fortemente me lembre dia e noite De tomar refúgio na Tríplice Jóia Preciosa. Cuidadosamente mantenha quaisquer votos de Pratimoksha recebidos.
Mantenha a linhagem de Bodhisattvas, Seja extremamente dedicado à mente de Iluminação. Recite a Oração de Sete-ramos e o Sutra de Três Montes três vezes.
Nas primeiras e últimas partes da noite, Não durma, mas diligentemente execute iogas. Ao surgir da meditação e entre as sessões Pratique de acordo com os sutras e comentários.
Seja diligente mantendo samaya raiz e filial. Diligentemente faça oferecimentos aos mestres professores santos. Proteja as mentes dos seres vivos sem exceção.
Quando ondas de pensamento não-virtuoso surgirem, Fortemente aplique o antídoto e os remova. Se você não se pede assim, De onde a solicitação virá?
Até mesmo quando fortemente pedindo assim, Praticar de acordo com as escrituras é extremamente raro. Se eu não jurar empreender este comportamento, Possam minhas ações brancas nunca trazem para resultado.
Aplicando esta solicitação de ego a mim, Eu peço desculpa a meus professores por todos os enganos.
Estes versos conhecidos como " Conselho a mim mesmo " foram escritos pelo Sakya Upasika Dragpa Gyaltsen. (Sakya Kambum, Trabalhos Colecionados de Dragpa Gyaltsen, volume Ta, página 308.)
segunda-feira, 7 de abril de 2008
O MAHASIDDHA VIRUPA
por
Rogel Samuel
O NASCIMENTO DO MAHASIDDHA VIRUPA
No dia do nascimento do filho Rupyachakra (837-909 de nossa era), o rei Suvarnachakra convocou os astrólogos da corte: - Digam-me se será um rei próspero. Mas os astrólogos responderam: - Ó rei Suvarnachakra, o príncipe terá grandes poderes espirituais. E assim, ainda criança o príncipe Rupyachakra entrou no mosteiro de Somapura, Norte de Bengala, ordenado pelo abade Vinitadeva e pelo Acharya Jayakirti. Estudou as cinco principais ciências, tornou-se erudito em doutrinas budistas e não-budistas, erigiu um templo de pedra no qual pôs imagens sagradas de Buda. Ele criou a tradição de fazerem-se oferendas regulares para purificar as ações negativas dos pais já falecidos. Quando concluiu os estudos, o príncipe partiu para a Universidade de Nalanda, onde o budismo estava estabelecido. Recebeu ali ordenação de Bhiku, do abade Dharmamitra, e foi-lhe dado um novo nome, “Shri Dharmapala”. O abade-mestre admirava o discípulo, por isso lhe transmitiu os ensinamentos secretos do Tantra de Chakrasamvara. Além disso, deixou em seu testamento que Shri Dharmapala deveria ser seu sucessor. De fato, quando o abade faleceu, Shri Dharmapala fez a cerimônia do funeral, tomou providências para que os restos mortais do abade, transformados em relíquias, fossem distribuídos entre os reis, patronos e monges. E o sucedeu. Dharmapala praticava Chakrasamvara todas as noites, de acordo com as instruções secretas que recebera. De dia dedicava-se ao ensino e à composição. Apesar de conceder ensinamentos sobre textos Theravadas e Mahayana, ele dedicava a maior parte de seu próprio tempo às práticas secretas do Vajrayana, o Chakrasamvara. Shri Dharmapala treinou assim por muitos anos: a vida toda. Mas aos setenta anos, contudo, apesar de tantos anos de treinamento, ele não tinha experimentado nenhum sinal de realização espiritual. E ainda teve de enfrentar várias doenças que infestaram seu corpo e mente. Enfim estava triste, assustado com o constante mal causado pelos espíritos yakshas e por outros maus espíritos. Para piorar, começou a ter pesadelos. Num desses maus sonhos, viu gigantesco incêndio na parte baixa e inundação na parte alta do mesmo vale. Sonhou com tempestades de granizo, glaciais, cones de gelo caindo, icebergs despencando do céu. Via seu Amado Guru, o Yidam e amigos espirituais pendurados de cabeça para baixo, faces destroçadas, sem narizes, olhos fora das órbitas, sangue a escorrer.
Assim interpretou os sonhos como maus presságios, concluiu que lhe faltava mérito para atingir a realização do caminho secreto. Decidiu abandonar as práticas tântricas. Na noite do vigésimo segundo dia do quarto mês lunar, ele desistiu da prática da Yoga da Deidade, e jogou seu rosário na latrina. Aqueles sonhos eram na realidade indicativos de que Dharmapala estava quase a atingir a maior realização espiritual. Mas ele não podia saber que já tinha adquirido mestria no Caminho da Acumulação, no Caminho da Preparação, e estava quase a atingir o Caminho do Ver. Naquela altura, sua energia vital e mente tinham mergulhado nas sílabas ksa e ma abaixo do Chakra do Umbigo, e por isto ele tinha tido aqueles sonhos. Ele não sabia reconhecer os sinais do que lhe sucedia porque seu mestre falecera antes de lhe transmitir a totalidade das instruções essenciais que teriam explicado as drásticas mudanças ocorridas no fluir das energias sutis do corpo. Shri Dharmapala decidiu que se dedicaria ao ensino, à escrita e a outros deveres para com a comunidade monástica. Mas naquela mesma noite do ano de 897 A D, entretanto, sonhou ele que a Deusa Nairatmya aparecia sob a forma de uma mulher azul, com vestido de seda, e lhe falava: - Nobre filho, não é bom que te comportes dessa maneira quando estás quase a atingir o Siddhi. Apesar de todos os Budas terem compaixão não-discriminatória, eu sou a deidade com quem tu tens fortes afinidades cármicas e abençoar-te-ei a fim de que atinjas o Siddhi rapidamente. Vai e recolhe o teu rosário, lava em água perfumada, confessa teus atos negativos e retoma a tua prática como deve ser. E desapareceu. Dharmapala acordou confuso, mas seguiu as instruções que recebeu em sonho, retomando sua prática naquela mesma manhã cedo. Logo depois, a Mandala do aspecto Nirmanakaya das Quinze Deusas de Nairatmya apareceram diante dele e lhe concederam as quatro iniciações completas. Ele atingiu de imediato o Caminho do Ver do Primeiro Bhumi. Percebia agora o verdadeiro significado dos sonhos, que eram o desfazer dos nós das veias que fizeram acontecer o Primeiro Mergulhar dos Elementos e sinais das energias vitais do calor Candali. As experiências não-convencionais que apareceram na sua mente conceitual resultaram do processo de readaptação das veias e mente. Como sinal do Mergulhar dos Elementos intermediário, as chamas do fogo Candali ascenderam e provocam a subida do néctar da Bodhicitta. Essa manifestação seria experimentada por ele como chamas do fogo na parte mais baixa do vale e a inundação que ocorria na parte mais alta. A circulação das gotículas sutis em muitas veias menores refletiu-se nos sonhos da tempestade de granizo, com icebergs caindo do céu. O Terceiro e Último Mergulhar revelaram a face nua da sabedoria transcendental perfeita, tendo como efeito o dissolver de todo o apego às aparências vulgares. Aquelas manifestações interdependentes refletiram-se nos seus sonhos como as faces destruídas do Guru e Yidams. E ele percebeu então que todos aqueles sinais foram experiências meditativas diretamente relacionadas com as três etapas do mergulhar dos elementos sutis dentro do corpo. Daí em diante, ele atingiu a cada dia um Bhumi mais alto, até que, na manhã do vigésimo nono dia do mesmo mês lunar, atingiu o Sexto Bhumi. Ele era agora um Mahassidha.
No dia do nascimento do filho Rupyachakra (837-909 de nossa era), o rei Suvarnachakra convocou os astrólogos da corte: - Digam-me se será um rei próspero. Mas os astrólogos responderam: - Ó rei Suvarnachakra, o príncipe terá grandes poderes espirituais. E assim, ainda criança o príncipe Rupyachakra entrou no mosteiro de Somapura, Norte de Bengala, ordenado pelo abade Vinitadeva e pelo Acharya Jayakirti. Estudou as cinco principais ciências, tornou-se erudito em doutrinas budistas e não-budistas, erigiu um templo de pedra no qual pôs imagens sagradas de Buda. Ele criou a tradição de fazerem-se oferendas regulares para purificar as ações negativas dos pais já falecidos. Quando concluiu os estudos, o príncipe partiu para a Universidade de Nalanda, onde o budismo estava estabelecido. Recebeu ali ordenação de Bhiku, do abade Dharmamitra, e foi-lhe dado um novo nome, “Shri Dharmapala”. O abade-mestre admirava o discípulo, por isso lhe transmitiu os ensinamentos secretos do Tantra de Chakrasamvara. Além disso, deixou em seu testamento que Shri Dharmapala deveria ser seu sucessor. De fato, quando o abade faleceu, Shri Dharmapala fez a cerimônia do funeral, tomou providências para que os restos mortais do abade, transformados em relíquias, fossem distribuídos entre os reis, patronos e monges. E o sucedeu. Dharmapala praticava Chakrasamvara todas as noites, de acordo com as instruções secretas que recebera. De dia dedicava-se ao ensino e à composição. Apesar de conceder ensinamentos sobre textos Theravadas e Mahayana, ele dedicava a maior parte de seu próprio tempo às práticas secretas do Vajrayana, o Chakrasamvara. Shri Dharmapala treinou assim por muitos anos: a vida toda. Mas aos setenta anos, contudo, apesar de tantos anos de treinamento, ele não tinha experimentado nenhum sinal de realização espiritual. E ainda teve de enfrentar várias doenças que infestaram seu corpo e mente. Enfim estava triste, assustado com o constante mal causado pelos espíritos yakshas e por outros maus espíritos. Para piorar, começou a ter pesadelos. Num desses maus sonhos, viu gigantesco incêndio na parte baixa e inundação na parte alta do mesmo vale. Sonhou com tempestades de granizo, glaciais, cones de gelo caindo, icebergs despencando do céu. Via seu Amado Guru, o Yidam e amigos espirituais pendurados de cabeça para baixo, faces destroçadas, sem narizes, olhos fora das órbitas, sangue a escorrer.
Assim interpretou os sonhos como maus presságios, concluiu que lhe faltava mérito para atingir a realização do caminho secreto. Decidiu abandonar as práticas tântricas. Na noite do vigésimo segundo dia do quarto mês lunar, ele desistiu da prática da Yoga da Deidade, e jogou seu rosário na latrina. Aqueles sonhos eram na realidade indicativos de que Dharmapala estava quase a atingir a maior realização espiritual. Mas ele não podia saber que já tinha adquirido mestria no Caminho da Acumulação, no Caminho da Preparação, e estava quase a atingir o Caminho do Ver. Naquela altura, sua energia vital e mente tinham mergulhado nas sílabas ksa e ma abaixo do Chakra do Umbigo, e por isto ele tinha tido aqueles sonhos. Ele não sabia reconhecer os sinais do que lhe sucedia porque seu mestre falecera antes de lhe transmitir a totalidade das instruções essenciais que teriam explicado as drásticas mudanças ocorridas no fluir das energias sutis do corpo. Shri Dharmapala decidiu que se dedicaria ao ensino, à escrita e a outros deveres para com a comunidade monástica. Mas naquela mesma noite do ano de 897 A D, entretanto, sonhou ele que a Deusa Nairatmya aparecia sob a forma de uma mulher azul, com vestido de seda, e lhe falava: - Nobre filho, não é bom que te comportes dessa maneira quando estás quase a atingir o Siddhi. Apesar de todos os Budas terem compaixão não-discriminatória, eu sou a deidade com quem tu tens fortes afinidades cármicas e abençoar-te-ei a fim de que atinjas o Siddhi rapidamente. Vai e recolhe o teu rosário, lava em água perfumada, confessa teus atos negativos e retoma a tua prática como deve ser. E desapareceu. Dharmapala acordou confuso, mas seguiu as instruções que recebeu em sonho, retomando sua prática naquela mesma manhã cedo. Logo depois, a Mandala do aspecto Nirmanakaya das Quinze Deusas de Nairatmya apareceram diante dele e lhe concederam as quatro iniciações completas. Ele atingiu de imediato o Caminho do Ver do Primeiro Bhumi. Percebia agora o verdadeiro significado dos sonhos, que eram o desfazer dos nós das veias que fizeram acontecer o Primeiro Mergulhar dos Elementos e sinais das energias vitais do calor Candali. As experiências não-convencionais que apareceram na sua mente conceitual resultaram do processo de readaptação das veias e mente. Como sinal do Mergulhar dos Elementos intermediário, as chamas do fogo Candali ascenderam e provocam a subida do néctar da Bodhicitta. Essa manifestação seria experimentada por ele como chamas do fogo na parte mais baixa do vale e a inundação que ocorria na parte mais alta. A circulação das gotículas sutis em muitas veias menores refletiu-se nos sonhos da tempestade de granizo, com icebergs caindo do céu. O Terceiro e Último Mergulhar revelaram a face nua da sabedoria transcendental perfeita, tendo como efeito o dissolver de todo o apego às aparências vulgares. Aquelas manifestações interdependentes refletiram-se nos seus sonhos como as faces destruídas do Guru e Yidams. E ele percebeu então que todos aqueles sinais foram experiências meditativas diretamente relacionadas com as três etapas do mergulhar dos elementos sutis dentro do corpo. Daí em diante, ele atingiu a cada dia um Bhumi mais alto, até que, na manhã do vigésimo nono dia do mesmo mês lunar, atingiu o Sexto Bhumi. Ele era agora um Mahassidha.
O HOMEM QUE ABRIU O RIO GANGES
Shri Dharmapala era agora um grande Bodhisattva vivendo no Sexto Bhumi. Recebeu as quatro iniciações completas, que confirmava que o contínuo fluir das iniciações não tinha cessado; atingiu os seis Bhumis, que era a confirmação de que a linhagem era ininterrupta. Sua falta em reconhecer os sinais e na interpretação dos sonhos verificavam que ele não havia recebido as instruções essenciais, e que Vajra Nairatma não estava errada. A devoção de Dharmapala foi restabelecida. Ele confiava em atingir a realização d´Aquele que Atingiu a Iluminação Completa. Assim ele foi abençoado com as Quatro Linhagens Sussurradas. Pela gratidão ao seu Guru e Yidams, Shri Dharmapala pediu aos companheiros que preparassem a festa de oferendas Ganachakra. Carne e vinho foram incluídos entre substâncias requeridas para as oferendas. Os monges ficaram espantados quando viram carne e álcool entrando no quarto do abade. Alguns espreitaram pela porta, à noite. Dependendo do grau de pureza de suas mentes, cada um deles viu coisas diferentes no quarto. Alguns viram o abade rodeado por quinze mulheres; outros só viram oito. Alguns viram-no rodeado por quinze lamparinas; outros só oito. Aquelas visões noturnas levantaram as maiores suspeitas e comentários na comunidade. Mas os monges não se atreveram a falar diretamente com ele, que se tratava do abade, de reputação imaculada.
Shri Dharmapala, entretanto, já tinha decidido sair do mosteiro para evitar fofocas e prejuízo em relação à doutrina budista. Ele despiu-se diante de uma imagem de Buda, declarando: - ''Virupa'', o que significa ''sou mau''. E saiu do mosteiro, adornando sua cabeça com flores e folhas que tirou dos floristas. E começou a freqüentar bares e bordéis. Seu comportamento causava escândalo. O mosteiro assinalou então sua expulsão, por violação do código de conduta. Virupa respondeu cantando, alegre. Para proteger o Dharma ele admitiu que era corrupto. Após sua demissão, adotou o nome de Virupa (“mau”). E tornou-se famoso com esse nome. Seu nome de ordenação ''Dharmapala'' foi esquecido. Virupa partiu para Varanasi. Quando chegou ao rio Ganges, disse para o rio: - Ó águas do Ganges, eu sou sujo, deixem-me atravessar sem tocar, porque sois consideradas águas puras. Não quero conspurcar-vos. Depois de dizer isso, as águas do rio Ganges se abriram e, diante dele apareceu um caminho seco. Ele seguiu pelo caminho, cantando com alegria. Alguns monges tinham-no seguido até ao rio. Quando viram aquilo, compreenderam que Virupa já tinha atingido elevados poderes e pediram perdão ao abade solicitando-lhe que regressasse ao mosteiro. Virupa perdoou-lhes, mas não regressou. Virupa andava pelas florestas de Varanasi. Algumas fontes dizem que isto durou seis anos, outras se referem a seis meses. Como andava nu, sua pele adquiriu um tom azulado e era assustador olhar para ele. Os camponeses que o viam relatavam assim sua presença ao rei. Alguns disseram que era um Iogue Hindu, e outros um Iogue Budista. Assim o rei de Varanasi, Govindachandala, que era devoto dos Hindus, ofereceu hospedagem ao caminhante, desde que provasse que era Hindu. Assim, ele ordenou aos ministros que investigassem o desconhecido Iogue. Todavia, os ministros não puderam encontrar nenhuma pista quanto à identidade. Então o rei ordenou que o misterioso Iogue fosse trazido ao palácio para que o pudesse examinar pessoalmente. Pelo caminho, Virupa devorou indiscriminadamente vermes, pombos e borboletas que a seguir vomitou e aqueles animais voltavam a viver. Virupa foi finalmente trazido à presença do rei. O rei fez-lhe muitas perguntas, mas Virupa não disse palavra. Então o rei disse: - Uma vez que este Iogue não tem nem as qualidades de Vishnu, nem notáveis sinais de um Iogue Hindu, ponham correntes nos seus membros e o joguem-no no rio. Ele deve ser um Iogue Budista. Jogaram Virupa acorrentado ao rio. Porém, antes do regresso dos ministros ao palácio, Virupa já tinha reaparecido lá e estava em pé diante do rei. Isso se repetiu várias vezes, até que finalmente o rei se convenceu que o Iogue tinha o poder de controlar o elemento água. Então o rei ordenou a todos os açougueiros da cidade que apunhalassem o Iogue. Mas as facas e machados eram inúteis como se estivessem ferindo rocha e nada cortava o corpo de Virupa. A seguir os homens do rei cavaram um fosso e o enterraram ali e despejaram ferro e bronze derretidos sobre o corpo. Puseram terra por cima de tudo aquilo e deixaram que muitos elefantes passassem sobre o local. Mas mesmo assim ele reapareceu incólume perante o rei. Naquele ponto, o rei desenvolveu uma grande fé no poder espiritual de Virupa e se confessou. Depois Virupa converteu todos os cidadãos de Varanasi ao caminho Vajrayana.
Shri Dharmapala era agora um grande Bodhisattva vivendo no Sexto Bhumi. Recebeu as quatro iniciações completas, que confirmava que o contínuo fluir das iniciações não tinha cessado; atingiu os seis Bhumis, que era a confirmação de que a linhagem era ininterrupta. Sua falta em reconhecer os sinais e na interpretação dos sonhos verificavam que ele não havia recebido as instruções essenciais, e que Vajra Nairatma não estava errada. A devoção de Dharmapala foi restabelecida. Ele confiava em atingir a realização d´Aquele que Atingiu a Iluminação Completa. Assim ele foi abençoado com as Quatro Linhagens Sussurradas. Pela gratidão ao seu Guru e Yidams, Shri Dharmapala pediu aos companheiros que preparassem a festa de oferendas Ganachakra. Carne e vinho foram incluídos entre substâncias requeridas para as oferendas. Os monges ficaram espantados quando viram carne e álcool entrando no quarto do abade. Alguns espreitaram pela porta, à noite. Dependendo do grau de pureza de suas mentes, cada um deles viu coisas diferentes no quarto. Alguns viram o abade rodeado por quinze mulheres; outros só viram oito. Alguns viram-no rodeado por quinze lamparinas; outros só oito. Aquelas visões noturnas levantaram as maiores suspeitas e comentários na comunidade. Mas os monges não se atreveram a falar diretamente com ele, que se tratava do abade, de reputação imaculada.
Shri Dharmapala, entretanto, já tinha decidido sair do mosteiro para evitar fofocas e prejuízo em relação à doutrina budista. Ele despiu-se diante de uma imagem de Buda, declarando: - ''Virupa'', o que significa ''sou mau''. E saiu do mosteiro, adornando sua cabeça com flores e folhas que tirou dos floristas. E começou a freqüentar bares e bordéis. Seu comportamento causava escândalo. O mosteiro assinalou então sua expulsão, por violação do código de conduta. Virupa respondeu cantando, alegre. Para proteger o Dharma ele admitiu que era corrupto. Após sua demissão, adotou o nome de Virupa (“mau”). E tornou-se famoso com esse nome. Seu nome de ordenação ''Dharmapala'' foi esquecido. Virupa partiu para Varanasi. Quando chegou ao rio Ganges, disse para o rio: - Ó águas do Ganges, eu sou sujo, deixem-me atravessar sem tocar, porque sois consideradas águas puras. Não quero conspurcar-vos. Depois de dizer isso, as águas do rio Ganges se abriram e, diante dele apareceu um caminho seco. Ele seguiu pelo caminho, cantando com alegria. Alguns monges tinham-no seguido até ao rio. Quando viram aquilo, compreenderam que Virupa já tinha atingido elevados poderes e pediram perdão ao abade solicitando-lhe que regressasse ao mosteiro. Virupa perdoou-lhes, mas não regressou. Virupa andava pelas florestas de Varanasi. Algumas fontes dizem que isto durou seis anos, outras se referem a seis meses. Como andava nu, sua pele adquiriu um tom azulado e era assustador olhar para ele. Os camponeses que o viam relatavam assim sua presença ao rei. Alguns disseram que era um Iogue Hindu, e outros um Iogue Budista. Assim o rei de Varanasi, Govindachandala, que era devoto dos Hindus, ofereceu hospedagem ao caminhante, desde que provasse que era Hindu. Assim, ele ordenou aos ministros que investigassem o desconhecido Iogue. Todavia, os ministros não puderam encontrar nenhuma pista quanto à identidade. Então o rei ordenou que o misterioso Iogue fosse trazido ao palácio para que o pudesse examinar pessoalmente. Pelo caminho, Virupa devorou indiscriminadamente vermes, pombos e borboletas que a seguir vomitou e aqueles animais voltavam a viver. Virupa foi finalmente trazido à presença do rei. O rei fez-lhe muitas perguntas, mas Virupa não disse palavra. Então o rei disse: - Uma vez que este Iogue não tem nem as qualidades de Vishnu, nem notáveis sinais de um Iogue Hindu, ponham correntes nos seus membros e o joguem-no no rio. Ele deve ser um Iogue Budista. Jogaram Virupa acorrentado ao rio. Porém, antes do regresso dos ministros ao palácio, Virupa já tinha reaparecido lá e estava em pé diante do rei. Isso se repetiu várias vezes, até que finalmente o rei se convenceu que o Iogue tinha o poder de controlar o elemento água. Então o rei ordenou a todos os açougueiros da cidade que apunhalassem o Iogue. Mas as facas e machados eram inúteis como se estivessem ferindo rocha e nada cortava o corpo de Virupa. A seguir os homens do rei cavaram um fosso e o enterraram ali e despejaram ferro e bronze derretidos sobre o corpo. Puseram terra por cima de tudo aquilo e deixaram que muitos elefantes passassem sobre o local. Mas mesmo assim ele reapareceu incólume perante o rei. Naquele ponto, o rei desenvolveu uma grande fé no poder espiritual de Virupa e se confessou. Depois Virupa converteu todos os cidadãos de Varanasi ao caminho Vajrayana.
O HOMEM QUE PAROU O SOL
Virupa tinha partido para o sul da Índia. No caminho, pediu a um barqueiro que o levasse para a outra margem do Ganges. O homem não quis fazer, a menos que pagasse. Virupa disse ao barqueiro que lhe daria aquilo que o fizesse feliz. Perguntou ao barqueiro: - Queres que este rio seja grande ou pequeno? - Às vezes gosto deste rio grande, outras vezes gosto dele pequeno, respondeu o barqueiro. Virupa prometeu dar-lhe o rio como pagamento, e inverteu o curso do Ganges, apontando para o rio com um gesto ameaçador. O rio quase inundou casas e campos das proximidades. Os habitantes ficaram com muito medo que as suas propriedades fossem destruídas. Sabendo disso, o Rei Calabhadra e os habitantes da vila solicitaram a Virupa que devolvesse a água ao seu leito normal. Ofereceram-lhe toda a espécie de presentes para que ele mudasse de idéia, incluindo ouro, prata, gado, grão e flores. Em resposta, Virupa rompeu a cantar. Com o estalar de dedos, ele devolveu o rio ao seu leito normal e deu todos os presentes que recebeu ao barqueiro, que recusou os presentes. Em vez disso, o barqueiro tocou os pés de Virupa e pediu-lhe que o aceitasse como discípulo. Diz-se que o barqueiro, mais tarde foi conhecido como Dombi Heruka, foi o afortunado discípulo na libertação através do ''caminho súbito''. Virupa aceitou o barqueiro como discípulo e os dois rumaram para o sul, deixando os habitantes da vila a recolherem as ofertas abandonadas.
Quando os dois chegaram a Daksinipata, perto de Bhimesara, entraram na casa de uma vendedora de vinho que se chamava Kamarupasiddhi. Ali pediram algum vinho, mas a vendedora perguntou se eles podiam pagar. Virupa replicou: - Serve-me até eu ficar satisfeito, que pagarei aquilo que quiseres. A vendedora, então, perguntou: - Mas quando me pagarão? Virupa fez uma linha no chão com a sua adaga e disse: - Pagarei a conta quando a sombra desta casa chegar a esta linha. Assim a vendedora serviu os dois homens, mas Virupa serviu-se dos seus poderes para impedir que o sol percorresse sua trajetória habitual. Pediu mais e mais vinho, bebeu até não haver mais vinho na taberna. Muito tempo se passou, mas a sombra da casa não se aproximava da linha. A taberneira foi obrigada a buscar vinho das tabernas de dezoito grandes cidades para cumprir sua parte no negócio.
Para a surpresa de todos os taberneiros, Virupa bebeu mais de quinhentas cargas de elefantes de vinho sem dar mostras de que a sua sede estava mitigada. Entretanto, a cidade de Daksinipata era perturbada pela permanência da luz do sol e toda a gente perdeu a noção do tempo. Os habitantes da vila estava exaustos, as colheitas secavam nos campos. Os lagos e rios diminuíam de tamanho, ninguém tinha qualquer idéia da sucessão dos acontecimentos. Sem saber dos poderes de Virupa, o rei ordenou aos seus ministros que investigassem o que tinha parado o sol. Quando ele descobriu que tudo isso se devia ao poder do Iogue, o rei pediu a Virupa para deixar que o sol retomasse a sua trajetória. Virupa concordou na condição de que o rei pagasse a conta. Assim ele libertou o sol. Já era então meia-noite do terceiro dia depois de ter ele parado o sol. Virupa ficou conhecido como aquele que não só dividiu as águas do Ganges por duas vezes como também parou o sol por três dias. Sua fama espalhou-se por todo o mundo. Entretanto, continuou sua viagem para Bhimesara ao sul da Índia e para encontrar Khrishnacharin, seu futuro discípulo de quem se diz ser o detentor do 'caminho-resultado'. Bhimesara era governada por um rei Hindu chamado Narapati, devoto de quinhentos Iogues de cabelo entrançado. Adoravam uma enorme Shivalinga e uma imagem de Mahadeva. Sacrificavam milhares de búfalos e cabras todos os anos. Virupa chegou e escreveu muitos textos laudatórios a Shivalinga em Sânscrito. O rei ficou muito impressionado com este erudito. Pediu-lhe que se tornasse o chefe dos quinhentos Iogues, oferta que Virupa aceitou.
Durante as cerimônias de adoração, os Iogues curvavam-se perante a imagem de Mahadeva e faziam oferendas de flores. Quanto isso se passava, Virupa costumava tirar um volume do texto de Prajnaparamita que guardava escondido no seu cabelo, e prestava-lhe homenagem. Nunca se inclinava perante a imagem de Mahadeva. Os Iogues ficaram desconfiados e contaram ao rei. O rei acusou os Iogues de inveja. - Ele é um grande erudito e professor dos Vedas. É impossível que um homem assim não preste homenagem a Mahadeva, rei de todos os deuses. Vocês devem estar com inveja dele, respondeu o rei. Porém os Iogues continuaram a falar mal de Virupa, até que o rei decidiu ir assistir às cerimônias. Lá, dirigiu-se a Virupa: - Porque não te curvas perante a imagem de Mahadeva? - Porquê o faria? perguntou Virupa. Ele não poderia suportar minha homenagem. O rei então disse: - Não existe nada mais poderoso que ele em todo o reino. Porque dizes que ele não pode suportar a tua homenagem? Tens que lhe mostrar respeito. - Como não tenho escolha e tenho de fazer o que um rei pecador me ordena, tens que perdoar-me, respondeu Virupa para a imagem. Logo que ele juntou as mãos em homenagem e disse, ''Namo Buddhaya'' (Presto homenagem ao Buda), e um terço da gigantesca imagem caiu aos pedaços. Quando ele disse, ''Namo Dharmaya'' (Presto homenagem ao Dharma), dois terços da imagem caíram e quando ele disse ''Namo Sanghaya'' (Presto homenagem à Sangha), toda a imagem foi ao chão.
O rei estava pasmo. Com misto de medo e de fé, o rei pediu a Virupa que reconstruísse a estátua. Virupa reconstruiu de imediato a imagem e pôs em cima dela uma imagem de pedra negra do Grande Compassivo, Avalokiteshvara. Virupa disse então para o rei: - A estátua ficará intacta enquanto ninguém mexer na imagem de Mahakarunika. Se alguém tirar esta estátua, a outra se quebrará instantaneamente. Então foi-se embora. Entre os quinhentos Iogues havia um que não estava satisfeito com o comportamento dos Tirthikas ou heréticos e desenvolveu uma profunda devoção por Virupa e tornou-se seu discípulo. Tratava-se de Krishnacharin do Leste que, apesar de nunca antes ter seguido o Dharma, agora decidira entrar.
Quando os dois chegaram a Daksinipata, perto de Bhimesara, entraram na casa de uma vendedora de vinho que se chamava Kamarupasiddhi. Ali pediram algum vinho, mas a vendedora perguntou se eles podiam pagar. Virupa replicou: - Serve-me até eu ficar satisfeito, que pagarei aquilo que quiseres. A vendedora, então, perguntou: - Mas quando me pagarão? Virupa fez uma linha no chão com a sua adaga e disse: - Pagarei a conta quando a sombra desta casa chegar a esta linha. Assim a vendedora serviu os dois homens, mas Virupa serviu-se dos seus poderes para impedir que o sol percorresse sua trajetória habitual. Pediu mais e mais vinho, bebeu até não haver mais vinho na taberna. Muito tempo se passou, mas a sombra da casa não se aproximava da linha. A taberneira foi obrigada a buscar vinho das tabernas de dezoito grandes cidades para cumprir sua parte no negócio.
Para a surpresa de todos os taberneiros, Virupa bebeu mais de quinhentas cargas de elefantes de vinho sem dar mostras de que a sua sede estava mitigada. Entretanto, a cidade de Daksinipata era perturbada pela permanência da luz do sol e toda a gente perdeu a noção do tempo. Os habitantes da vila estava exaustos, as colheitas secavam nos campos. Os lagos e rios diminuíam de tamanho, ninguém tinha qualquer idéia da sucessão dos acontecimentos. Sem saber dos poderes de Virupa, o rei ordenou aos seus ministros que investigassem o que tinha parado o sol. Quando ele descobriu que tudo isso se devia ao poder do Iogue, o rei pediu a Virupa para deixar que o sol retomasse a sua trajetória. Virupa concordou na condição de que o rei pagasse a conta. Assim ele libertou o sol. Já era então meia-noite do terceiro dia depois de ter ele parado o sol. Virupa ficou conhecido como aquele que não só dividiu as águas do Ganges por duas vezes como também parou o sol por três dias. Sua fama espalhou-se por todo o mundo. Entretanto, continuou sua viagem para Bhimesara ao sul da Índia e para encontrar Khrishnacharin, seu futuro discípulo de quem se diz ser o detentor do 'caminho-resultado'. Bhimesara era governada por um rei Hindu chamado Narapati, devoto de quinhentos Iogues de cabelo entrançado. Adoravam uma enorme Shivalinga e uma imagem de Mahadeva. Sacrificavam milhares de búfalos e cabras todos os anos. Virupa chegou e escreveu muitos textos laudatórios a Shivalinga em Sânscrito. O rei ficou muito impressionado com este erudito. Pediu-lhe que se tornasse o chefe dos quinhentos Iogues, oferta que Virupa aceitou.
Durante as cerimônias de adoração, os Iogues curvavam-se perante a imagem de Mahadeva e faziam oferendas de flores. Quanto isso se passava, Virupa costumava tirar um volume do texto de Prajnaparamita que guardava escondido no seu cabelo, e prestava-lhe homenagem. Nunca se inclinava perante a imagem de Mahadeva. Os Iogues ficaram desconfiados e contaram ao rei. O rei acusou os Iogues de inveja. - Ele é um grande erudito e professor dos Vedas. É impossível que um homem assim não preste homenagem a Mahadeva, rei de todos os deuses. Vocês devem estar com inveja dele, respondeu o rei. Porém os Iogues continuaram a falar mal de Virupa, até que o rei decidiu ir assistir às cerimônias. Lá, dirigiu-se a Virupa: - Porque não te curvas perante a imagem de Mahadeva? - Porquê o faria? perguntou Virupa. Ele não poderia suportar minha homenagem. O rei então disse: - Não existe nada mais poderoso que ele em todo o reino. Porque dizes que ele não pode suportar a tua homenagem? Tens que lhe mostrar respeito. - Como não tenho escolha e tenho de fazer o que um rei pecador me ordena, tens que perdoar-me, respondeu Virupa para a imagem. Logo que ele juntou as mãos em homenagem e disse, ''Namo Buddhaya'' (Presto homenagem ao Buda), e um terço da gigantesca imagem caiu aos pedaços. Quando ele disse, ''Namo Dharmaya'' (Presto homenagem ao Dharma), dois terços da imagem caíram e quando ele disse ''Namo Sanghaya'' (Presto homenagem à Sangha), toda a imagem foi ao chão.
O rei estava pasmo. Com misto de medo e de fé, o rei pediu a Virupa que reconstruísse a estátua. Virupa reconstruiu de imediato a imagem e pôs em cima dela uma imagem de pedra negra do Grande Compassivo, Avalokiteshvara. Virupa disse então para o rei: - A estátua ficará intacta enquanto ninguém mexer na imagem de Mahakarunika. Se alguém tirar esta estátua, a outra se quebrará instantaneamente. Então foi-se embora. Entre os quinhentos Iogues havia um que não estava satisfeito com o comportamento dos Tirthikas ou heréticos e desenvolveu uma profunda devoção por Virupa e tornou-se seu discípulo. Tratava-se de Krishnacharin do Leste que, apesar de nunca antes ter seguido o Dharma, agora decidira entrar.
sábado, 5 de abril de 2008
A separação dos Quatro Apegos
Sua Santidade Sakya Trizin
História do Ensinamento Nós começamos com uma breve história deste ensinamento. Quando o grande iogue, o Lama Sakyapá, Sachen Kunga Nyingpo, tinha doze anos, um do Gurus dele, Bari Lotsawa, aconselhou-o, " Desde você é o filho de um grande mestre espiritual, é necessário estudar o Dharma, e estudar o Dharma requer sabedoria. O melhor meio de adquirir sabedoria é praticar Manjushri ". Assim, Bari Lotsawa deu para Sachen Kunga Nyingpo a autorização [wang] de Manjushri com todos os necessários "lungs". Então Sachen Kunga Nyingpo empreendeu um retiro de seis-meses em Manjushri. No começo, havia alguns sinais de obstáculos que ele conseguiu purificar pela prática da deidade colérica, Achala. Ele continuou a sua meditação e certa vez, na sua pura visão, ele viu Arya Manjushri no mudra orando, sentado em um trono adornado com jóias com dois outros atendentes. Naquele momento ele recebeu imensa sabedoria[-insight] e Manjushri deu o ensinamento de quatro-linhas [versos] diretamente a Sachen Kunga Nyingpô: Se você deseja os objetivos mundanos desta vida, você não é uma pessoa espiritual; Se você deseja existência mundana mais adiante, você não tem o espírito de renúncia; Se você deseja liberação para si mesmo, você não tem a atitude iluminada; Se você se apega à visão da realidade última, você tem não adquiriu a visão certa. Este ensinamento de quatro-linhas inclui o caminho inteiro do Mahayana. Depois de recebê-lo, Sachen Kunga Nyingpô passou a ter uma gigantesca quantidade de sabedoria. Ele não tinha nenhuma necessidade de estudar tudo o que vinha a ele. E tornou-se realmente um grande iogue. Depois em vida passou este ensinamento aos seus filhos, Sonam Tsemo e Dagpa Gyaltsen, que o transmitiram a Sakya Pandita e assim por diante. Até os nossos dias, sua transmissão nunca esteve interrompida, e assim portanto possui especiais bênçãos. Jetsun Dagpa Gyaltsen, o filho de Sachen Kunga Nyingpô, escreveu um comentário em versos para estas quatro linhas, o que serve hoje como texto de raiz de todo o ensino. " Separando dos Quatro Desejos " é bem parecido com ensinamentos preliminares de outras tradições budistas tibetanas. Por exemplo, a Nyingma e as tradições de Kagyu têm um ensinamento em " Transformando a Mente ", que também explica essas quatro linhas. Meditando nesta vida humana preciosa e impermanência, você será liberado dos sofrimentos inerentes a esta vida. O sofrimento de samsara e a lei de carma o deixarão longe de se apegar ao círculo de existência. Amor, compaixão, e Bodhicitta o deixarão longe de tomar esta vida como real. Nós, Sakyapas, chamamos isto de " A Separação dos Quatro Apegos, " e os Kagyu e Nyingma chamam isto de " Tirando a Mente do Apego ". O nome é diferente, mas o ensino é o mesmo. De acordo com a tradição Gelugpa, o ensino preliminar é dividido em " Os Caminhos do Três Pessoas ". A primeira linha explica o caminho da " pessoa pequena ", - uma pessoa que percebe que o mais baixos reinos [de existência] são cheio de sofrimento e deseja nascer nos reinos mais altos, como o dos devas, ou humanos. O caminho da pessoa mediana é aquele que busca a auto-liberação. Esta pessoa é descrita no segundo verso - ela percebe que o reino inteiro de existência está cheio de sofrimento, e então naturalmente busca auto-liberação. A terceira linha explica o caminho da grande pessoa. Esta pessoa percebe que todo ser sensível tem a mesma meta, e em vez de trabalhar para a si mesmo, deve trabalhar para a causa de todos os seres sensíveis para atingir último Esclarecimento. Ainda que a formulação seja diferente, o ensinamento Gelugpa é, não obstante, igual a esse " Separação dos Quatro Apegos ".
Refúgio Todas as práticas budistas começam com tomar refúgio. Neste ensinamento, a pessoa toma o Refúgio de Mahayana. Refúgio de Mahayana tem algumas características especiais. Há quatro razões por que o Refúgio de Mahayana seja um pouco diferente do refúgio em geral - em termos do objeto, do tempo, da pessoa e do propósito.
1. O Objeto Comum a todos os tipos de refúgios budistas estão o Buddha, Dharma, e Sangha. Porém, a explicação desses três difere entre Mahayana e Budismo geral. Em Mahayana, o Buddha é o que tem qualidades inimagináveis e que saiu de todas as faltas. Ele é o que possui os três kayas, ou três corpos: o Dharmakaya, o Sambhogakaya, e o Nirmanakaya. Dharmakaya significa que a mente dele, que é completamente purificada, se tornou na pessoa com a última verdade. Quando sujeito e objeto se torna um, isto é Dharmakaya . O Sambhogakaya vem de acumular quantidades enormes de mérito enquanto ainda no caminho. Isso produz a forma mais alta de corpo físico que tem todas as qualidades, e continua permanentemente no campo de Buddha mais alto, conhecido como Akanishtha, e dá ensinamentos para os grandes Bodhisattvas. Para ajudar seres sensíveis ordinários, sempre que, e onde for necessário, os Buddhas aparecem em diferentes formas. Essas formas são o Nirmanakaya, ou em outra palavra, emanações. O Shakyamuni Buddha histórico está no Nirmanakaya. Ele é chamado " O Nirmanakaya Excelente", porque até mesmo os seres ordinários podem vê-lo como um Buddha. Todos o Buddhas que aparecem no mundo são formas de Nirmanakaya. Nesta prática nós tomamos refúgio no Buddha que possui o três kayas. Esta é a peculiar explicação Mahayana de refúgio. O Dharma, ou Ensinamento, é a grande experiência que o Buddha e todos os Bodhisattvas mais altos alcançaram. A grande realização deles é o Dharma. Quando o que os Buddhas têm alcançado é posto em palavras para beneficiar seres sensíveis ordinários, isto também é chamado de Dharma. Os que estão seguindo o caminho do Esclarecimento e que já alcançaram o irreversível estado é a verdadeira Sangha. Esta Sangha consiste nos Bodhisattvas, de acordo com o Mahayana. O verdadeiro Buddha, Dharma e Sangha, a "Tríplice Jóia ", são os Buddhas que possuem os três corpos; o Dharma que expressam as suas realizações e ensinamentos; e a Sangha de Bodhisattvas. A Jóia Tríplice é simbolicamente representada nas imagens dos Buddhas, em todos os livros de ensinamentos, e na Sangha de monges. Embora os nomes dos objetos de refúgio sejam os mesmos no Mahayana e no refúgio geral, as qualidades deles são explicadas um pouco diferentemente no Mahayana.
2. O Tempo A segunda distinção entre o refúgio geral e o de Mahayana refere-se ao tempo. No refúgio geral, a pessoa toma o refúgio para o futuro imediato. No Mahayana a pessoa toma refúgio desde o presente até conseguir o último Esclarecimento.
3. A Pessoa No refúgio geral, a pessoa toma refúgio para a si mesmo. No refúgio de Mahayana, toma-se refúgio para a si mesmo e para todos os seres sensíveis. A pessoa imagina que todos os seres sensíveis foram uma vez, em vidas prévias, seus próprios pais ou entes muito queridos. Assim se busca refúgio para o benefício de seres sensíveis ilimitados.
4. O Propósito No refúgio geral, a pessoa toma refúgio para ganhar auto-liberação. No Mahayana, a pessoa toma-se refúgio para atingir Esclarecimento para a si mesmo e pela causa de todos seres sensíveis. Se a pessoa entende o objeto, tempo, pessoa, e propósito como nós descrevemos, realiza o refúgio de Mahayana. Com estas qualidades em mente, a pessoa deveria recitar a oração de refúgio dessa maneira pedindo para os objetos de refúgio as suas bênçãos. Além disso, ao praticar os ensinamentos de fato, o grande Acharya Vasubandu, disse que, se a pessoa quiser praticar o Dharma, há quatro requisitos. Os quatro são: conduta moral, estudo, contemplação e meditação. Uma explicação mais detalhada destes requisitos vão ser reservados para outro ensinamento.
COMENTÁRIO: Linha Um do Texto A linha 1 do texto é: " Se você desejar os objetivos mundanos desta vida, você não é uma pessoa " espiritual". O grande Jetsun Dagpa Gyaltsen explicou a primeira linha do modo seguinte: Qualquer prática que você faz, se seu objetivo estiver por causa desta vida, não há nenhuma religião; não é Dharma. Não importa que votos que você receber, não importa quanto você estuda, não importa quanto você faz de meditação, se é tudo por causa desta vida, não é Dharma. Se a pessoa deseja praticar o Dharma, a pessoa tem que começar por diminuir o apego para esta vida. Esta vida é temporal, está como uma miragem. Até mesmo se você pensa que uma miragem é real água, ainda assim não matará sua sede. Quaisquer tipos de conduta moral, estudo ou meditação que você empreende, se estiver por causa desta vida, não vai no final das contas beneficiá-lo. Para mudar sua intenção de praticante de não-Dharma para Dharma, você deve começar meditando na dificuldade de obter esta vida humana preciosa. A vida humana é rara comparada a outras formas de existências de seres sensíveis, porque o corpo de um ser humano pode conter milhões de outros seres sensíveis. Esta raridade é explicada de muitos modos diferentes - por exemplo do ponto de vista de " causa," "número," exemplo " e "natureza ".
A Causa. Para receber uma vida humana, e especialmente receber uma vida humana que aparece dentro de um lugar favorável e com as condições certas, a pessoa tem que ter uma causa boa. Tal causa tem que ser um fato excepcionalmente virtuoso para conduzir ao nascimento humano com condições corretas. Nos três mundos, há muito poucos que praticam a virtude, enquanto que há um número enorme de seres sensíveis que se viciam em atos não-virtuosos. Assim, então, do ponto-de-visão de causa, vida humana que tem todas as condições corretas e é livre de todos os lugares errados de nascimento, é muito rara.
Número. Do ponto-de-vista de número, os seres sensíveis nos infernos, no reino de famintos-fantasmas, e no reino animal são incontáveis. Seres nesses mais baixos reinos são tão numerosos como todos os átomos e partículas de pó deste mundo. Comparado a esses, as vidas humanas são muito poucas, especialmente essas que têm as condições certas.
Exemplo. O ponto-de-vista do exemplo é explicado nos Sutras com a seguinte ilustração. Suponha que o mundo inteiro é um grande oceano e em cima deste oceano flutua um dourado jugo que tem um buraco pequeno nisto. Debaixo do oceano está uma tartaruga cega que vem para a superfície só uma vez a cada cem anos. O jugo dourado flutua na superfície, indo para onde quer que o sopro de vento vá. Quando o vento vier do leste, vai para o oeste. Quando o vento vem do oeste, vai para o leste. Seria claramente muito difícil para o pescoço da tartaruga cega entrar no buraco no jugo dado a essas circunstâncias. A chance disto acontecer é muito raro. A vida humana, porém, especialmente livre de todos os lugares errados de nascimento e que tem todas as condições certas é até mesmo mais rara que este exemplo. Assim do ponto de vista do exemplo, a vida humana é muito rara.
Natureza. O nascimento humano, no qual se pode ouvir e praticar os ensinamentos, requer um número de condições particulares. É explicada a " natureza " deste renascimento humano em condições de evitar renascimento nos " oito lugares " de injustiça e nascendo com as "cinco condições ". Os " oito lugares " de injustiça nos quais é desfavorável ser renascido são os estados do infernos, pretas, animais e deuses de longa-vida, como também existência entre os bárbaros, ou pessoas com visões injustas. Igualmente a pessoa não pode nascer onde os ensinos budistas não têm sido determinados, ou com faculdades prejudicadas--como ser surda, ou mentalmente retardado. Há cinco condições favoráveis para renascimento. Eles são, nascer em um lugar onde o ensinos têm sido determinados, e onde os monges e detentores de preceitos leigos ainda estão vivendo, não ter cometido as cinco faltas ilimitados, e viver onde há fé completa no ensino em geral, e no Vinaya em particular. A pessoa também tem que nascer num tempo no qual um Buddha entrou e em qual ele girou a Roda de Dharma. O ensino ainda tem que existir, e onde há ainda muitas pessoas que seguem o caminho, e onde há as pessoas que estão ajudando prontamente você para achar seu sustento certo. Todas essas circunstâncias dependem e devem ser obtidos de outros. Assim, completamente, ser livre das oito condições desfavoráveis e obter estas dez circunstâncias favoráveis são por natureza extremamente raras. Isto não só é raro, mas também mesmo precioso, porque por meio de tal vida--não uma vida ordinária, mas uma vida humana com todas as condições de direito--a pessoa deve poder ficar livre de todos os sofrimentos de samsara. Não só isso, mas até mesmo o mais difícil que é o objetivo mais alto que nós poderíamos aspirar, o último Esclarecimento, também é alcançado por esta vida humana. Então, esta vida humana é extremamente preciosa. Não só a vida humana é rara e preciosa, mas até mesmo isto não é bastante! Nós temos que praticar. Sem praticar, ainda que obtendo esta oportunidade muito preciosa não será o bastante. Em nossas vidas passadas, é provável que nós tivemos muitas tais oportunidades para praticar, mas que nós desperdiçamos e não chegamos a qualquer estado significante. De agora em diante, desde que nós pratiquemos, nós não permaneceremos em samsara. Então, quando nós temos tal oportunidade boa e uma vida preciosa, é muito importante praticar Dharma. O Buddha ensinou que tudo é impermanente. Os três mundos inteiros são como uma nuvem do outono e o nascimento e morte de seres sensíveis está como um dançarino em movimento. A vida de uma pessoa está como uma luz no céu, ou como uma cachoeira íngreme que não está imóvel um único momento, mas constantemente está correndo abaixo. Até mesmo os Buddhas que atingiram um corpo permanente, para mostrar a impermanência aos seres sensíveis, também deixaram os seus corpos. Então, não há um único lugar onde morte não acontecerá. Há muitos mais causas para morrer que causas para viver. É um desejo comum o de que a morte nos esquecerá, mas claro que todos os seres têm que enfrentar a morte eventualmente. Tudo está mudando. As vidas neste particular reino (nossas vidas no continente de " Jambudvipa ") não têm nenhum tempo fixo. Algumas pessoas morrem até mesmo antes de nascerem, algumas assim que elas nasçam, algumas como bebês, algumas numa idade muito jovem. Embora nós não podemos ter nenhum problema principal hoje, você nunca sabe o que vai acontecer, até mesmo depois de uma hora ou assim. Qualquer coisa pode acontecer. A menos que você pratique agora, se você pensar, " por enquanto eu trabalharei em algumas outras coisas, então, quando eu ficar mais velho eu praticarei o Dharma, " a pessoa nunca saberá se terá esta oportunidade ou não. Então, é muito importante praticar agora! Na hora de morte, nada pode ajudar você, não importa quão poderoso é, não importa quão inteligente, não importa quão rico é, não importa quão valente você é, nada o pode ajudar. Até mesmo nosso corpo de pessoa que nós temos tido conosco desde o dia em que fomos concebidos, e o qual olhamos depois como uma coisa preciosa, e pelo qual temos grande cuidado, e para quem fazemos todos os tipos de coisas-- até mesmo isto nós temos que deixar para trás. Nossa própria continuidade de mente tem que ir então sem qualquer escolha de liberdade. A única coisa que pode ajuda-lo no momento da morte é a prática do Dharma que você aprendeu. Se você praticar Dharma, é a melhor coisa para o tempo da morte, quando você saberá o caminho sem qualquer dúvida, como um assunto bem conhecido de fato, e cheio de confiança você deixará seu corpo. A pessoa que pratica o Dharma não tem nenhuma hesitação ao morrer, porque não terá nenhum pesar de não ter praticado. Este precioso corpo humano e esta vida humana preciosa é impermanente. A primeira linha, " Se você deseja mundanos objetivos desta vida, você não é uma pessoa espiritual", explica isso diretamente: qualquer espiritualidade que pratique, se é apontada para esta vida, então não é Dharma e não vai dar benefício a você. Essa é a explicação direta. Indiretamente, ela explica sobre as dificuldades de obter a vida humana preciosa e a impermanência. Quando você tem a compreensão clara então dessas duas coisas, você será estabelecido firmemente no caminho. Neste sentido, até mesmo se alguém fizer tentativas para o tirar da prática do Dharma, não será possível para você parar.
Linha Dois do Texto Este verso diz: " Se você desejar existência mundana mais adiante, você não tem o espírito de renúncia ". Esta linha diz se a pessoa continua desejando nascer no reino humano ou nos reinos de deva (claro que a pessoa não quer nascer nos mais baixos reinos porque os mais baixos reinos estão cheio de sofrimento). Não só explica isso, que o ensinamento que você pratica não deveria envolver apego para com esta vida presente, mas também ser livre do desejo de nascimentos futuros no círculo de existência. Não só os mais baixos reinos estão cheios de sofrimento; também, nos reinos mais altos é tudo sofrimento. Nos três reinos inferiores (que são os infernos, fantasmas famintos, e o reino animal), tem-se o chamado "sofrimento do sofrimento ". Os infernos têm muitas divisões, como os infernos quentes, o infernos semi-quentes, etc. Sempre que a pessoa nasce nos infernos, a pessoa tem uma quantidade inimaginável de sofrimento. Assim o que os seres de inferno experimentam o chamado " o sofrimento de sofrer ". No reino de fantasma-faminto, também, os seres têm uma tremenda quantidade de sofrimento não achando comida. Eles têm grande fome e sede por centenas e centenas de anos. Até mesmo se eles acham comida, em vez de ajudar os seus corpos, cria-lhes mais sofrimento. No reino animal, como vemos todos nós, os animais têm que sofrer muitas coisas. A maioria dos animais não tem um único momento de relaxamento porque eles têm assim muitos inimigos entre os próprios animais. Além disso, os seres humanos os estão caçando e os estão pescando e causando todo tipo de sofrimento para a eles. Geralmente, todos os animais sofrem grande ignorância porque eles não têm qualquer modo de Dharma. É muito fácil nós percebermos que os três mais baixos reinos estão cheios de sofrimento. Os três reinos mais altos às vezes são compreendidos como tendo uma mistura de felicidade e sofrimento. Porém, quando nós pensamos cuidadosamente nisto, nós podemos ver que não há na realidade felicidade nos reinos mais altos. Até mesmo nos reinos de Devas onde parece que esses seres têm uma vida maravilhosa, tudo é impermanente. Os Devas têm tanto luxo nas suas vidas que eles nem pensam em praticar o Dharma. Todas suas vidas são gastas em prazeres mundanos, assim quando se aproxima o tempo da sua morte eles experimentam um particular tipo de sofrimento. Por exemplo, eles têm bastante inteligência para poder ver onde eles vão renascer. E, como eles gastaram todas suas vidas em prazer, muitos deles, vão renascer dentro dos mais baixos reinos. Considerando que eles podem saber estas coisas, o Devas experimentam sofrimento mental maior que o sofrimento físico dos mais baixos reinos. Até mesmo os grande Devas, como Indra, o senhor do Devas, pode ter renascido como um criado muito ordinário. E mesmo grande Devas, cujos corpos podem iluminar o mundo inteiro, depois da morte será renascido dentro escuridão completa na qual eles não poderão ver a própria mão diante da sua face. No reino humano, como nós vemos, tudo está mudando. Grandes imperadores se tornam pessoas muito ordinárias; e o rico, muito pobre. Geralmente, todo o mundo é ligado para encontrar o quatro grandes montanhas de sofrimento: morte, idade velha, doença, e nascimento. Há muitos, muitos, sofrimentos, como medo de encontrar os inimigos e sempre o medo da partida de amigos. Coisas que você não deseja acontecem, e não se tornam realidade coisas que você quer. Há inimaginável quantidade de sofrimento que são principalmente do tipo chamado " o sofrimento de mudança ". Nós sofremos pela mesma razão que tudo constantemente está mudando. No reino dos asuras ou semi-deuses, eles sofrem grande ódio e inveja para o reino de céu, eles se encontram com grande sofrimento nas suas vida. Assim como os devas, os humanos, e os asuras têm toda a experiência de sofrimento de mudança. Logo é " o sofrimento de agregados " o que cobre o universo inteiro. Cada um de nós empreendemos um trabalho que nunca termina. Nossas vidas são cheias de contínuo esforço. Nossas ações nunca acabam. Nesta vida mundana muito ocupada cheia de atividades, um dia nós temos que morrer sem terminar esse trabalho. Todo o mundo tem que morrer no meio da vida. Então, não importa onde a pessoa renasce, se nos mais baixos reinos ou nos reinos mais altos, todos estão cheios de sofrimento. Por exemplo, se o veneno está misturado com comida--se é comida boa ou comida ruim dá no mesmo--a pessoa não pode comer isto. Da mesma maneira, não importa onde se nasce, ou nos reinos mais altos ou nos mais baixos reinos, contanto que seja dentro do ciclo de existência, a pessoa experimentará sofrimento. Relacionado a isto é a explicação da lei de carma. Nós somos forçados a perguntar por que os sofrimentos que nós experimentamos acontecem. Cada coisa tem que ter uma causa associada. Todos os tipos de sofrimento são criados por ações não-virtuosas. Uma ação não-virtuosa é qualquer ação que é criada por desejo, ódio, ou ignorância. Matando, má-conduta sexual, e roubar são as três ações não-virtuosas do corpo. Então mentir, provocar discórdia, palavras severas, e conversa inativa são as quatro ações não-virtuosas da voz: cometem-se essas ações não-virtuosas pela própria fala da pessoa. Inveja, ódio, e visão errada são as três ações não-virtuosas de mente. Falando resumidamente, todas as ações não-virtuosas são incluídas nessas dez. Quando a pessoa se vicia nas dez ações não-virtuosas, não só vai ter que enfrentar conseqüências terríveis, mas até mesmo depois enfrentar conseqüências que terão resultados ruins contínuos. Em outra palavra, todas as coisas ruins que estão acontecendo dentro desta vida foram criadas por nossas próprias ações não-virtuosas que nós cometemos em nossas vidas prévias. As dez ações virtuosas [liberdade do ódio, desejo, e ignorância] é o contrário das dez ações não-virtuosas. Fazer as dez ações virtuosas dá maravilhoso resultados temporariamente, mas também fazem bem para muitas vidas futuras. Em outras palavras, todas as boas coisas que estão acontecendo em nossa vida foram criadas por nossas próprias ações virtuosas que fizemos em nossas vidas prévias. Finalmente, praticando contínua ação virtuosa, a auto-liberação, ou até mesmo o último Esclarecimento, pode ser atingido. Também há ações indiferentes ou neutras, como caminhar e dormir. Embora neutras, essas ações não produzem nenhum sofrimento (e daquele ponto de vista são mesmos boas), mas considerando que não produzem nenhum resultado virtuoso, elas são um tipo de desperdício. É importante transformar estas ações indiferentes em ações virtuosas. Por exemplo, quando você está caminhando você deveria pensar, " possam todos ganhar o caminho da liberação ". Quando você encontra pessoas, você, deve pensar, " possam todos os seres sensíveis conhecem amigos virtuosos". E quando você está comendo, você, deve ter a intenção de alimentar a quantidade enorme de germes que vivem no seu corpo. Toda ação indiferente deve ser transformada assim em ações virtuosas. Os sofrimentos de samsara e o sofrimento do círculo de existência e o lei ou karma, ou lei de causa e efeito, é explicado pela segunda linha deste ensino: " Se você deseja existência mundana mais adiante, você não tem o espírito de renúncia ". Meditando nessas duas coisas--concentrando-se no sofrimento do círculo de existência e na lei de carma - você deixará de se apegar no círculo de existência, e chegará à compreensão de que o círculo de existência está cheio de sofrimento. Para ser livre de sofrimento, a pessoa tem que considerar este mundo como se fosse um grande fogo, ou como um ninho de cobras venenosas. Meditando neste ensinamento nós começaremos a desenvolver um real desejo interno para por estes princípios em prática. Por exemplo, muitos iogues se concentram nos sofrimentos de samsara até que eles tenham o mesmo sentimento que um prisioneiro tem. Isto é, eles desenvolvem o único pensamento: " Quando eu posso escapar "? Até que você desenvolva essa atitude, você deveria meditar no sofrimento de samsara. Sem que nós realmente entendamos os sofrimentos de samsara, não há pratica de Dharma. Neste sentido, o sofrimento é uma grande ajuda na prática do caminho. Quando o Senhor Buddha primeiro girou a roda de Dharma em Sarnath, uma das primeiras coisas que ele disse foi que se tem que compreender os sofrimentos. A primeira Verdade Nobre é aquela que deve saber sobre os sofrimentos. Se você pensar cuidadosamente nisto, você não poderá desperdiçar vida por muito tempo. Isto conclui a explicação dos sofrimentos de samsara e a lei de carma.
Linha Três do Texto O terceiro verso diz: " Se você desejar liberação para si mesmo, você não tem a atitude iluminada". Se nós verdadeiramente entendemos que o mundo está cheio de sofrimento, e acreditamos que podemos nos livrar nós mesmos praticando ações virtuosas, nós poderemos atingir auto-liberação de fato. Porém, auto-liberação não realiza o próprio propósito da pessoa completamente, e não pode ajudar os outros seres sensíveis. De fato, auto-liberação é um grande obstáculo a atingir último Esclarecimento porque o adia esclarecimento atual. É mesmo muito importante desde o princípio ter a intenção de alcançar o objetivo mais alto que é atingir último Esclarecimento por causa de todos os seres sensíveis. Este último Esclarecimento tem que surgir da causa certa e condições. A causa principal é grande compaixão, a raiz é Bodhicitta, e a condição são os meios hábeis. Embora todo ser sensível deseje ser livre de sofrimento e quer ter felicidade, devido a ignorância, eles nunca podem ter isso. Neste sentido é errado objetivar ficar livre do sofrimento para a si mesmo. Nós temos que pensar em todos os outros seres sensíveis. Mas nós somos incapazes de ajudá-los neste momento porque nossas corrupções e ilusões nos prendem. Assim, a única coisa que pode ajudar é atingir a Iluminação completa-o último Esclarecimento - de forma que então seremos na verdade capazes de ajudar os outros. Para atingir o último Esclarecimento, a pessoa tem que ter as causas certas. A primeira é meditar em amor e compaixão. O significado de " amor " é que você deseja para todo ser sensível que esteja contente e que tenha a causa de felicidade. Este desejo deve ser dirigido a todos os seres sensíveis sem qualquer discriminação. Desde que nós não podemos produzir estes pensamentos para todos os seres sensíveis no começo de nossa prática, nós procedemos gradualmente. Nós começamos meditando em amor e compaixão para quem é por exemplo, mais querido por nós, como nossa própria mãe. A pessoa começa visualizando na sua frente sua própria mãe ou qualquer um que é querido a você. Então, se lembre de toda a bondade que eles fizeram para você. Por exemplo, se for sua própria mãe, considere que ela deu à luz você, o expôs à vida com um tipo de olhar amoroso, lhe deu tanto amor e teve cuidado de você. Embora agora ela esteja objetivando felicidade para si própria, devido à ignorância, ela não pode ter felicidade. Ela está dentro do sofrimento e está causando até mesmo mais sofrimento. Então, você deveria desejar que ela seja livre e esteja contente e que tenha a causa de felicidade. E assim você reza, " possa ela estar contente e ter a causa de felicidade do Guru e da Tríplice Jóia". Depois, você deveria aumentar gradualmente a visualização para incluir seus parentes e assim sucessivamente. Finalmente, inclua o indivíduo mais difícil, pessoas que você repugne e considere seus inimigos. Você visualiza seu inimigo bem em frente e pense que, embora nesta vida ele aparece na forma do inimigo, de fato em muitas vidas ele foi minha mãe muito amável, como também parente e amigo. Ele deu assim muito amor e compaixão e tanto foi dado a mim. Mas agora nós mudamos nossas vidas e considerando que eu não devolvi a própria bondade dele a ele, hoje ele entra na forma de meu inimigo sem reconhecer eu mesmo toda a bondade que ele deu. Hoje nós mudamos nossas vidas; nós não reconhecemos um ao outro, então, nós temos que criar o pensamento, " possa ele está contente e ter a causa de felicidade ". E então gradualmente você amplia esta meditação até que você pode ter o mesmo pensamento para todos os seres sensíveis. Quando a pessoa está bem treinada nesta meditação de amor, a pessoa também pode usar isto para aumentar sentimentos de compaixão. Primeiro, para quem é mais querido a você, você visualiza e pensa, " Embora esta pessoa quer felicidade, devido à ignorância, está no meio de sofrimento. Devido à ignorância, ela está fazendo mais sofrimento para si. Possa ela ser agora livre de sofrer e possa estar livre da causa de sofrimento ". E da mesma maneira, depois você deveria tentar estender esta meditação para o ponto em que você tem o mesmo pensamento para todos os seres sem discriminação. Quando você estiver bem avançado nesta meditação, é importante praticar " Tong Len ". Nesta prática nós visualizamos que toda a felicidade e as causas de felicidade (quer dizer, as ações virtuosas que a pessoa tem), sejam doadas, sem hesitação, para todos os seres sensíveis. E o sofrimento de todos os seres sensíveis como também a causa de sofrimentos, venha para mim mesmo, visualizado como uma grande massa de sujeira. Esta " meditação de troca" é, claro, de grande benefício. Quando a pessoa estiver bem versado nisto, então a pessoa pratica o Seis Paramitas e As quatro coisas colecionadas que nós temos no caminho principal de um Bodhisattva. Com isto nós completamos as primeiras três linhas que explicam o método de todos os caminhos diferentes.
Linha Quatro do Texto O quarto verso diz: " Se você se apegar à visão de última realidade, você não adquiriu o visão certa". As quatro linhas tratam da visão. Até mesmo se a Bodhicitta relativa, o pensamento relativo de Esclarecimento surgiu dentro de sua mente, se ainda tiver apego a todas as coisas como se fossem realidade, então cairá no erro do permanente e o impermanente. Então, a pessoa cairá no extremo de existência e não-existência. Devido a isto, a pessoa não será livre do sofrimento de samsara. Para ser de verdade livre, é muito importante manter longe o apego de considerar esta vida como real. O antídoto para tudo isto, essa iludida convicção, é a concentração e perspicácia-sabedoria. Concentração é necessária porque nossas mentes são focalizadas em distrações e objetos exteriores. É realmente importante fazer meditações de concentração, porque sem própria concentração, a pessoa não é capaz de atingir perspicácia-sabedoria. Antes da pessoa poder meditar em perspicácia-sabedoria uma base forte primeiro tem que ser construída. A base para sabedoria de perspicácia é a concentração. Concentração deveria ser feita dentro de um retiro, longe de distrações, se sentando em posição de loto, ou meio-loto. Primeiro, você recita a oração de refúgio e cria o pensamento de Esclarecimento. Então você deve assumir a posição de meditação plena se sentando muito ereto. A pessoa deveria concentrar primeiro em qualquer objeto exterior, preferivelmente uma imagem de Buddha. Deste modo você está-se lembrando do Buddha que você em si mesmo é, e isso têm uma grande quantidade de poder. Você visualiza a imagem do Buddha de cor dourada na sua frente em um trono adornado com jóias, com a sua mão direita no mudra tocando-a-terra, e a mão esquerda no colo na posição de meditação. Ele está usando as vestes de monge e está sentado na posição de pleno-loto. Concentre-se nesta imagem geral do Buddha e nas partes específicas do seu corpo. Ou você pode meditar em alguma outra forma de Buddha, como Buddha Amitabha ou outras deidades. Tente concentrar-se nisto. No princípio, parecerá que você tem muitos pensamentos, mas na realidade isto é de fato o que vem acontecendo todo o tempo. Normalmente, desde que você segue seus pensamentos, você não nota isto. Enquanto isso, quando os pensamentos vierem, em vez de perseguir os pensamentos, apenas se concentre. Você retrocede e se concentra na imagem por um período longo de tempo. Com seu desenvolvimento, seus pensamentos vão diminuir, e você será capaz permanecer no mesmo objeto por um período longo de tempo. Então, depois de um certo tempo, será capaz de concentrar-se na imagem por um período muito longo de tempo. Quando isso acontecer, é um sinal que sua concentração é agora forte bastante para poder meditar em perspicácia-sabedoria. A concentração só não faz nada, além de manter distante as distrações. Não arrancará as raízes fundas das corrupções. Para arrancar a raiz funda das corrupções, a perspicácia-sabedoria é necessária. Em Tibetano, a palavra para perspicácia-sabedoria é " lhag-tong " (lhag mthong). Isto significa que, quando você examina os dharmas exterior e interno--a verdadeira natureza de todas as coisas - por sabedoria, então, você é capaz ver algo completamente diferente. Lhag quer dizer "extraordinariamente " e tong é "veja ". Assim, isto significa ver algo extraordinário. Você vê completamente além da existência e da não-existência; você foi completamente além do dois extremos. A concentração era o método e a coisa atual era a perspicácia-sabedoria. Quando você conseguiu meditar na perspicácia-sabedoria ao invés de concentrar em um objeto exterior, você se concentra na coisa real. Antes de a pessoa meditar, claro que é necessário explicar muitas coisas. Em primeiro lugar, todas as visões diferentes que nós vemos, em outra palavra, animado e inanimado--todas as coisas que nós vemos. Pessoas comuns não perguntam: " Por que todas estas coisas aparecem "? ou, " Por que nós temos que ter estas "? Eles simplesmente aceitam as coisas como são. Uma pessoa com maior inteligência tentará se concentrar nesses idéias. Pela sua inteligência, eles vão examinar a verdadeira natureza de todas as coisas: Por exemplo, perguntas como " por que nós nascemos assim ", ou " por que nós vemos todas essas visões diferentes", " por que as pessoas têm visões diferentes, por que as pessoas têm sentimentos diferentes", e assim sucessivamente. No passado, quando meditadores examinaram estas perguntas e tentaram descobrir a verdadeira natureza de todas as coisas, todos eles vieram a conclusões diferentes. Por exemplo, que toda existência seria criada por Brahma e assim por adiante, de acordo com as escolas diferentes de filosofia indiana. Falando brevemente, há quatro escolas budistas diferentes: dois de Hinayana e dois do Mahayana. Começando com as escolas Hinayana, a primeiro é a Sarvastivadins ou Vaibahashikas. Quando eles examinaram estas perguntas, vieram à conclusão que tudo o que nós vemos não está existindo como nós consideramos isto ser, mas os átomos destes estão existindo. Por exemplo, para eles, uma mesa é uma verdade relativa. Eles afirmam que uma mesa é feito de enorme números de átomos reunidos em uma forma particular de mesa " nomeada". Assim a mesa é relativa, porque quando você examinar isto, você não acha " mesa " em qualquer lugar -- mas sim centenas de átomos. Mas, quando eles examinaram o próprio átomo, o átomo mais minúsculo que eles não puderam dividir mais, eles asseguraram ser isto a existência absoluta. Assim, a convicção do Vaibhashika, ou mais baixa escola Hinayana, é que a mesa é verdade relativa e os átomos da mesa são verdade absoluta. Mais alta que esta é que a visão da escola Hinayana chamada de Sautrantika. Eles pensam que todos as visões exteriores são como assegurado pelos Sarvastivadins. Em adição, eles asseguram que o objeto exterior, o órgão do olho, e a consciência do olho--estas três coisas se encontram junto. Então no segundo momento, o olho, como quem diz, tira uma foto daquele exterior objeto. Finalmente, tudo que você pode vê é a foto que foi tirada por sua mente. Eles asseguraram isso como a verdade. Então, pensando nessas perguntas se desenvolveram mais adiante no Mahayana duas escolas, o Vijnanavada e o Madhyamika. No Vijnanavada, acontece que tudo isto não é verdade--que tudo isso não estão existindo fora, mas é tudo nossa própria projeção: É tudo projetado por nossa mente. Tudo é a mente. Ninguém criou o que nós percebemos, só nossa própria mente criou estas coisas. Por isso, para alguns seres sensíveis, um certo lugar é um lugar muito feliz, enquanto para certas outras pessoas o mesmo lugar é um lugar muito miserável. Assim, isto é tudo nossa própria projeção--não há nada do objeto exterior--é tudo projetado (em outras palavras, manifestado) por nossa própria mente. Tudo isso é a verdade relativa, mas [ então se afirma que] a mente existe realmente. Porém mais alta é a visão é de Madhyamikam, escola que foi fundada pelo grande Guru Nagarjuna. O Senhor Buddha profetizou que depois do seu transcurso, haveria um bhikshu nomeado Naga, e que só ele poderia achar o significado escondido de todos o Prajnaparamita Sutras. Como profetizou o Buddha, Nagarjuna veio, e quando ele examinou as coisas, ele não pôde achar nada, porque assegurar que a própria mente existe não é certo: A mente é o sujeito e as coisas são o objeto. Sujeito e objeto estão dependendo um do outro. Se não houver nenhum objeto, não pode haver um sujeito. Assim a mente, também, não está existindo. Mas ele aceita tudo relativamente--sem coisas examinadoras -- o que as pessoas acham que as coisas são não passam de ilusões [But, he accepts everything relatively -- without examining things -- the way ordinary people take them to be, as in the form of illusions. ] Mas em realidade, a visão de Madhyamikas' é que você não possa achar [chegar] a nenhuma conclusão como " Mente está existindo ". Ele não pôde dizer qualquer coisa. A verdadeira natureza de tudo é completamente afastada da visão dual. Por exemplo, isto é apenas é igual a um sonho. Nos sonhos, nós vemos muitas coisas felizes ou nós vemos muitos sofrimentos, mas quando você desperta de seu sonho, você não os acha mais. Todas as coisas que você viu em seu sonho se foram, e você não sabe de onde vieram e para onde foram ou onde isto está ficando. Da mesma maneira, a visão presente é como um sonho muito longo. Só que este sonho tem tendências muito firmes, então nós pensamos nisto em termos de ser mesmo real. Em realidade, todos os Buddhas e Bodhisattvas vêem que isto é apenas igual a um sonho. Quando você atinge Esclarecimento, é igual ao despertar de seu sonho. Então, todos as visões que você viu há pouco são iguais a reflexos em um espelho. Até que você tenha uma real compreensão, você deve tentar pensar que todas as coisas não são reais. Isto é o que nós chamamos a visão e o vazio visto não-dual.[ Relatively, with all the things that you see, the vision doesn't cease -- you can see all the time. When you try to examine with the sharp reasoning of absolute truth, then you cannot find anything which is independently existing.] Relativamente, com todas as coisas que você vê, a visão não cesse--você pode ver o tempo todo. Quando você tenta examinar com o raciocínio afiado da verdade absoluta, então, você não achar nada que esteja existindo independentemente. Você deveria tentar meditar até atingir uma compreensão definida disto. Finalmente, você mistura junto concentração e perspicácia-sabedoria, e tenta pensar que todas as coisas que foram explicadas são percebidas como shunyata [vazio]. Em realidade, não há nenhuma shunyata " de objeto " e nenhum sujeito" mente " que percebe shunyata. A verdadeira natureza de todas as coisas [sujeito e objeto] é completamente fundida, da mesma maneira que água é misturada com água e completamente se torna um. Fazendo a meditação deste modo, sua mente vai ficar completamente longe do apego na visão presente como realidade e perceber que isto é tudo ilusão. Todas estas ilusões gradualmente desaparecerão. E então, se você prosseguir, será capaz de perceber a real última verdade. Percebendo a última verdade, então, naturalmente, você sai de todas as corrupções e é despertado de todas as ilusões. Durante a pós-meditação, devido a sua compreensão de shunyata, você entenderá que os seres sensíveis que não percebem shunyata têm que sofrer uma grande transação. Com isso em mente, você pode gerar grande compaixão. Pela prática de grande compaixão e a compreensão de shunyata,--" da mesma maneira que o pássaro no céu precisa duas asas "--, com o método (compaixão) e a sabedoria (shunyata), a pessoa poderá cruzar o sofrimento de samsara. A pessoa poderá atingir último Esclarecimento. No último Esclarecimento, por sabedoria você atinge o dharmakaya que realiza suas tarefas e pela prática de compaixão você poderá liberar outros. Desse modo, você atinge o Rupakaya e beneficiará os incontáveis seres sensíveis sempre. Assim com isto, nós completamos as quatro linhas inteiras do Zhenpa Zhidel.
PerguntasSão relacionadas as perguntas seguintes e as respostas a este tópico. Q: Como um ser se torna um deva? O que nesta vida nós fazemos que provoca o renascimento de deva?
Sakya Trizin: As ações virtuosas como generosidade e conduta de moral, etc. O resultado é nascer em uma vida humana ou como semi-deuses ou reino de deuses. Especialmente, com muita concentração mas sem perspicácia-sabedoria, só a concentração exterior na qual sua mente é muito estável, a pessoa poderá nascer no reino dos deuses. Atos virtuosos acompanhados de sabedoria e com a intenção de bodhicitta a causa será tornar-se no Esclarecimento e não no caminho mundano dos devas. Q: Por favor explique o conceito de carma e sua relação de causa e efeito e mérito.
Sakya Trizin: A palavra carma significa, de fato, ação ou atividades - o trabalho que nós empreendemos. A vida por que nós passamos agora, e todas suas experiências, é o produto de nossa própria ação que nós executamos no passado. Ninguém pode nos fazer sofrer. Ninguém pode nos fazer feliz. Só pela causa principal que vem de nossas próprias ações nós somos felizes ou sofremos. A causa principal é nossa própria ação. A ação que nós executamos cria o efeito e o resultado. Q: Quais são os fatores que determinam o tempo durante o qual ou em vidas futuras o fruto das ações virtuosas de uma pessoa se manifestará? O que são os fatores?
Sakya Trizin: Depende da própria ação. Há certas ações que amadurecem nesta vida. Quando o objeto for forte, a ação é forte, e a intenção é forte, então o resultado amadurece nesta mesma vida. Há certas ações que amadurecem depois desta vida, ou até mesmo em várias vidas depois. A lei de causa e efeito é uma coisa tão sutil que nenhuma pessoa ordinária pode explicar isto completamente. Q: Ontem, você falou sobre sofrimento. Em sua vida você suportou muito sofrimento. Seu pais faleceram quando você era jovem, você foi forçado a fugir do Tibet. Poderia compartilhar conosco como você usou tais eventos em sua prática e o que você aprendeu?
Sakya Trizin: Experimentar sofrimento é uma grande lição. O ensinamento fala sobre impermanência e sofrimento, mas conhecendo isto intelectualmente e experimentando isto dentro da vida real é diferente. Livros podem lhe contar muitas coisas mas experimentar o que é na realidade viva o ajuda a perceber a prática. Faz a prática mais significante, mais profunda, e mais efetiva.
História do Ensinamento Nós começamos com uma breve história deste ensinamento. Quando o grande iogue, o Lama Sakyapá, Sachen Kunga Nyingpo, tinha doze anos, um do Gurus dele, Bari Lotsawa, aconselhou-o, " Desde você é o filho de um grande mestre espiritual, é necessário estudar o Dharma, e estudar o Dharma requer sabedoria. O melhor meio de adquirir sabedoria é praticar Manjushri ". Assim, Bari Lotsawa deu para Sachen Kunga Nyingpo a autorização [wang] de Manjushri com todos os necessários "lungs". Então Sachen Kunga Nyingpo empreendeu um retiro de seis-meses em Manjushri. No começo, havia alguns sinais de obstáculos que ele conseguiu purificar pela prática da deidade colérica, Achala. Ele continuou a sua meditação e certa vez, na sua pura visão, ele viu Arya Manjushri no mudra orando, sentado em um trono adornado com jóias com dois outros atendentes. Naquele momento ele recebeu imensa sabedoria[-insight] e Manjushri deu o ensinamento de quatro-linhas [versos] diretamente a Sachen Kunga Nyingpô: Se você deseja os objetivos mundanos desta vida, você não é uma pessoa espiritual; Se você deseja existência mundana mais adiante, você não tem o espírito de renúncia; Se você deseja liberação para si mesmo, você não tem a atitude iluminada; Se você se apega à visão da realidade última, você tem não adquiriu a visão certa. Este ensinamento de quatro-linhas inclui o caminho inteiro do Mahayana. Depois de recebê-lo, Sachen Kunga Nyingpô passou a ter uma gigantesca quantidade de sabedoria. Ele não tinha nenhuma necessidade de estudar tudo o que vinha a ele. E tornou-se realmente um grande iogue. Depois em vida passou este ensinamento aos seus filhos, Sonam Tsemo e Dagpa Gyaltsen, que o transmitiram a Sakya Pandita e assim por diante. Até os nossos dias, sua transmissão nunca esteve interrompida, e assim portanto possui especiais bênçãos. Jetsun Dagpa Gyaltsen, o filho de Sachen Kunga Nyingpô, escreveu um comentário em versos para estas quatro linhas, o que serve hoje como texto de raiz de todo o ensino. " Separando dos Quatro Desejos " é bem parecido com ensinamentos preliminares de outras tradições budistas tibetanas. Por exemplo, a Nyingma e as tradições de Kagyu têm um ensinamento em " Transformando a Mente ", que também explica essas quatro linhas. Meditando nesta vida humana preciosa e impermanência, você será liberado dos sofrimentos inerentes a esta vida. O sofrimento de samsara e a lei de carma o deixarão longe de se apegar ao círculo de existência. Amor, compaixão, e Bodhicitta o deixarão longe de tomar esta vida como real. Nós, Sakyapas, chamamos isto de " A Separação dos Quatro Apegos, " e os Kagyu e Nyingma chamam isto de " Tirando a Mente do Apego ". O nome é diferente, mas o ensino é o mesmo. De acordo com a tradição Gelugpa, o ensino preliminar é dividido em " Os Caminhos do Três Pessoas ". A primeira linha explica o caminho da " pessoa pequena ", - uma pessoa que percebe que o mais baixos reinos [de existência] são cheio de sofrimento e deseja nascer nos reinos mais altos, como o dos devas, ou humanos. O caminho da pessoa mediana é aquele que busca a auto-liberação. Esta pessoa é descrita no segundo verso - ela percebe que o reino inteiro de existência está cheio de sofrimento, e então naturalmente busca auto-liberação. A terceira linha explica o caminho da grande pessoa. Esta pessoa percebe que todo ser sensível tem a mesma meta, e em vez de trabalhar para a si mesmo, deve trabalhar para a causa de todos os seres sensíveis para atingir último Esclarecimento. Ainda que a formulação seja diferente, o ensinamento Gelugpa é, não obstante, igual a esse " Separação dos Quatro Apegos ".
Refúgio Todas as práticas budistas começam com tomar refúgio. Neste ensinamento, a pessoa toma o Refúgio de Mahayana. Refúgio de Mahayana tem algumas características especiais. Há quatro razões por que o Refúgio de Mahayana seja um pouco diferente do refúgio em geral - em termos do objeto, do tempo, da pessoa e do propósito.
1. O Objeto Comum a todos os tipos de refúgios budistas estão o Buddha, Dharma, e Sangha. Porém, a explicação desses três difere entre Mahayana e Budismo geral. Em Mahayana, o Buddha é o que tem qualidades inimagináveis e que saiu de todas as faltas. Ele é o que possui os três kayas, ou três corpos: o Dharmakaya, o Sambhogakaya, e o Nirmanakaya. Dharmakaya significa que a mente dele, que é completamente purificada, se tornou na pessoa com a última verdade. Quando sujeito e objeto se torna um, isto é Dharmakaya . O Sambhogakaya vem de acumular quantidades enormes de mérito enquanto ainda no caminho. Isso produz a forma mais alta de corpo físico que tem todas as qualidades, e continua permanentemente no campo de Buddha mais alto, conhecido como Akanishtha, e dá ensinamentos para os grandes Bodhisattvas. Para ajudar seres sensíveis ordinários, sempre que, e onde for necessário, os Buddhas aparecem em diferentes formas. Essas formas são o Nirmanakaya, ou em outra palavra, emanações. O Shakyamuni Buddha histórico está no Nirmanakaya. Ele é chamado " O Nirmanakaya Excelente", porque até mesmo os seres ordinários podem vê-lo como um Buddha. Todos o Buddhas que aparecem no mundo são formas de Nirmanakaya. Nesta prática nós tomamos refúgio no Buddha que possui o três kayas. Esta é a peculiar explicação Mahayana de refúgio. O Dharma, ou Ensinamento, é a grande experiência que o Buddha e todos os Bodhisattvas mais altos alcançaram. A grande realização deles é o Dharma. Quando o que os Buddhas têm alcançado é posto em palavras para beneficiar seres sensíveis ordinários, isto também é chamado de Dharma. Os que estão seguindo o caminho do Esclarecimento e que já alcançaram o irreversível estado é a verdadeira Sangha. Esta Sangha consiste nos Bodhisattvas, de acordo com o Mahayana. O verdadeiro Buddha, Dharma e Sangha, a "Tríplice Jóia ", são os Buddhas que possuem os três corpos; o Dharma que expressam as suas realizações e ensinamentos; e a Sangha de Bodhisattvas. A Jóia Tríplice é simbolicamente representada nas imagens dos Buddhas, em todos os livros de ensinamentos, e na Sangha de monges. Embora os nomes dos objetos de refúgio sejam os mesmos no Mahayana e no refúgio geral, as qualidades deles são explicadas um pouco diferentemente no Mahayana.
2. O Tempo A segunda distinção entre o refúgio geral e o de Mahayana refere-se ao tempo. No refúgio geral, a pessoa toma o refúgio para o futuro imediato. No Mahayana a pessoa toma refúgio desde o presente até conseguir o último Esclarecimento.
3. A Pessoa No refúgio geral, a pessoa toma refúgio para a si mesmo. No refúgio de Mahayana, toma-se refúgio para a si mesmo e para todos os seres sensíveis. A pessoa imagina que todos os seres sensíveis foram uma vez, em vidas prévias, seus próprios pais ou entes muito queridos. Assim se busca refúgio para o benefício de seres sensíveis ilimitados.
4. O Propósito No refúgio geral, a pessoa toma refúgio para ganhar auto-liberação. No Mahayana, a pessoa toma-se refúgio para atingir Esclarecimento para a si mesmo e pela causa de todos seres sensíveis. Se a pessoa entende o objeto, tempo, pessoa, e propósito como nós descrevemos, realiza o refúgio de Mahayana. Com estas qualidades em mente, a pessoa deveria recitar a oração de refúgio dessa maneira pedindo para os objetos de refúgio as suas bênçãos. Além disso, ao praticar os ensinamentos de fato, o grande Acharya Vasubandu, disse que, se a pessoa quiser praticar o Dharma, há quatro requisitos. Os quatro são: conduta moral, estudo, contemplação e meditação. Uma explicação mais detalhada destes requisitos vão ser reservados para outro ensinamento.
COMENTÁRIO: Linha Um do Texto A linha 1 do texto é: " Se você desejar os objetivos mundanos desta vida, você não é uma pessoa " espiritual". O grande Jetsun Dagpa Gyaltsen explicou a primeira linha do modo seguinte: Qualquer prática que você faz, se seu objetivo estiver por causa desta vida, não há nenhuma religião; não é Dharma. Não importa que votos que você receber, não importa quanto você estuda, não importa quanto você faz de meditação, se é tudo por causa desta vida, não é Dharma. Se a pessoa deseja praticar o Dharma, a pessoa tem que começar por diminuir o apego para esta vida. Esta vida é temporal, está como uma miragem. Até mesmo se você pensa que uma miragem é real água, ainda assim não matará sua sede. Quaisquer tipos de conduta moral, estudo ou meditação que você empreende, se estiver por causa desta vida, não vai no final das contas beneficiá-lo. Para mudar sua intenção de praticante de não-Dharma para Dharma, você deve começar meditando na dificuldade de obter esta vida humana preciosa. A vida humana é rara comparada a outras formas de existências de seres sensíveis, porque o corpo de um ser humano pode conter milhões de outros seres sensíveis. Esta raridade é explicada de muitos modos diferentes - por exemplo do ponto de vista de " causa," "número," exemplo " e "natureza ".
A Causa. Para receber uma vida humana, e especialmente receber uma vida humana que aparece dentro de um lugar favorável e com as condições certas, a pessoa tem que ter uma causa boa. Tal causa tem que ser um fato excepcionalmente virtuoso para conduzir ao nascimento humano com condições corretas. Nos três mundos, há muito poucos que praticam a virtude, enquanto que há um número enorme de seres sensíveis que se viciam em atos não-virtuosos. Assim, então, do ponto-de-visão de causa, vida humana que tem todas as condições corretas e é livre de todos os lugares errados de nascimento, é muito rara.
Número. Do ponto-de-vista de número, os seres sensíveis nos infernos, no reino de famintos-fantasmas, e no reino animal são incontáveis. Seres nesses mais baixos reinos são tão numerosos como todos os átomos e partículas de pó deste mundo. Comparado a esses, as vidas humanas são muito poucas, especialmente essas que têm as condições certas.
Exemplo. O ponto-de-vista do exemplo é explicado nos Sutras com a seguinte ilustração. Suponha que o mundo inteiro é um grande oceano e em cima deste oceano flutua um dourado jugo que tem um buraco pequeno nisto. Debaixo do oceano está uma tartaruga cega que vem para a superfície só uma vez a cada cem anos. O jugo dourado flutua na superfície, indo para onde quer que o sopro de vento vá. Quando o vento vier do leste, vai para o oeste. Quando o vento vem do oeste, vai para o leste. Seria claramente muito difícil para o pescoço da tartaruga cega entrar no buraco no jugo dado a essas circunstâncias. A chance disto acontecer é muito raro. A vida humana, porém, especialmente livre de todos os lugares errados de nascimento e que tem todas as condições certas é até mesmo mais rara que este exemplo. Assim do ponto de vista do exemplo, a vida humana é muito rara.
Natureza. O nascimento humano, no qual se pode ouvir e praticar os ensinamentos, requer um número de condições particulares. É explicada a " natureza " deste renascimento humano em condições de evitar renascimento nos " oito lugares " de injustiça e nascendo com as "cinco condições ". Os " oito lugares " de injustiça nos quais é desfavorável ser renascido são os estados do infernos, pretas, animais e deuses de longa-vida, como também existência entre os bárbaros, ou pessoas com visões injustas. Igualmente a pessoa não pode nascer onde os ensinos budistas não têm sido determinados, ou com faculdades prejudicadas--como ser surda, ou mentalmente retardado. Há cinco condições favoráveis para renascimento. Eles são, nascer em um lugar onde o ensinos têm sido determinados, e onde os monges e detentores de preceitos leigos ainda estão vivendo, não ter cometido as cinco faltas ilimitados, e viver onde há fé completa no ensino em geral, e no Vinaya em particular. A pessoa também tem que nascer num tempo no qual um Buddha entrou e em qual ele girou a Roda de Dharma. O ensino ainda tem que existir, e onde há ainda muitas pessoas que seguem o caminho, e onde há as pessoas que estão ajudando prontamente você para achar seu sustento certo. Todas essas circunstâncias dependem e devem ser obtidos de outros. Assim, completamente, ser livre das oito condições desfavoráveis e obter estas dez circunstâncias favoráveis são por natureza extremamente raras. Isto não só é raro, mas também mesmo precioso, porque por meio de tal vida--não uma vida ordinária, mas uma vida humana com todas as condições de direito--a pessoa deve poder ficar livre de todos os sofrimentos de samsara. Não só isso, mas até mesmo o mais difícil que é o objetivo mais alto que nós poderíamos aspirar, o último Esclarecimento, também é alcançado por esta vida humana. Então, esta vida humana é extremamente preciosa. Não só a vida humana é rara e preciosa, mas até mesmo isto não é bastante! Nós temos que praticar. Sem praticar, ainda que obtendo esta oportunidade muito preciosa não será o bastante. Em nossas vidas passadas, é provável que nós tivemos muitas tais oportunidades para praticar, mas que nós desperdiçamos e não chegamos a qualquer estado significante. De agora em diante, desde que nós pratiquemos, nós não permaneceremos em samsara. Então, quando nós temos tal oportunidade boa e uma vida preciosa, é muito importante praticar Dharma. O Buddha ensinou que tudo é impermanente. Os três mundos inteiros são como uma nuvem do outono e o nascimento e morte de seres sensíveis está como um dançarino em movimento. A vida de uma pessoa está como uma luz no céu, ou como uma cachoeira íngreme que não está imóvel um único momento, mas constantemente está correndo abaixo. Até mesmo os Buddhas que atingiram um corpo permanente, para mostrar a impermanência aos seres sensíveis, também deixaram os seus corpos. Então, não há um único lugar onde morte não acontecerá. Há muitos mais causas para morrer que causas para viver. É um desejo comum o de que a morte nos esquecerá, mas claro que todos os seres têm que enfrentar a morte eventualmente. Tudo está mudando. As vidas neste particular reino (nossas vidas no continente de " Jambudvipa ") não têm nenhum tempo fixo. Algumas pessoas morrem até mesmo antes de nascerem, algumas assim que elas nasçam, algumas como bebês, algumas numa idade muito jovem. Embora nós não podemos ter nenhum problema principal hoje, você nunca sabe o que vai acontecer, até mesmo depois de uma hora ou assim. Qualquer coisa pode acontecer. A menos que você pratique agora, se você pensar, " por enquanto eu trabalharei em algumas outras coisas, então, quando eu ficar mais velho eu praticarei o Dharma, " a pessoa nunca saberá se terá esta oportunidade ou não. Então, é muito importante praticar agora! Na hora de morte, nada pode ajudar você, não importa quão poderoso é, não importa quão inteligente, não importa quão rico é, não importa quão valente você é, nada o pode ajudar. Até mesmo nosso corpo de pessoa que nós temos tido conosco desde o dia em que fomos concebidos, e o qual olhamos depois como uma coisa preciosa, e pelo qual temos grande cuidado, e para quem fazemos todos os tipos de coisas-- até mesmo isto nós temos que deixar para trás. Nossa própria continuidade de mente tem que ir então sem qualquer escolha de liberdade. A única coisa que pode ajuda-lo no momento da morte é a prática do Dharma que você aprendeu. Se você praticar Dharma, é a melhor coisa para o tempo da morte, quando você saberá o caminho sem qualquer dúvida, como um assunto bem conhecido de fato, e cheio de confiança você deixará seu corpo. A pessoa que pratica o Dharma não tem nenhuma hesitação ao morrer, porque não terá nenhum pesar de não ter praticado. Este precioso corpo humano e esta vida humana preciosa é impermanente. A primeira linha, " Se você deseja mundanos objetivos desta vida, você não é uma pessoa espiritual", explica isso diretamente: qualquer espiritualidade que pratique, se é apontada para esta vida, então não é Dharma e não vai dar benefício a você. Essa é a explicação direta. Indiretamente, ela explica sobre as dificuldades de obter a vida humana preciosa e a impermanência. Quando você tem a compreensão clara então dessas duas coisas, você será estabelecido firmemente no caminho. Neste sentido, até mesmo se alguém fizer tentativas para o tirar da prática do Dharma, não será possível para você parar.
Linha Dois do Texto Este verso diz: " Se você desejar existência mundana mais adiante, você não tem o espírito de renúncia ". Esta linha diz se a pessoa continua desejando nascer no reino humano ou nos reinos de deva (claro que a pessoa não quer nascer nos mais baixos reinos porque os mais baixos reinos estão cheio de sofrimento). Não só explica isso, que o ensinamento que você pratica não deveria envolver apego para com esta vida presente, mas também ser livre do desejo de nascimentos futuros no círculo de existência. Não só os mais baixos reinos estão cheios de sofrimento; também, nos reinos mais altos é tudo sofrimento. Nos três reinos inferiores (que são os infernos, fantasmas famintos, e o reino animal), tem-se o chamado "sofrimento do sofrimento ". Os infernos têm muitas divisões, como os infernos quentes, o infernos semi-quentes, etc. Sempre que a pessoa nasce nos infernos, a pessoa tem uma quantidade inimaginável de sofrimento. Assim o que os seres de inferno experimentam o chamado " o sofrimento de sofrer ". No reino de fantasma-faminto, também, os seres têm uma tremenda quantidade de sofrimento não achando comida. Eles têm grande fome e sede por centenas e centenas de anos. Até mesmo se eles acham comida, em vez de ajudar os seus corpos, cria-lhes mais sofrimento. No reino animal, como vemos todos nós, os animais têm que sofrer muitas coisas. A maioria dos animais não tem um único momento de relaxamento porque eles têm assim muitos inimigos entre os próprios animais. Além disso, os seres humanos os estão caçando e os estão pescando e causando todo tipo de sofrimento para a eles. Geralmente, todos os animais sofrem grande ignorância porque eles não têm qualquer modo de Dharma. É muito fácil nós percebermos que os três mais baixos reinos estão cheios de sofrimento. Os três reinos mais altos às vezes são compreendidos como tendo uma mistura de felicidade e sofrimento. Porém, quando nós pensamos cuidadosamente nisto, nós podemos ver que não há na realidade felicidade nos reinos mais altos. Até mesmo nos reinos de Devas onde parece que esses seres têm uma vida maravilhosa, tudo é impermanente. Os Devas têm tanto luxo nas suas vidas que eles nem pensam em praticar o Dharma. Todas suas vidas são gastas em prazeres mundanos, assim quando se aproxima o tempo da sua morte eles experimentam um particular tipo de sofrimento. Por exemplo, eles têm bastante inteligência para poder ver onde eles vão renascer. E, como eles gastaram todas suas vidas em prazer, muitos deles, vão renascer dentro dos mais baixos reinos. Considerando que eles podem saber estas coisas, o Devas experimentam sofrimento mental maior que o sofrimento físico dos mais baixos reinos. Até mesmo os grande Devas, como Indra, o senhor do Devas, pode ter renascido como um criado muito ordinário. E mesmo grande Devas, cujos corpos podem iluminar o mundo inteiro, depois da morte será renascido dentro escuridão completa na qual eles não poderão ver a própria mão diante da sua face. No reino humano, como nós vemos, tudo está mudando. Grandes imperadores se tornam pessoas muito ordinárias; e o rico, muito pobre. Geralmente, todo o mundo é ligado para encontrar o quatro grandes montanhas de sofrimento: morte, idade velha, doença, e nascimento. Há muitos, muitos, sofrimentos, como medo de encontrar os inimigos e sempre o medo da partida de amigos. Coisas que você não deseja acontecem, e não se tornam realidade coisas que você quer. Há inimaginável quantidade de sofrimento que são principalmente do tipo chamado " o sofrimento de mudança ". Nós sofremos pela mesma razão que tudo constantemente está mudando. No reino dos asuras ou semi-deuses, eles sofrem grande ódio e inveja para o reino de céu, eles se encontram com grande sofrimento nas suas vida. Assim como os devas, os humanos, e os asuras têm toda a experiência de sofrimento de mudança. Logo é " o sofrimento de agregados " o que cobre o universo inteiro. Cada um de nós empreendemos um trabalho que nunca termina. Nossas vidas são cheias de contínuo esforço. Nossas ações nunca acabam. Nesta vida mundana muito ocupada cheia de atividades, um dia nós temos que morrer sem terminar esse trabalho. Todo o mundo tem que morrer no meio da vida. Então, não importa onde a pessoa renasce, se nos mais baixos reinos ou nos reinos mais altos, todos estão cheios de sofrimento. Por exemplo, se o veneno está misturado com comida--se é comida boa ou comida ruim dá no mesmo--a pessoa não pode comer isto. Da mesma maneira, não importa onde se nasce, ou nos reinos mais altos ou nos mais baixos reinos, contanto que seja dentro do ciclo de existência, a pessoa experimentará sofrimento. Relacionado a isto é a explicação da lei de carma. Nós somos forçados a perguntar por que os sofrimentos que nós experimentamos acontecem. Cada coisa tem que ter uma causa associada. Todos os tipos de sofrimento são criados por ações não-virtuosas. Uma ação não-virtuosa é qualquer ação que é criada por desejo, ódio, ou ignorância. Matando, má-conduta sexual, e roubar são as três ações não-virtuosas do corpo. Então mentir, provocar discórdia, palavras severas, e conversa inativa são as quatro ações não-virtuosas da voz: cometem-se essas ações não-virtuosas pela própria fala da pessoa. Inveja, ódio, e visão errada são as três ações não-virtuosas de mente. Falando resumidamente, todas as ações não-virtuosas são incluídas nessas dez. Quando a pessoa se vicia nas dez ações não-virtuosas, não só vai ter que enfrentar conseqüências terríveis, mas até mesmo depois enfrentar conseqüências que terão resultados ruins contínuos. Em outra palavra, todas as coisas ruins que estão acontecendo dentro desta vida foram criadas por nossas próprias ações não-virtuosas que nós cometemos em nossas vidas prévias. As dez ações virtuosas [liberdade do ódio, desejo, e ignorância] é o contrário das dez ações não-virtuosas. Fazer as dez ações virtuosas dá maravilhoso resultados temporariamente, mas também fazem bem para muitas vidas futuras. Em outras palavras, todas as boas coisas que estão acontecendo em nossa vida foram criadas por nossas próprias ações virtuosas que fizemos em nossas vidas prévias. Finalmente, praticando contínua ação virtuosa, a auto-liberação, ou até mesmo o último Esclarecimento, pode ser atingido. Também há ações indiferentes ou neutras, como caminhar e dormir. Embora neutras, essas ações não produzem nenhum sofrimento (e daquele ponto de vista são mesmos boas), mas considerando que não produzem nenhum resultado virtuoso, elas são um tipo de desperdício. É importante transformar estas ações indiferentes em ações virtuosas. Por exemplo, quando você está caminhando você deveria pensar, " possam todos ganhar o caminho da liberação ". Quando você encontra pessoas, você, deve pensar, " possam todos os seres sensíveis conhecem amigos virtuosos". E quando você está comendo, você, deve ter a intenção de alimentar a quantidade enorme de germes que vivem no seu corpo. Toda ação indiferente deve ser transformada assim em ações virtuosas. Os sofrimentos de samsara e o sofrimento do círculo de existência e o lei ou karma, ou lei de causa e efeito, é explicado pela segunda linha deste ensino: " Se você deseja existência mundana mais adiante, você não tem o espírito de renúncia ". Meditando nessas duas coisas--concentrando-se no sofrimento do círculo de existência e na lei de carma - você deixará de se apegar no círculo de existência, e chegará à compreensão de que o círculo de existência está cheio de sofrimento. Para ser livre de sofrimento, a pessoa tem que considerar este mundo como se fosse um grande fogo, ou como um ninho de cobras venenosas. Meditando neste ensinamento nós começaremos a desenvolver um real desejo interno para por estes princípios em prática. Por exemplo, muitos iogues se concentram nos sofrimentos de samsara até que eles tenham o mesmo sentimento que um prisioneiro tem. Isto é, eles desenvolvem o único pensamento: " Quando eu posso escapar "? Até que você desenvolva essa atitude, você deveria meditar no sofrimento de samsara. Sem que nós realmente entendamos os sofrimentos de samsara, não há pratica de Dharma. Neste sentido, o sofrimento é uma grande ajuda na prática do caminho. Quando o Senhor Buddha primeiro girou a roda de Dharma em Sarnath, uma das primeiras coisas que ele disse foi que se tem que compreender os sofrimentos. A primeira Verdade Nobre é aquela que deve saber sobre os sofrimentos. Se você pensar cuidadosamente nisto, você não poderá desperdiçar vida por muito tempo. Isto conclui a explicação dos sofrimentos de samsara e a lei de carma.
Linha Três do Texto O terceiro verso diz: " Se você desejar liberação para si mesmo, você não tem a atitude iluminada". Se nós verdadeiramente entendemos que o mundo está cheio de sofrimento, e acreditamos que podemos nos livrar nós mesmos praticando ações virtuosas, nós poderemos atingir auto-liberação de fato. Porém, auto-liberação não realiza o próprio propósito da pessoa completamente, e não pode ajudar os outros seres sensíveis. De fato, auto-liberação é um grande obstáculo a atingir último Esclarecimento porque o adia esclarecimento atual. É mesmo muito importante desde o princípio ter a intenção de alcançar o objetivo mais alto que é atingir último Esclarecimento por causa de todos os seres sensíveis. Este último Esclarecimento tem que surgir da causa certa e condições. A causa principal é grande compaixão, a raiz é Bodhicitta, e a condição são os meios hábeis. Embora todo ser sensível deseje ser livre de sofrimento e quer ter felicidade, devido a ignorância, eles nunca podem ter isso. Neste sentido é errado objetivar ficar livre do sofrimento para a si mesmo. Nós temos que pensar em todos os outros seres sensíveis. Mas nós somos incapazes de ajudá-los neste momento porque nossas corrupções e ilusões nos prendem. Assim, a única coisa que pode ajudar é atingir a Iluminação completa-o último Esclarecimento - de forma que então seremos na verdade capazes de ajudar os outros. Para atingir o último Esclarecimento, a pessoa tem que ter as causas certas. A primeira é meditar em amor e compaixão. O significado de " amor " é que você deseja para todo ser sensível que esteja contente e que tenha a causa de felicidade. Este desejo deve ser dirigido a todos os seres sensíveis sem qualquer discriminação. Desde que nós não podemos produzir estes pensamentos para todos os seres sensíveis no começo de nossa prática, nós procedemos gradualmente. Nós começamos meditando em amor e compaixão para quem é por exemplo, mais querido por nós, como nossa própria mãe. A pessoa começa visualizando na sua frente sua própria mãe ou qualquer um que é querido a você. Então, se lembre de toda a bondade que eles fizeram para você. Por exemplo, se for sua própria mãe, considere que ela deu à luz você, o expôs à vida com um tipo de olhar amoroso, lhe deu tanto amor e teve cuidado de você. Embora agora ela esteja objetivando felicidade para si própria, devido à ignorância, ela não pode ter felicidade. Ela está dentro do sofrimento e está causando até mesmo mais sofrimento. Então, você deveria desejar que ela seja livre e esteja contente e que tenha a causa de felicidade. E assim você reza, " possa ela estar contente e ter a causa de felicidade do Guru e da Tríplice Jóia". Depois, você deveria aumentar gradualmente a visualização para incluir seus parentes e assim sucessivamente. Finalmente, inclua o indivíduo mais difícil, pessoas que você repugne e considere seus inimigos. Você visualiza seu inimigo bem em frente e pense que, embora nesta vida ele aparece na forma do inimigo, de fato em muitas vidas ele foi minha mãe muito amável, como também parente e amigo. Ele deu assim muito amor e compaixão e tanto foi dado a mim. Mas agora nós mudamos nossas vidas e considerando que eu não devolvi a própria bondade dele a ele, hoje ele entra na forma de meu inimigo sem reconhecer eu mesmo toda a bondade que ele deu. Hoje nós mudamos nossas vidas; nós não reconhecemos um ao outro, então, nós temos que criar o pensamento, " possa ele está contente e ter a causa de felicidade ". E então gradualmente você amplia esta meditação até que você pode ter o mesmo pensamento para todos os seres sensíveis. Quando a pessoa está bem treinada nesta meditação de amor, a pessoa também pode usar isto para aumentar sentimentos de compaixão. Primeiro, para quem é mais querido a você, você visualiza e pensa, " Embora esta pessoa quer felicidade, devido à ignorância, está no meio de sofrimento. Devido à ignorância, ela está fazendo mais sofrimento para si. Possa ela ser agora livre de sofrer e possa estar livre da causa de sofrimento ". E da mesma maneira, depois você deveria tentar estender esta meditação para o ponto em que você tem o mesmo pensamento para todos os seres sem discriminação. Quando você estiver bem avançado nesta meditação, é importante praticar " Tong Len ". Nesta prática nós visualizamos que toda a felicidade e as causas de felicidade (quer dizer, as ações virtuosas que a pessoa tem), sejam doadas, sem hesitação, para todos os seres sensíveis. E o sofrimento de todos os seres sensíveis como também a causa de sofrimentos, venha para mim mesmo, visualizado como uma grande massa de sujeira. Esta " meditação de troca" é, claro, de grande benefício. Quando a pessoa estiver bem versado nisto, então a pessoa pratica o Seis Paramitas e As quatro coisas colecionadas que nós temos no caminho principal de um Bodhisattva. Com isto nós completamos as primeiras três linhas que explicam o método de todos os caminhos diferentes.
Linha Quatro do Texto O quarto verso diz: " Se você se apegar à visão de última realidade, você não adquiriu o visão certa". As quatro linhas tratam da visão. Até mesmo se a Bodhicitta relativa, o pensamento relativo de Esclarecimento surgiu dentro de sua mente, se ainda tiver apego a todas as coisas como se fossem realidade, então cairá no erro do permanente e o impermanente. Então, a pessoa cairá no extremo de existência e não-existência. Devido a isto, a pessoa não será livre do sofrimento de samsara. Para ser de verdade livre, é muito importante manter longe o apego de considerar esta vida como real. O antídoto para tudo isto, essa iludida convicção, é a concentração e perspicácia-sabedoria. Concentração é necessária porque nossas mentes são focalizadas em distrações e objetos exteriores. É realmente importante fazer meditações de concentração, porque sem própria concentração, a pessoa não é capaz de atingir perspicácia-sabedoria. Antes da pessoa poder meditar em perspicácia-sabedoria uma base forte primeiro tem que ser construída. A base para sabedoria de perspicácia é a concentração. Concentração deveria ser feita dentro de um retiro, longe de distrações, se sentando em posição de loto, ou meio-loto. Primeiro, você recita a oração de refúgio e cria o pensamento de Esclarecimento. Então você deve assumir a posição de meditação plena se sentando muito ereto. A pessoa deveria concentrar primeiro em qualquer objeto exterior, preferivelmente uma imagem de Buddha. Deste modo você está-se lembrando do Buddha que você em si mesmo é, e isso têm uma grande quantidade de poder. Você visualiza a imagem do Buddha de cor dourada na sua frente em um trono adornado com jóias, com a sua mão direita no mudra tocando-a-terra, e a mão esquerda no colo na posição de meditação. Ele está usando as vestes de monge e está sentado na posição de pleno-loto. Concentre-se nesta imagem geral do Buddha e nas partes específicas do seu corpo. Ou você pode meditar em alguma outra forma de Buddha, como Buddha Amitabha ou outras deidades. Tente concentrar-se nisto. No princípio, parecerá que você tem muitos pensamentos, mas na realidade isto é de fato o que vem acontecendo todo o tempo. Normalmente, desde que você segue seus pensamentos, você não nota isto. Enquanto isso, quando os pensamentos vierem, em vez de perseguir os pensamentos, apenas se concentre. Você retrocede e se concentra na imagem por um período longo de tempo. Com seu desenvolvimento, seus pensamentos vão diminuir, e você será capaz permanecer no mesmo objeto por um período longo de tempo. Então, depois de um certo tempo, será capaz de concentrar-se na imagem por um período muito longo de tempo. Quando isso acontecer, é um sinal que sua concentração é agora forte bastante para poder meditar em perspicácia-sabedoria. A concentração só não faz nada, além de manter distante as distrações. Não arrancará as raízes fundas das corrupções. Para arrancar a raiz funda das corrupções, a perspicácia-sabedoria é necessária. Em Tibetano, a palavra para perspicácia-sabedoria é " lhag-tong " (lhag mthong). Isto significa que, quando você examina os dharmas exterior e interno--a verdadeira natureza de todas as coisas - por sabedoria, então, você é capaz ver algo completamente diferente. Lhag quer dizer "extraordinariamente " e tong é "veja ". Assim, isto significa ver algo extraordinário. Você vê completamente além da existência e da não-existência; você foi completamente além do dois extremos. A concentração era o método e a coisa atual era a perspicácia-sabedoria. Quando você conseguiu meditar na perspicácia-sabedoria ao invés de concentrar em um objeto exterior, você se concentra na coisa real. Antes de a pessoa meditar, claro que é necessário explicar muitas coisas. Em primeiro lugar, todas as visões diferentes que nós vemos, em outra palavra, animado e inanimado--todas as coisas que nós vemos. Pessoas comuns não perguntam: " Por que todas estas coisas aparecem "? ou, " Por que nós temos que ter estas "? Eles simplesmente aceitam as coisas como são. Uma pessoa com maior inteligência tentará se concentrar nesses idéias. Pela sua inteligência, eles vão examinar a verdadeira natureza de todas as coisas: Por exemplo, perguntas como " por que nós nascemos assim ", ou " por que nós vemos todas essas visões diferentes", " por que as pessoas têm visões diferentes, por que as pessoas têm sentimentos diferentes", e assim sucessivamente. No passado, quando meditadores examinaram estas perguntas e tentaram descobrir a verdadeira natureza de todas as coisas, todos eles vieram a conclusões diferentes. Por exemplo, que toda existência seria criada por Brahma e assim por adiante, de acordo com as escolas diferentes de filosofia indiana. Falando brevemente, há quatro escolas budistas diferentes: dois de Hinayana e dois do Mahayana. Começando com as escolas Hinayana, a primeiro é a Sarvastivadins ou Vaibahashikas. Quando eles examinaram estas perguntas, vieram à conclusão que tudo o que nós vemos não está existindo como nós consideramos isto ser, mas os átomos destes estão existindo. Por exemplo, para eles, uma mesa é uma verdade relativa. Eles afirmam que uma mesa é feito de enorme números de átomos reunidos em uma forma particular de mesa " nomeada". Assim a mesa é relativa, porque quando você examinar isto, você não acha " mesa " em qualquer lugar -- mas sim centenas de átomos. Mas, quando eles examinaram o próprio átomo, o átomo mais minúsculo que eles não puderam dividir mais, eles asseguraram ser isto a existência absoluta. Assim, a convicção do Vaibhashika, ou mais baixa escola Hinayana, é que a mesa é verdade relativa e os átomos da mesa são verdade absoluta. Mais alta que esta é que a visão da escola Hinayana chamada de Sautrantika. Eles pensam que todos as visões exteriores são como assegurado pelos Sarvastivadins. Em adição, eles asseguram que o objeto exterior, o órgão do olho, e a consciência do olho--estas três coisas se encontram junto. Então no segundo momento, o olho, como quem diz, tira uma foto daquele exterior objeto. Finalmente, tudo que você pode vê é a foto que foi tirada por sua mente. Eles asseguraram isso como a verdade. Então, pensando nessas perguntas se desenvolveram mais adiante no Mahayana duas escolas, o Vijnanavada e o Madhyamika. No Vijnanavada, acontece que tudo isto não é verdade--que tudo isso não estão existindo fora, mas é tudo nossa própria projeção: É tudo projetado por nossa mente. Tudo é a mente. Ninguém criou o que nós percebemos, só nossa própria mente criou estas coisas. Por isso, para alguns seres sensíveis, um certo lugar é um lugar muito feliz, enquanto para certas outras pessoas o mesmo lugar é um lugar muito miserável. Assim, isto é tudo nossa própria projeção--não há nada do objeto exterior--é tudo projetado (em outras palavras, manifestado) por nossa própria mente. Tudo isso é a verdade relativa, mas [ então se afirma que] a mente existe realmente. Porém mais alta é a visão é de Madhyamikam, escola que foi fundada pelo grande Guru Nagarjuna. O Senhor Buddha profetizou que depois do seu transcurso, haveria um bhikshu nomeado Naga, e que só ele poderia achar o significado escondido de todos o Prajnaparamita Sutras. Como profetizou o Buddha, Nagarjuna veio, e quando ele examinou as coisas, ele não pôde achar nada, porque assegurar que a própria mente existe não é certo: A mente é o sujeito e as coisas são o objeto. Sujeito e objeto estão dependendo um do outro. Se não houver nenhum objeto, não pode haver um sujeito. Assim a mente, também, não está existindo. Mas ele aceita tudo relativamente--sem coisas examinadoras -- o que as pessoas acham que as coisas são não passam de ilusões [But, he accepts everything relatively -- without examining things -- the way ordinary people take them to be, as in the form of illusions. ] Mas em realidade, a visão de Madhyamikas' é que você não possa achar [chegar] a nenhuma conclusão como " Mente está existindo ". Ele não pôde dizer qualquer coisa. A verdadeira natureza de tudo é completamente afastada da visão dual. Por exemplo, isto é apenas é igual a um sonho. Nos sonhos, nós vemos muitas coisas felizes ou nós vemos muitos sofrimentos, mas quando você desperta de seu sonho, você não os acha mais. Todas as coisas que você viu em seu sonho se foram, e você não sabe de onde vieram e para onde foram ou onde isto está ficando. Da mesma maneira, a visão presente é como um sonho muito longo. Só que este sonho tem tendências muito firmes, então nós pensamos nisto em termos de ser mesmo real. Em realidade, todos os Buddhas e Bodhisattvas vêem que isto é apenas igual a um sonho. Quando você atinge Esclarecimento, é igual ao despertar de seu sonho. Então, todos as visões que você viu há pouco são iguais a reflexos em um espelho. Até que você tenha uma real compreensão, você deve tentar pensar que todas as coisas não são reais. Isto é o que nós chamamos a visão e o vazio visto não-dual.[ Relatively, with all the things that you see, the vision doesn't cease -- you can see all the time. When you try to examine with the sharp reasoning of absolute truth, then you cannot find anything which is independently existing.] Relativamente, com todas as coisas que você vê, a visão não cesse--você pode ver o tempo todo. Quando você tenta examinar com o raciocínio afiado da verdade absoluta, então, você não achar nada que esteja existindo independentemente. Você deveria tentar meditar até atingir uma compreensão definida disto. Finalmente, você mistura junto concentração e perspicácia-sabedoria, e tenta pensar que todas as coisas que foram explicadas são percebidas como shunyata [vazio]. Em realidade, não há nenhuma shunyata " de objeto " e nenhum sujeito" mente " que percebe shunyata. A verdadeira natureza de todas as coisas [sujeito e objeto] é completamente fundida, da mesma maneira que água é misturada com água e completamente se torna um. Fazendo a meditação deste modo, sua mente vai ficar completamente longe do apego na visão presente como realidade e perceber que isto é tudo ilusão. Todas estas ilusões gradualmente desaparecerão. E então, se você prosseguir, será capaz de perceber a real última verdade. Percebendo a última verdade, então, naturalmente, você sai de todas as corrupções e é despertado de todas as ilusões. Durante a pós-meditação, devido a sua compreensão de shunyata, você entenderá que os seres sensíveis que não percebem shunyata têm que sofrer uma grande transação. Com isso em mente, você pode gerar grande compaixão. Pela prática de grande compaixão e a compreensão de shunyata,--" da mesma maneira que o pássaro no céu precisa duas asas "--, com o método (compaixão) e a sabedoria (shunyata), a pessoa poderá cruzar o sofrimento de samsara. A pessoa poderá atingir último Esclarecimento. No último Esclarecimento, por sabedoria você atinge o dharmakaya que realiza suas tarefas e pela prática de compaixão você poderá liberar outros. Desse modo, você atinge o Rupakaya e beneficiará os incontáveis seres sensíveis sempre. Assim com isto, nós completamos as quatro linhas inteiras do Zhenpa Zhidel.
PerguntasSão relacionadas as perguntas seguintes e as respostas a este tópico. Q: Como um ser se torna um deva? O que nesta vida nós fazemos que provoca o renascimento de deva?
Sakya Trizin: As ações virtuosas como generosidade e conduta de moral, etc. O resultado é nascer em uma vida humana ou como semi-deuses ou reino de deuses. Especialmente, com muita concentração mas sem perspicácia-sabedoria, só a concentração exterior na qual sua mente é muito estável, a pessoa poderá nascer no reino dos deuses. Atos virtuosos acompanhados de sabedoria e com a intenção de bodhicitta a causa será tornar-se no Esclarecimento e não no caminho mundano dos devas. Q: Por favor explique o conceito de carma e sua relação de causa e efeito e mérito.
Sakya Trizin: A palavra carma significa, de fato, ação ou atividades - o trabalho que nós empreendemos. A vida por que nós passamos agora, e todas suas experiências, é o produto de nossa própria ação que nós executamos no passado. Ninguém pode nos fazer sofrer. Ninguém pode nos fazer feliz. Só pela causa principal que vem de nossas próprias ações nós somos felizes ou sofremos. A causa principal é nossa própria ação. A ação que nós executamos cria o efeito e o resultado. Q: Quais são os fatores que determinam o tempo durante o qual ou em vidas futuras o fruto das ações virtuosas de uma pessoa se manifestará? O que são os fatores?
Sakya Trizin: Depende da própria ação. Há certas ações que amadurecem nesta vida. Quando o objeto for forte, a ação é forte, e a intenção é forte, então o resultado amadurece nesta mesma vida. Há certas ações que amadurecem depois desta vida, ou até mesmo em várias vidas depois. A lei de causa e efeito é uma coisa tão sutil que nenhuma pessoa ordinária pode explicar isto completamente. Q: Ontem, você falou sobre sofrimento. Em sua vida você suportou muito sofrimento. Seu pais faleceram quando você era jovem, você foi forçado a fugir do Tibet. Poderia compartilhar conosco como você usou tais eventos em sua prática e o que você aprendeu?
Sakya Trizin: Experimentar sofrimento é uma grande lição. O ensinamento fala sobre impermanência e sofrimento, mas conhecendo isto intelectualmente e experimentando isto dentro da vida real é diferente. Livros podem lhe contar muitas coisas mas experimentar o que é na realidade viva o ajuda a perceber a prática. Faz a prática mais significante, mais profunda, e mais efetiva.
AS CINQÜENTA ESTROFES DA DEVOÇÃO AO GURU

ARYASHURA
(1) Curvando-me de modo próprio aos pés de loto de meu professor espiritual que é a causa para que eu atinja o estado de um Vajrasattva glorioso, condensarei e explicarei em resumo o que foi dito em muitos textos tântricos imaculados ouvidos por inteiro sobre o compromisso para com um professor espiritual. Escute-o com respeito.
(2) Todos os Buddhas que residem em toda terra nas dez direções se prostraram três vezes (cada dia) aos seus mestres tântricos de quem eles receberam as autorizações mais altas. (É preciso mencionar que você também deve fazer isto?)
(3) Três vezes cada dia com fé suprema você tem que mostrar o respeito que você tem para com seu professor espiritual que lhe ensinou (o caminho do tantra), juntando suas palmas, oferecendo uma mandala, como também flores e prostrando-se (tocando) sua cabeça para os seus pés.
(4) Os que mantêm votos de ordenação, se (seu professor espiritual) é um leigo ou mais jovem [junior], prosterne-se (em público) observando coisas como os seus textos para evitar desprezo mundano. Mas em sua mente (prosterne-se a seu professor).
(5) Como por servir (a seu professor) e lhe mostrar respeito, como obedecer ao que ele diz, levantando-se (quando ele vem) e mostrando para ele o seu assento — isto deve ser feito igualam pelos com votos de ordenação (cujos professores são leigos ou mais jovem [juniors]). Mas (em público) evite prostrar-se e fazer ações não ortodoxas (como lavar os seus pés).
(6) Para que as palavras de honra [votos] nem do professor espiritual nem do discípulo possam degenerar-se, deve haver um exame mútuo anterior (para determinar se cada um pode) valer-se de uma relação de professor-discípulo.
(7) Um discípulo com bom-senso não deve concordar ter como seu professor espiritual alguém a quem falta compaixão ou que é raivoso, vicioso ou arrogante, possessivo, indisciplinado ou ostenta os seus conhecimentos.
(8) (Um professor espiritual deve) estável (nas suas ações), culto (na sua fala), sábio, paciente e honesto. Ele nem deve esconder as suas faltas nem deve fingir possuir qualidades que a ele falta. Ele deve ser um perito nos significados (do tantra) e em seus procedimentos rituais (de medicamento e eliminação de obstáculos). Também ele deve ter compaixão amorosa e um conhecimento completo das escrituras.
(9) Ele deve ter perícia plena (no grupo de) dez campos [auto-controle, concentração, pacificação das atitudes, mais conhecimento do que o discípulo, alegria de ensinar, tesouro de conhecimento, insight sobre vacuidade, habilidade de apresentar o ensinamento, grande compaixão, não relutância em ensinar qualquer que seja o nível de inteligência do discípulo] , habilidade no desenho de mandalas, conhecimento completo de como explicar o tantra, pura fé suprema e os seus sentidos dele completamente sob controle.
(10) Tendo-se tornado discípulo de tal Protetor (o professor), se você o menosprezar de coração você colherá sofrimento ininterrupto como se tivesse desacreditado de todos os Buddhas.
(11) Se você for tão tolo que menospreza seu professor, você contrairá doenças contagiosas e as causadas por espíritos prejudiciais. Você morrerá (numa morte horrível) causado por demônios, pestilências ou veneno.
(12) Você será morto por (maus) reis ou incêndio, por cobras venenosas, água, bruxas ou bandidos, por espíritos prejudiciais ou selvagens, e então renascido em um inferno.
(13) Nunca perturbe a mente de seu professor. Se você for tolo e acontecer de fazer isto, você seguramente ferverá em um inferno.
(14) Qualquer apavorantes infernos que foram ensinados, como Avichi, o Inferno da Dor Ininterrompida, é explicado claramente que os que desacreditam os seus professores terão que permanecer lá (um tempo muito longo).
(15) Então demonstre a inteira devoção, nunca depreciando seu mestre tântrico que faz nenhuma grande exibição da sua grande sabedoria e virtude.
(16) Se (de uma falta de consciência) você mostrou desrespeito a seu professor espiritual, reverentemente apresente um oferecimento a ele e busque o seu perdão. Então no futuro tal dano como pestilências não aconteça.
(17) Foi ensinado que para o professor para quem você empenhou sua palavra de honra (visualizado como um com sua deidade meditacional), você deve sacrificar de boa vontade sua esposa, filhos e até mesmo sua vida, embora isto não seja (fácil) de fazer. É preciso mencionar sua riqueza passageira?
(18) (Tal prática de oferecer) pode conferir Buddhahood plena a um zeloso (discípulo) nesta vida mesmo que, caso contrário, poderia ser difícil de atingir até mesmo em milhões de incontáveis aeons.
(19) Sempre mantenha sua palavra de honra. Sempre faça oferecimentos aos Iluminados. Sempre também faça oferecimentos a seu professor espiritual, porque ele é igual a todos os Buddhas.
(20) Os que desejam (atingir) o inesgotável (estado do Corpo de Sabedoria de Buddha) devem dar ao seu professor tudo que acham agradáveis, dos objetos mais insignificantes até os de melhor qualidade.
(21) Dando (para seu professor) é igual a fazer oferecimentos ininterruptos a todos os Buddhas. De tal generosidade vem muito potencial positivo. De tal coleção vem o conseguir a real e suprema (Buddhahood).
(22) Então, um discípulo com as boas qualidades de compaixão, generosidade, autocontrole moral e paciência nunca deve considerar o seu professor espiritual diferente do Buddha Vajradhara.
(23) Você nunca deve andar até mesmo sobre a sombra (de seu professor), porque as conseqüências espantosas são igual a destruir uma estupa; nunca pise sobre seus sapatos ou se sente no assento dele ( no lugar onde ele se senta ou cavalga).
(24) (Um discípulo) tendo grande senso deve obedecer alegremente às palavras do seu professor e com entusiasmo. Se a você falta o conhecimento ou a habilidade (de fazer o que ele diz), explique-se com (corteses) palavras dizendo por que você não pode (concordar).
(25) É a partir de seu professor espiritual que as verdadeiras realizações, o renascimento mais alto e a felicidade vêm. Então faça um inteiro esforço do fundo do coração para nunca transgredir o conselho de seu professor.
(26) (Guarde) os pertences de seu professor como você guarda sua própria vida. Trate até mesmo a família de seu professor amado com o mesmo (respeito que você mostra) para ele. (Tenha consideração afetuosa para) os próximo ao redor dele como se eles fossem sua própria mais querida família. Unipolarizadamente pense (deste modo) a toda hora.
(27) Nunca se sente na (mesma) cama ou assento (do seu professor), nem caminhe à frente dele. (Nos ensinamentos não faça) uso em seu cabelo de um topo de nó (um chapéu, sapatos ou qualquer arma); nunca se sente antes dele se sentar, ou se ele se sentar no chão. Não coloque suas mãos (orgulhosamente) nos quadris ou as torça (diante dele).
(28) Nunca se sente ou recline quando seu professor estiver de pé (nem deite quanto ele estiver sentado). Sempre esteja pronto para se levantar e servi-lo habilmente de uma maneira excelente.
(29) Na presença de seu professor nunca faça tais coisas como cuspir (tossir ou espirrar sem cobrir sua cabeça. Nunca) estire suas pernas quando sentado, nem caminhe de um lado para outro (sem razão) diante dele. E nunca discuta.
(30) Nunca massageie ou esfregue seus membros. Não cante, dance ou toque instrumentos musicais (por diferentes de propósitos religiosos). E nunca tagarelar à toa ou nem fale em excesso (ou muito ruidosamente) dentro da área que (seu professor) possa ouvir.
(31) (Quando seu professor espiritual entra no quarto) se levante de seu assento e dobre sua cabeça ligeiramente. Sente-se (na presença dele) respeitosamente. À noite, ou nos rios, ou em caminhos perigosos, com (seu professor), você tem a permissão e pode caminhar na frente.
(32) Na visão direta do seu professor, (um discípulo) com senso não deve (sentar-se) com o corpo torcido ao redor de, nem se apoiando (casualmente) contra pilares e tal. Nunca estale suas juntas, (brinque com seus dedos, ou limpe suas unhas na frente dele).
(33) Ao lavar os pés ou o corpo de (seu professor), ao secar, massagear ou (raspar), preceda estas ações fazendo antes (três) prosternações e na sua conclusão faça o mesmo. Então sinta (para si mesmo) tanto quanto você gostou.
(34) Se você precisar se dirigir a (seu professor espiritual) pelo nome dele, use o título “Sua Presença” depois disto. Para gerar respeito por ele para as outras pessoas, devem ser usados também os honoríficos adicionais.
(35) Ao pedir o conselho de seu professor (primeiro anuncie por que você veio). Com as mãos postas apertadas junto a seu coração, escute o que ele lhe fala (sem deixar sua mente) vagar. Então (quando ele acabar de falar) você deve responder, “eu farei exatamente como você disse.”
(36) Depois de fazer (o que seu professor lhe ordenou), relate (o que aconteceu) em palavras corteses e suaves. Se você tiver de rir ou tossir, (cubra sua garganta ou boca na presença dele), cubra sua boca com a sua mão.
(37) Se você desejar receber um certo ensino, peça três vezes com suas palmas apertadas junto enquanto se ajoelha diante dele com seu joelho(direito). (Então durante o discurso dele) sente-se humildemente com respeito, usando roupa apropriada que seja limpa (e sem ornamentos, jóias ou cosméticos).
(38) Tudo que você faz para servir (a seu professor) ou mostrar para ele nunca deve ser feito sem respeito com uma mente arrogante. Ao invés, você sempre deve ser como uma noiva recentemente casada, tímido, tímido e muito submisso.
(39) Na presença do (mestre espiritual) que ensina (o caminho), deixe de agir de uma maneira convencida, galanteadora. Assim como com todas as outras (impróprias) ações como estas; examine-se e descarte (o que está errado).
(40) Se a você (pediram) para executar uma consagração (uma iniciação em) uma mandala ou uma cerimônia de oferecimento de fogo ou juntar os discípulos e fazer um discurso, você não pode fazer assim se seu professor espiritual reside na área, a menos que você receba a anterior permissão dele.
(41) Qualquer oferecimentos que você recebe de executar tais ritos como (a consagração conhecida como) Abrindo os Olhos, você deve apresentar todos estes a seu professor espiritual. Uma vez ele que leve uma porção simbólica, você pode usar o restante para tudo que você gosta.
(42) Na presença do seu professor não deve agir um discípulo (como um professor espiritual) para os seus próprios discípulos e eles não devem agir para com ele como seu professor espiritual. Então (diante de seu próprio professor) pare (com seus discípulos) a fim de lhe mostrar respeito como levantando-se (quando entra) e fazendo prosternação. (43) Sempre que você faz um oferecimento a seu professor ou sempre que seu professor o presenteia com algo, um discípulo com senso recebe isto usando ambas as mãos e com a sua cabeça ligeiramente curvada.
(44) Seja diligente em todas suas ações, alerte e atento para nunca esquecer (sua palavra para cumprir). Se os discípulos da mesma categoria transgredirem, corrija um ao outro de uma maneira amigável.
(45) Se por causa de doença você é fisicamente (incapaz) de curvar-se a seu professor e tem que fazer o que normalmente seja proibido, até mesmo sem (explícita) permissão dele não haverá nenhuma conseqüência infeliz se você tiver uma mente virtuosa.
(46) Que necessidade é dizer muito mais. Faça tudo que agrada a seu professor e evite fazer qualquer coisa que ele não gostaria. Seja diligente em ambas estas ações.
(47) “As realizações verdadeiras seguem o (fazer isso que) seu professor (gosta).” Isto foi dito pelo (Buddha) o próprio Vajradhara. Sabendo disto, tente agradar a seu professor espiritual completamente com todas as ações (de seu corpo, fala e mente).
(48) Depois que um discípulo toma refúgio na Tríplice Jóia e desenvolve um puro (Motivo Iluminado), a ele deve ser dado este (texto) para recitar diariamente (como abandonar o próprio egoísmo arrogante dele e) seguir os passos do seu professor (ao longo do caminho gradual da Iluminação).
(49) (Estudando o treino pré-requisitado no compromisso sincero com o professor e o caminho gradual, comum ao sutra e tantra), você se tornará um (satisfatório) recipiente (seguro) do puro Dharma. Então a você pode ser dado tais ensinamentos como tantra. Depois de receber as próprias autorizações, leia bem alto os quatorze votos de raiz e os leve sinceramente no coração.
(50) Como eu não cometi o erro ao escrever este trabalho (de somar minhas interpretações pessoais), possa isto ser de benefício infinito a todos os discípulos que seguiriam os seus professores. Pelo potencial positivo ilimitado que eu construí deste modo, possam depressa todos os seres sensíveis atingir o estado de um Buddha.
(1) Curvando-me de modo próprio aos pés de loto de meu professor espiritual que é a causa para que eu atinja o estado de um Vajrasattva glorioso, condensarei e explicarei em resumo o que foi dito em muitos textos tântricos imaculados ouvidos por inteiro sobre o compromisso para com um professor espiritual. Escute-o com respeito.
(2) Todos os Buddhas que residem em toda terra nas dez direções se prostraram três vezes (cada dia) aos seus mestres tântricos de quem eles receberam as autorizações mais altas. (É preciso mencionar que você também deve fazer isto?)
(3) Três vezes cada dia com fé suprema você tem que mostrar o respeito que você tem para com seu professor espiritual que lhe ensinou (o caminho do tantra), juntando suas palmas, oferecendo uma mandala, como também flores e prostrando-se (tocando) sua cabeça para os seus pés.
(4) Os que mantêm votos de ordenação, se (seu professor espiritual) é um leigo ou mais jovem [junior], prosterne-se (em público) observando coisas como os seus textos para evitar desprezo mundano. Mas em sua mente (prosterne-se a seu professor).
(5) Como por servir (a seu professor) e lhe mostrar respeito, como obedecer ao que ele diz, levantando-se (quando ele vem) e mostrando para ele o seu assento — isto deve ser feito igualam pelos com votos de ordenação (cujos professores são leigos ou mais jovem [juniors]). Mas (em público) evite prostrar-se e fazer ações não ortodoxas (como lavar os seus pés).
(6) Para que as palavras de honra [votos] nem do professor espiritual nem do discípulo possam degenerar-se, deve haver um exame mútuo anterior (para determinar se cada um pode) valer-se de uma relação de professor-discípulo.
(7) Um discípulo com bom-senso não deve concordar ter como seu professor espiritual alguém a quem falta compaixão ou que é raivoso, vicioso ou arrogante, possessivo, indisciplinado ou ostenta os seus conhecimentos.
(8) (Um professor espiritual deve) estável (nas suas ações), culto (na sua fala), sábio, paciente e honesto. Ele nem deve esconder as suas faltas nem deve fingir possuir qualidades que a ele falta. Ele deve ser um perito nos significados (do tantra) e em seus procedimentos rituais (de medicamento e eliminação de obstáculos). Também ele deve ter compaixão amorosa e um conhecimento completo das escrituras.
(9) Ele deve ter perícia plena (no grupo de) dez campos [auto-controle, concentração, pacificação das atitudes, mais conhecimento do que o discípulo, alegria de ensinar, tesouro de conhecimento, insight sobre vacuidade, habilidade de apresentar o ensinamento, grande compaixão, não relutância em ensinar qualquer que seja o nível de inteligência do discípulo] , habilidade no desenho de mandalas, conhecimento completo de como explicar o tantra, pura fé suprema e os seus sentidos dele completamente sob controle.
(10) Tendo-se tornado discípulo de tal Protetor (o professor), se você o menosprezar de coração você colherá sofrimento ininterrupto como se tivesse desacreditado de todos os Buddhas.
(11) Se você for tão tolo que menospreza seu professor, você contrairá doenças contagiosas e as causadas por espíritos prejudiciais. Você morrerá (numa morte horrível) causado por demônios, pestilências ou veneno.
(12) Você será morto por (maus) reis ou incêndio, por cobras venenosas, água, bruxas ou bandidos, por espíritos prejudiciais ou selvagens, e então renascido em um inferno.
(13) Nunca perturbe a mente de seu professor. Se você for tolo e acontecer de fazer isto, você seguramente ferverá em um inferno.
(14) Qualquer apavorantes infernos que foram ensinados, como Avichi, o Inferno da Dor Ininterrompida, é explicado claramente que os que desacreditam os seus professores terão que permanecer lá (um tempo muito longo).
(15) Então demonstre a inteira devoção, nunca depreciando seu mestre tântrico que faz nenhuma grande exibição da sua grande sabedoria e virtude.
(16) Se (de uma falta de consciência) você mostrou desrespeito a seu professor espiritual, reverentemente apresente um oferecimento a ele e busque o seu perdão. Então no futuro tal dano como pestilências não aconteça.
(17) Foi ensinado que para o professor para quem você empenhou sua palavra de honra (visualizado como um com sua deidade meditacional), você deve sacrificar de boa vontade sua esposa, filhos e até mesmo sua vida, embora isto não seja (fácil) de fazer. É preciso mencionar sua riqueza passageira?
(18) (Tal prática de oferecer) pode conferir Buddhahood plena a um zeloso (discípulo) nesta vida mesmo que, caso contrário, poderia ser difícil de atingir até mesmo em milhões de incontáveis aeons.
(19) Sempre mantenha sua palavra de honra. Sempre faça oferecimentos aos Iluminados. Sempre também faça oferecimentos a seu professor espiritual, porque ele é igual a todos os Buddhas.
(20) Os que desejam (atingir) o inesgotável (estado do Corpo de Sabedoria de Buddha) devem dar ao seu professor tudo que acham agradáveis, dos objetos mais insignificantes até os de melhor qualidade.
(21) Dando (para seu professor) é igual a fazer oferecimentos ininterruptos a todos os Buddhas. De tal generosidade vem muito potencial positivo. De tal coleção vem o conseguir a real e suprema (Buddhahood).
(22) Então, um discípulo com as boas qualidades de compaixão, generosidade, autocontrole moral e paciência nunca deve considerar o seu professor espiritual diferente do Buddha Vajradhara.
(23) Você nunca deve andar até mesmo sobre a sombra (de seu professor), porque as conseqüências espantosas são igual a destruir uma estupa; nunca pise sobre seus sapatos ou se sente no assento dele ( no lugar onde ele se senta ou cavalga).
(24) (Um discípulo) tendo grande senso deve obedecer alegremente às palavras do seu professor e com entusiasmo. Se a você falta o conhecimento ou a habilidade (de fazer o que ele diz), explique-se com (corteses) palavras dizendo por que você não pode (concordar).
(25) É a partir de seu professor espiritual que as verdadeiras realizações, o renascimento mais alto e a felicidade vêm. Então faça um inteiro esforço do fundo do coração para nunca transgredir o conselho de seu professor.
(26) (Guarde) os pertences de seu professor como você guarda sua própria vida. Trate até mesmo a família de seu professor amado com o mesmo (respeito que você mostra) para ele. (Tenha consideração afetuosa para) os próximo ao redor dele como se eles fossem sua própria mais querida família. Unipolarizadamente pense (deste modo) a toda hora.
(27) Nunca se sente na (mesma) cama ou assento (do seu professor), nem caminhe à frente dele. (Nos ensinamentos não faça) uso em seu cabelo de um topo de nó (um chapéu, sapatos ou qualquer arma); nunca se sente antes dele se sentar, ou se ele se sentar no chão. Não coloque suas mãos (orgulhosamente) nos quadris ou as torça (diante dele).
(28) Nunca se sente ou recline quando seu professor estiver de pé (nem deite quanto ele estiver sentado). Sempre esteja pronto para se levantar e servi-lo habilmente de uma maneira excelente.
(29) Na presença de seu professor nunca faça tais coisas como cuspir (tossir ou espirrar sem cobrir sua cabeça. Nunca) estire suas pernas quando sentado, nem caminhe de um lado para outro (sem razão) diante dele. E nunca discuta.
(30) Nunca massageie ou esfregue seus membros. Não cante, dance ou toque instrumentos musicais (por diferentes de propósitos religiosos). E nunca tagarelar à toa ou nem fale em excesso (ou muito ruidosamente) dentro da área que (seu professor) possa ouvir.
(31) (Quando seu professor espiritual entra no quarto) se levante de seu assento e dobre sua cabeça ligeiramente. Sente-se (na presença dele) respeitosamente. À noite, ou nos rios, ou em caminhos perigosos, com (seu professor), você tem a permissão e pode caminhar na frente.
(32) Na visão direta do seu professor, (um discípulo) com senso não deve (sentar-se) com o corpo torcido ao redor de, nem se apoiando (casualmente) contra pilares e tal. Nunca estale suas juntas, (brinque com seus dedos, ou limpe suas unhas na frente dele).
(33) Ao lavar os pés ou o corpo de (seu professor), ao secar, massagear ou (raspar), preceda estas ações fazendo antes (três) prosternações e na sua conclusão faça o mesmo. Então sinta (para si mesmo) tanto quanto você gostou.
(34) Se você precisar se dirigir a (seu professor espiritual) pelo nome dele, use o título “Sua Presença” depois disto. Para gerar respeito por ele para as outras pessoas, devem ser usados também os honoríficos adicionais.
(35) Ao pedir o conselho de seu professor (primeiro anuncie por que você veio). Com as mãos postas apertadas junto a seu coração, escute o que ele lhe fala (sem deixar sua mente) vagar. Então (quando ele acabar de falar) você deve responder, “eu farei exatamente como você disse.”
(36) Depois de fazer (o que seu professor lhe ordenou), relate (o que aconteceu) em palavras corteses e suaves. Se você tiver de rir ou tossir, (cubra sua garganta ou boca na presença dele), cubra sua boca com a sua mão.
(37) Se você desejar receber um certo ensino, peça três vezes com suas palmas apertadas junto enquanto se ajoelha diante dele com seu joelho(direito). (Então durante o discurso dele) sente-se humildemente com respeito, usando roupa apropriada que seja limpa (e sem ornamentos, jóias ou cosméticos).
(38) Tudo que você faz para servir (a seu professor) ou mostrar para ele nunca deve ser feito sem respeito com uma mente arrogante. Ao invés, você sempre deve ser como uma noiva recentemente casada, tímido, tímido e muito submisso.
(39) Na presença do (mestre espiritual) que ensina (o caminho), deixe de agir de uma maneira convencida, galanteadora. Assim como com todas as outras (impróprias) ações como estas; examine-se e descarte (o que está errado).
(40) Se a você (pediram) para executar uma consagração (uma iniciação em) uma mandala ou uma cerimônia de oferecimento de fogo ou juntar os discípulos e fazer um discurso, você não pode fazer assim se seu professor espiritual reside na área, a menos que você receba a anterior permissão dele.
(41) Qualquer oferecimentos que você recebe de executar tais ritos como (a consagração conhecida como) Abrindo os Olhos, você deve apresentar todos estes a seu professor espiritual. Uma vez ele que leve uma porção simbólica, você pode usar o restante para tudo que você gosta.
(42) Na presença do seu professor não deve agir um discípulo (como um professor espiritual) para os seus próprios discípulos e eles não devem agir para com ele como seu professor espiritual. Então (diante de seu próprio professor) pare (com seus discípulos) a fim de lhe mostrar respeito como levantando-se (quando entra) e fazendo prosternação. (43) Sempre que você faz um oferecimento a seu professor ou sempre que seu professor o presenteia com algo, um discípulo com senso recebe isto usando ambas as mãos e com a sua cabeça ligeiramente curvada.
(44) Seja diligente em todas suas ações, alerte e atento para nunca esquecer (sua palavra para cumprir). Se os discípulos da mesma categoria transgredirem, corrija um ao outro de uma maneira amigável.
(45) Se por causa de doença você é fisicamente (incapaz) de curvar-se a seu professor e tem que fazer o que normalmente seja proibido, até mesmo sem (explícita) permissão dele não haverá nenhuma conseqüência infeliz se você tiver uma mente virtuosa.
(46) Que necessidade é dizer muito mais. Faça tudo que agrada a seu professor e evite fazer qualquer coisa que ele não gostaria. Seja diligente em ambas estas ações.
(47) “As realizações verdadeiras seguem o (fazer isso que) seu professor (gosta).” Isto foi dito pelo (Buddha) o próprio Vajradhara. Sabendo disto, tente agradar a seu professor espiritual completamente com todas as ações (de seu corpo, fala e mente).
(48) Depois que um discípulo toma refúgio na Tríplice Jóia e desenvolve um puro (Motivo Iluminado), a ele deve ser dado este (texto) para recitar diariamente (como abandonar o próprio egoísmo arrogante dele e) seguir os passos do seu professor (ao longo do caminho gradual da Iluminação).
(49) (Estudando o treino pré-requisitado no compromisso sincero com o professor e o caminho gradual, comum ao sutra e tantra), você se tornará um (satisfatório) recipiente (seguro) do puro Dharma. Então a você pode ser dado tais ensinamentos como tantra. Depois de receber as próprias autorizações, leia bem alto os quatorze votos de raiz e os leve sinceramente no coração.
(50) Como eu não cometi o erro ao escrever este trabalho (de somar minhas interpretações pessoais), possa isto ser de benefício infinito a todos os discípulos que seguiriam os seus professores. Pelo potencial positivo ilimitado que eu construí deste modo, possam depressa todos os seres sensíveis atingir o estado de um Buddha.
terça-feira, 1 de abril de 2008
Caraterísta da Escola Sakya
Sua Santidade Sakya Trizin
Os Sakyapás seguem o que é chamado " as quatro práticas " especiais que os praticantes têm que fazer diariamente depois de receber o wang do Lam Dré. Estas são: Guru-ioga, Ioga de Guru Birwapa [Virupa], Hevajra, e Vajrayogini. Essas quatro são minhas práticas principais. Porém, quando um iniciante começa a praticar, ele ou ela é conduzido às práticas preliminares como uma sadhana. Para iniciantes é habitual fazer meditações preliminares com números específicos [por exemplo 100,000 repetições de um mantra]. Mas pessoalmente eu sinto que o número não é o que é importante. O que é importante é como a pessoa se sente com a sua prática. Algumas pessoas poderiam gastar a vida inteira fazendo as práticas preliminares, e atingir grandes realizações. Algumas pessoas fazem os preliminares e então dedicam a maioria do tempo a outras meditações. Algumas pessoas podem não fazer os preliminares mas podem dedicar a maioria do tempo a outras práticas. Tudo depende da compreensão dos indivíduos. Por exemplo, na biografia do grande professor Ngwang Legpa, aprendemos nós que ele gastou a maioria da vida dele fazendo preliminares. Ele fez milhões de oferecimentos de mandala, prosternaçoes, e recitações de orações. Ele atingiu a realização profunda fazendo as práticas preliminares. Eu penso que ele era mesmo único em fazer tanta prática preliminar. A maioria das pessoas faz cem mil e ele fez milhões. Também é importante se lembrar que embora haja linhagens Tibetanas diferentes, elas não estão tão separadas. Eu recebi muitas iniciações de lamas Kagyu, Nyingma e Gelugpa, e nós os Sakyas damos autorizações a outras linhagens. A escola de Sakya inclui o que é descrito como " a visão," " a meditação", e " as condutas ". " A visão " é uma perspectiva equilibrada que evita todos os extremos. " A meditação " inclui as técnicas meditativas do " processo de criação " e " do processo de conclusão ". " A conduta " recorre a manter os três votos--o vinaya, o bodhisattva e o voto tântrico. Esta combinação de visão, meditação e conduta é uma especialidade dos Sakyas. Claro que outras escolas de Budismo do Tibet têm uma orientação semelhante, mas o estilo é diferente e a ênfase também. Outras escolas podem concentrar-se mais exclusivamente em meditação, ou mais exclusivamente em estudos escolares, mas a escola Sakya aponta para uma combinação de visão, prática e conduta. Atualmente, a escola de Sakya tem muitos estudantes em monastérios na Índia. Também são enfatizadas prática e meditação. Por exemplo, Chogye Trichen Rinpoche tem um centro de meditação no monastério dele, e eles estão fazendo [fizeram] um retiro de três anos. No futuro, há planos para organizar uma abadia de monjas. É importante se lembrar que fundamentalmente não há nenhuma diferença entre as escolas principais do Budismo que existem hoje: estão baseadas na criação do pensamento de iluminação, ou na visão de shunyata ou prática de vacuidade, [e prosseguem assim] até a realização final da iluminação. As únicas diferenças que se podem apontar nas várias linhagens é como os ensinos, que começaram na Índia, foram transmitidos no Tibet pelos tradutores e mestres diferentes. As linhagens são diferentes só em termos de ênfases. Por exemplo, algumas escolas colocam mais ênfase em treinamento filosófico; algumas puseram maior ênfase em meditação. Mas nós temos que nos lembrar que a meta de todas as linhagens é a mesma. Hoje, a escola Sakya apresenta muitos ensinos diferentes: ensinos de sutra, ensinos de mantrayana, e muitas das outras ciências. O ensino mais importante que nós temos em nossa tradição é o Lam Dré que significa " o caminho que inclui o resultado ". O ensinamento Lam Dre foi primeiro proferido na Índia pelo grande mahasiddha Virupa, que era um do 84 mahasiddhas.
Os Sakyapás seguem o que é chamado " as quatro práticas " especiais que os praticantes têm que fazer diariamente depois de receber o wang do Lam Dré. Estas são: Guru-ioga, Ioga de Guru Birwapa [Virupa], Hevajra, e Vajrayogini. Essas quatro são minhas práticas principais. Porém, quando um iniciante começa a praticar, ele ou ela é conduzido às práticas preliminares como uma sadhana. Para iniciantes é habitual fazer meditações preliminares com números específicos [por exemplo 100,000 repetições de um mantra]. Mas pessoalmente eu sinto que o número não é o que é importante. O que é importante é como a pessoa se sente com a sua prática. Algumas pessoas poderiam gastar a vida inteira fazendo as práticas preliminares, e atingir grandes realizações. Algumas pessoas fazem os preliminares e então dedicam a maioria do tempo a outras meditações. Algumas pessoas podem não fazer os preliminares mas podem dedicar a maioria do tempo a outras práticas. Tudo depende da compreensão dos indivíduos. Por exemplo, na biografia do grande professor Ngwang Legpa, aprendemos nós que ele gastou a maioria da vida dele fazendo preliminares. Ele fez milhões de oferecimentos de mandala, prosternaçoes, e recitações de orações. Ele atingiu a realização profunda fazendo as práticas preliminares. Eu penso que ele era mesmo único em fazer tanta prática preliminar. A maioria das pessoas faz cem mil e ele fez milhões. Também é importante se lembrar que embora haja linhagens Tibetanas diferentes, elas não estão tão separadas. Eu recebi muitas iniciações de lamas Kagyu, Nyingma e Gelugpa, e nós os Sakyas damos autorizações a outras linhagens. A escola de Sakya inclui o que é descrito como " a visão," " a meditação", e " as condutas ". " A visão " é uma perspectiva equilibrada que evita todos os extremos. " A meditação " inclui as técnicas meditativas do " processo de criação " e " do processo de conclusão ". " A conduta " recorre a manter os três votos--o vinaya, o bodhisattva e o voto tântrico. Esta combinação de visão, meditação e conduta é uma especialidade dos Sakyas. Claro que outras escolas de Budismo do Tibet têm uma orientação semelhante, mas o estilo é diferente e a ênfase também. Outras escolas podem concentrar-se mais exclusivamente em meditação, ou mais exclusivamente em estudos escolares, mas a escola Sakya aponta para uma combinação de visão, prática e conduta. Atualmente, a escola de Sakya tem muitos estudantes em monastérios na Índia. Também são enfatizadas prática e meditação. Por exemplo, Chogye Trichen Rinpoche tem um centro de meditação no monastério dele, e eles estão fazendo [fizeram] um retiro de três anos. No futuro, há planos para organizar uma abadia de monjas. É importante se lembrar que fundamentalmente não há nenhuma diferença entre as escolas principais do Budismo que existem hoje: estão baseadas na criação do pensamento de iluminação, ou na visão de shunyata ou prática de vacuidade, [e prosseguem assim] até a realização final da iluminação. As únicas diferenças que se podem apontar nas várias linhagens é como os ensinos, que começaram na Índia, foram transmitidos no Tibet pelos tradutores e mestres diferentes. As linhagens são diferentes só em termos de ênfases. Por exemplo, algumas escolas colocam mais ênfase em treinamento filosófico; algumas puseram maior ênfase em meditação. Mas nós temos que nos lembrar que a meta de todas as linhagens é a mesma. Hoje, a escola Sakya apresenta muitos ensinos diferentes: ensinos de sutra, ensinos de mantrayana, e muitas das outras ciências. O ensino mais importante que nós temos em nossa tradição é o Lam Dré que significa " o caminho que inclui o resultado ". O ensinamento Lam Dre foi primeiro proferido na Índia pelo grande mahasiddha Virupa, que era um do 84 mahasiddhas.
Como fazer um altar
Todas as tradições budistas têm uma capela ou um altar. Podem ser muito simples ou muito elaborados de acordo com a riqueza disponível ou com a tradição. Para algumas cerimônias ou preces o arranjo de um altar especial se faz necessário e os detalhes desta arrumação é fornecido no próprio texto da prática ou em certos textos relevantes.
O seu altar pessoal pode variar de acordo com o seu gosto pessoal e os seus meios disponíveis, assim como o seu próprio nível de compreensão.
Um altar simples consiste em uma simples plataforma (ou mesa) com uma pintura ou imagem do Buddha e talvez uma vela ou flores.
Um altar um pouco mais complicado consiste em duas plataformas. Na mais alta das duas está a imagem do Buddha no centro com Guru Rinpochê à direita [à sua esquerda] e a foto de seu Tsawi Lama à esquerda. Atrás do Buddha fica um livro ou texto religioso (o Dharma) - por exemplo a cópia de um Sutra. Em frente ao Buddha fica uma estupa contendo relíquias, ou talvez o sino e o dorje.
Na plataforma mais baixa ficam os oferecimentos de comida, incenso flores, água e velas (ou luzes).
Um altar um pouco mais elaborado tem três níveis: No nível mais alto: um Buddha ao centro, levemente colocado acima das outras imagens, a imagem de Guru Rinpochê à direita e de Avalokitesvara à esquerda. A imagem do Tsawi Lama fica em frente ao Buddha.
Na plataforma do meio estão: Os livros de Dharma no Centro; à direita a imagem do yidam (como por exemplo Dorje Phagmo ou Korlo Demchog); à esquerda o Protetor (como por exemplo Mahakala ou Mahakali). No dois lados, à esquerda ou à direita, podem estar o dorje e o sino, e a estupa com as relíquias.
Na plataforma mais baixa estão todos os oferecimentos incluindo comida, água, incenso, flores, luzes etc e tudo o mais que você quiser oferecer.
Mas repare: para todas as descrições citadas acima, quando se diz que algo está à direita significa à direita do altar, o que quer dizer à sua esquerda, já que você está em frente do altar.
Se você tem suficiente recursos será melhor ter um quarto de meditação separado para o seu altar. Se possível este deve estar no andar de cima ou num sótão silencioso, que não seja usado para mais nada ou por onde ninguém deve passar para outro lugar. Se isso não for possível, então é mais sábio usar um canto de uma sala de estar ou de um estúdio.
Não coloque seu altar em frente à porta. Coloque-o de tal maneira que fique resguardado quando o quarto for usado para outros fins.
Se nada disso for possível você pode usar um pequeno armário no seu quarto de dormir mas que deve estar acima da cabeça de sua cama. Um altar-armário desse tipo deve estar sempre coberto ou fechado exceto quando você estiver fazendo suas preces e meditações.
Os oferecimentos no altar devem ser mudados regularmente e o pano usado para cobri-lo deve ser guardado somente para esse fim. Não use nada do seu altar para outras finalidades.
Quando o alimento ofertado for removido do altar ele deve ser usado para alimentar os animais e pássaros ou ofertado para os necessitados.
Sempre mantenha atitude reverente no seu quarto de meditação e não permita conversas triviais, fumantes ou bebidas ali. Não se deite nesse quarto, nem fique sentado com as pernas estiradas em direção ao altar. Nunca fique sentado sobre um livro ou artigo religioso. Esteja sempre decentemente vestido no seu quarto de meditação. Saias curtas não são apropriadas para serem usadas no quarto de meditação. E você deve sempre tentar sentar-se num nível abaixo do altar.
Tente economizar um pouco de dinheiro que você normalmente gasta consigo mesmo/a e o utilize para fazer oferecimentos ao seu altar e para providenciar comida e roupas para os pobres. Nunca ofereça nada ao altar que você mesmo não comprou ou plantou.
[Este texto, sem assinatura, vem do Centro Sakya de Portland. Trad. R. Samuel].
[Informação adicional do tradutor: Segundo os Ensinamentos do Lan Dré, melhor que o altar fique no nascente, de modo que você medite em direção Leste].
O seu altar pessoal pode variar de acordo com o seu gosto pessoal e os seus meios disponíveis, assim como o seu próprio nível de compreensão.
Um altar simples consiste em uma simples plataforma (ou mesa) com uma pintura ou imagem do Buddha e talvez uma vela ou flores.
Um altar um pouco mais complicado consiste em duas plataformas. Na mais alta das duas está a imagem do Buddha no centro com Guru Rinpochê à direita [à sua esquerda] e a foto de seu Tsawi Lama à esquerda. Atrás do Buddha fica um livro ou texto religioso (o Dharma) - por exemplo a cópia de um Sutra. Em frente ao Buddha fica uma estupa contendo relíquias, ou talvez o sino e o dorje.
Na plataforma mais baixa ficam os oferecimentos de comida, incenso flores, água e velas (ou luzes).
Um altar um pouco mais elaborado tem três níveis: No nível mais alto: um Buddha ao centro, levemente colocado acima das outras imagens, a imagem de Guru Rinpochê à direita e de Avalokitesvara à esquerda. A imagem do Tsawi Lama fica em frente ao Buddha.
Na plataforma do meio estão: Os livros de Dharma no Centro; à direita a imagem do yidam (como por exemplo Dorje Phagmo ou Korlo Demchog); à esquerda o Protetor (como por exemplo Mahakala ou Mahakali). No dois lados, à esquerda ou à direita, podem estar o dorje e o sino, e a estupa com as relíquias.
Na plataforma mais baixa estão todos os oferecimentos incluindo comida, água, incenso, flores, luzes etc e tudo o mais que você quiser oferecer.
Mas repare: para todas as descrições citadas acima, quando se diz que algo está à direita significa à direita do altar, o que quer dizer à sua esquerda, já que você está em frente do altar.
Se você tem suficiente recursos será melhor ter um quarto de meditação separado para o seu altar. Se possível este deve estar no andar de cima ou num sótão silencioso, que não seja usado para mais nada ou por onde ninguém deve passar para outro lugar. Se isso não for possível, então é mais sábio usar um canto de uma sala de estar ou de um estúdio.
Não coloque seu altar em frente à porta. Coloque-o de tal maneira que fique resguardado quando o quarto for usado para outros fins.
Se nada disso for possível você pode usar um pequeno armário no seu quarto de dormir mas que deve estar acima da cabeça de sua cama. Um altar-armário desse tipo deve estar sempre coberto ou fechado exceto quando você estiver fazendo suas preces e meditações.
Os oferecimentos no altar devem ser mudados regularmente e o pano usado para cobri-lo deve ser guardado somente para esse fim. Não use nada do seu altar para outras finalidades.
Quando o alimento ofertado for removido do altar ele deve ser usado para alimentar os animais e pássaros ou ofertado para os necessitados.
Sempre mantenha atitude reverente no seu quarto de meditação e não permita conversas triviais, fumantes ou bebidas ali. Não se deite nesse quarto, nem fique sentado com as pernas estiradas em direção ao altar. Nunca fique sentado sobre um livro ou artigo religioso. Esteja sempre decentemente vestido no seu quarto de meditação. Saias curtas não são apropriadas para serem usadas no quarto de meditação. E você deve sempre tentar sentar-se num nível abaixo do altar.
Tente economizar um pouco de dinheiro que você normalmente gasta consigo mesmo/a e o utilize para fazer oferecimentos ao seu altar e para providenciar comida e roupas para os pobres. Nunca ofereça nada ao altar que você mesmo não comprou ou plantou.
[Este texto, sem assinatura, vem do Centro Sakya de Portland. Trad. R. Samuel].
[Informação adicional do tradutor: Segundo os Ensinamentos do Lan Dré, melhor que o altar fique no nascente, de modo que você medite em direção Leste].
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